Começa expedição que busca completar a maior circum-navegação na Antártida

Liderada por brasileiros, começou, neste sábado (23), pouco depois das 2h, a expedição científica que pretende completar a maior circum-navegação na Antártida. A bordo de um navio quebra-gelo russo, os cientistas devem passar 60 dias explorando mais de 20 mil quilômetros da costa antártica e realizando pesquisas sobre mudanças climáticas.
O início da expedição contou com uma solenidade de lançamento, no porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
Segundo o plano de navegação, o navio Akademik Tryoshnikov —com 133,53 metros e uma largura de 23,25 metros—, do Instituto de Pesquisa Ártica e Antártica, de São Petersburgo, deve chegar ao oceano austral em sete dias. A partir daí será iniciada de fato a circum-navegação.
O quebra-gelo russo, segundo o glaciologista Jefferson Simões, do Centro Polar e Climático da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e líder da expedição, é 1 dos 5 quebras-gelo científicos no mundo.
A cada cerca de 200 km deve ocorrer uma parada para pesquisas. Entre as paradas, 32 serão feitas para coleta de dados oceanográficos, nove em estações científicas de Rússia, China e Índia e outras 16 para coleta dos chamados testemunhos de gelo —recolhem-se camadas profundas de gelo, nas quais é possível identificar características de eras passadas.
Além disso, o navio servirá de apoio para um avião que realizará levantamentos geofísicos, o que pode auxiliar em estudos sobre aumento do nível do mar.
A tripulação é composta de 140 pessoas, das quais 61 são pesquisadores de Brasil (que possui o maior contingente), Rússia, Índia, China, Argentina, Chile e Peru. Também estão na tripulação membros da Fundação Albédo pour la Cryospère, voltada para a pesquisa e a conservação do gelo e da neve, que financia 97% dos US$ 6 milhões (R$ 37,7 milhões) estimados para a expedição.
A empreitada também tem apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da FAPERGS (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul).
Completam a tripulação uma equipe documentarista e um fotógrafo.
Brasil diz apoiar esforços da China por reunificação nacional pacífica com Taiwan

O governo Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que apoia “os esforços da China por uma reunificação nacional pacífica” com a ilha de Taiwan. A declaração consta em documento assinado nesta quarta-feira, dia 20, por ocasião da visita de Estado do presidente chinês, Xi Jinping, a Brasília. A representação de Taiwan no Brasil reagiu negativamente.
O comunicado conjunto de 20 parágrafos registra a série de acordos e compromissos firmados durante o encontro bilateral entre Lula e Xi Jinping. Houve uma aproximação estratégica ainda maior, com a elevação da parceria em “comunidade de futuro compartilhado”.
“A parte brasileira reiterou que adere firmemente ao princípio de Uma Só China, reconheceu que só existe uma China no mundo e que Taiwan é uma parte inseparável do território chinês, enquanto o Governo da República Popular da China é o único governo legal que representa toda a China. A parte brasileira apoia os esforços da China para realizar a reunificação nacional pacífica. A parte chinesa manifestou grande apreço a esse respeito”, afirmam os países, no documento.
Houve uma mudança de tom, em prol dos interesses de Xi Jinping, em comparação com a visita de Estado de Lula a Pequim, em abril de 2023. Naquela ocasião, o Brasil dizia apoiar que Pequim e Taipei mantivessem relações pacíficas – sem falar em apoio à “reunificação nacional pacífica”.
O texto registrava que o Brasil reafirmou o princípio da integridade territorial dos Estados e “apoiou o desenvolvimento pacífico das relações entre os dois lados do Estreito de Taiwan”.
Reação
Em mensagem ao Estadão, o chefe do Escritório Econômico e Cultural de Taipei reagiu à manifestação do governo Lula. O embaixador Benito Liao disse que afirma que o princípio da existência de uma só China é equivocado, por razões históricas.
“Afirmar que Taiwan é parte inalienável da China não reflete a realidade histórica e jurídica. A República da China (Taiwan) foi estabelecida em 1911, muito antes da fundação da República Popular da China em 1949. Desde então, o governo da República Popular da China nunca exerceu um dia sequer de soberania sobre Taiwan. Essa é uma verdade incontestável”, afirmou Liao. “Taiwan é um país de fato, com todos os atributos de soberania.”
Ele disse que os governos são distintos e que, embora respeite as relações diplomáticas entre Brasília e Pequim, pede mais praticidade e flexibilidade por parte do governo federal nas relações com Taiwan: “Taiwan está comprometido em manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, mas não podemos aceitar que nossa existência seja negada ou distorcida por narrativas políticas alheias à realidade”.
Precedentes
Em janeiro deste ano, o ministro Mauro Vieira recebeu o chanceler chinês Wang Yi, no Itamaraty, dias depois de Taiwan eleger seu novo presidente, Ching-te Lai, que tomou posse em maio. Os governos do Partido Democrático Progressista, que ele comanda, têm buscado ampliar a autonomia da ilha, mesmo sob ameaça de “punição dura” por parte de Pequim.
Na ocasião, Vieira disse que reiterou “o apoio histórico, consistente e inequívoco do Brasil ao princípio de uma só China”. “Todas as instituições do Brasil têm uma posição voltada a uma só China. A parte chinesa tem apreço por isso”, agradeceu Wang Yi.
Desde que estabeleceu relações diplomáticas com a China em 1974, portanto 50 anos atrás, o Brasil reconheceu o princípio da existência de uma única China – uma demanda de Pequim.
O governo do Partido Comunista Chinês considera a ilha um território rebelde e busca a reunificação completa. Essa é uma das prioridades de Xi Jinping, para quem a reunificação completa é uma tendência irreversível que ninguém poderá deter. Para Pequim, o assunto é um problema de política doméstica.
No entanto, Taiwan tem governo próprio, Forças Armadas e vive em regime democrático. É a maior fabricante de semicondutores do mundo e domina o segmento de chips mais avançados, razão pela qual especialistas entendem que uma guerra poderia por em risco a cadeia de suprimentos global.
A população é majoritariamente contra mudar o status atual de independência. A ilha conta com apoio ocidental para resistir às ameaças. Sua retaguarda reside em um acordo de defesa com os Estados Unidos, que tem o compromisso de prestar defesa no cenário de uma invasão militar e fornece recursos, treinamento e equipamentos.
O cenário de uma invasão ou bloqueio desperta temor na ilha, que busca se preparar para resistir. A China realiza com frequência diária manobras militares com aviões e embarcações no entorno de Taiwan. Além disso, dá sequência à uma ofensiva diplomática que retirou apoios internacionais da ilha – atualmente somente 12 países cultivam laços diplomáticos com Taipei.
Os Estados Unidos adotam há anos uma ambivalência estratégica. Ao mesmo tempo em que se compromete com a proteção de Taiwan e rejeita a anexação forçada, Washington diz reconhecer o princípio de uma só China e não apoia a independência.
Moradores do Entorno aumentam procura por empregos em Brasília

Cada vez mais moradores do Entorno procuram emprego no Distrito Federal. Um em cada cinco candidatos inscritos em processos na plataforma de inteligência artificial Recrut.AI é de cidades ao redor do DF.
Grandes varejistas usam a ferramenta para recrutar trabalhadores. Segundo os dados da empresa, nos processos seletivos abertos neste momento, 20,5% dos inscritos são do Entorno. Há seis meses, o percentual era de 6,8%.
O fato de a tecnologia começar a ser usada para recrutar profissionais para cargos operacionais e a popularização de processos automatizados contribuem para o aumento da demanda.
“Esse movimento nos chamou a atenção porque é um número muito alto na comparação com outros estados, mas entendemos que é uma realidade das cidades-dormitórios do Entorno”, afirma o CEO da Recrut.AI, Patrick Gouy.
“A dinâmica do mercado de trabalho está acelerada, mas o que temos percebido é que cada região tem uma dinâmica própria bem diferente das demais. É o caso do DF”, completa.
Brasília terá um aumento na oferta de assentos para voos internacionais. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), serão 36,8% vagas a mais no verão a partir do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, em comparação com o ano passado.
As empresas vão ofertar voos de Brasília para Santiago (Chile), Lima (Peru), Cancún (México), Bogotá (Colômbia), Orlando e Miami (EUA). No doméstico, a oferta cresceu 12,4%.
Em todo o Brasil, a oferta de assentos cresceu 12% na alta temporada de verão. As empresas estão disponibilizando 29,8 milhões de assentos para voos domésticos e internacionais, distribuídos em 184 mil voos durante o período.
Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), serão 36,8% vagas a mais no verão a partir do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, em comparação com o ano passado
Para incentivar a conquista da autonomia financeira feminina, a Câmara Legislativa do DF promove hoje um grande encontro com especialistas no tema de mulheres que já empreendem ou que querem entrar no mundo dos negócios.
O “Empreendedorismo Feminino em Pauta — Women Development Summit (WDS) 2024” abordará temas, como inteligência artificial, capitalismo e crescimento empresarial.
O evento começa às 13h30, no auditório, com o credenciamento do público. A iniciativa é da deputada Paula Belmonte (Cidadania) em parceria com entidades do setor. “Queremos oferecer uma oportunidade para a troca de informações entre as mulheres, encorajar e despertar o espírito empreendedor”, destaca a distrital.
Confira a programação
Paula Belmonte fará a abertura do encontro na Câmara Legislativa
Estimativa feita pela Fecomércio-DF em relação ao valor que será injetado na economia do DF com a Black Friday, no próximo dia 29. Análise comportamental divulgada pelo Google indica que o interesse do usuário nas buscas por produtos começa a aumentar gradativamente a partir da segunda-feira que antecede a data, com ápice a partir das 12h de quinta-feira e madrugada e manhã da própria sexta-feira.
A Embaixada do Reino dos Países Baixos promove hoje o projeto “Jimp & Janneke — duas crianças da Holanda e o lobo-guará”. A partir das 9h, haverá um evento exclusivo para alunos da Escola Classe 26 de setembro, em Taguatinga. Na quarta que vem, novas sessões, abertas ao público e com entrada franca, serão realizadas na Biblioteca Demonstrativa, na 506/507 Sul, às 14h e às 17h30.
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Empresas aéreas vão ofertar 17.800 voos a mais no próximo verão

Uma parceria entre o Ministério do Turismo e companhias aéreas deverá aumentar para 29,8 milhões o número de assentos em voos domésticos no próximo verão. A previsão é que sejam ofertados 3,2 milhões de assentos a mais, número que corresponde a um crescimento de 12% na comparação com a temporada passada.
A expectativa é que o número de voos internos disponíveis aumente em 17.800, chegando a um total de 184 mil, resultado 10,7% acima do total verificado em 2023.
Os números foram apresentados nesta segunda-feira (dia 11) pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, durante o lançamento da nova etapa do programa Conheça o Brasil Voando.
“Saltamos para o quarto maior mercado de aviação civil”, disse Sabino ao iniciar seu discurso, referindo-se a este mercado que tem, como líderes globais, os Estados Unidos e a China.
Interesse em conhecer o país
Segundo o ministro, as melhorias vão além da expansão, abrangendo também os serviços oferecidos pelas empresas do setor.
“O brasileiro está voltando a se interessar em conhecer o próprio país. Em São Paulo, o interesse em conhecer outras partes do país superou o de conhecer os EUA”, acrescentou.
Investimentos
De acordo com Celso Sabino, com o aumento do número de assentos, os “aeroportos estarão perto de atingir sua capacidade máxima”. Para ele, os bons resultados na economia do país se refletem “no número de brasileiros que querem viajar”.
Sabino destacou que os investimentos feitos pelo governo federal em portos e aeroportos têm favorecido esta “atividade limpa, sustentável e geradora de emprego e renda”, que pode ser ainda mais potencializada com o fato de as pessoas estarem cada vez mais cientes de que há preços ainda mais competitivos quando a passagem é adquirida com antecedência.
Ampliação da oferta de stopover
Segundo o ministério, a nova etapa do programa, que entra em seu segundo ano, inclui a ampliação da oferta de stopover, modalidade que permite ao viajante visitar uma cidade intermediária antes de chegar ao destino, utilizando a mesma passagem.
Ainda segundo a pasta, a Azul Linhas Aéreas terá 3.994 voos extras entre dezembro e fevereiro, com novas rotas e conexões para destinos nacionais e internacionais e quase 40% a mais de assentos. Já a Azul vai operar dez novas rotas diretas. A Latam disponibilizará 2,3 mil voos extras domésticos e internacionais.
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Gramado: Festuris reforça a resiliência do Rio Grande do Sul

Gramado: Festuris reforça a resiliência do Rio Grande do Sul (Marta Rossi e Eduardo Zorzanello são os organizadores de uma das mais importantes feiras de turismo da América Latina e que já está na 36ª edição (Foto: divulgação))
Gramado – RS: Nos últimos dias 8 e 9 de novembro aconteceu em Gramado, na Serra Gaúcha, a 36ª Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado que reuniu o trade do turismo de setores público e privado. A feira contou com a participação de de grandes operadores de turismo, agências de viagem, companhias aéreas, hotéis e destinos nacionais e internacionais.
Além dos estandes, a reconhecida feira de Gramado, que acontece durante o período do Natal Luz na cidade, apresentou a retomada da capital Porto Alegre, Peru Week com descontos, espaço LGBTQIA+, destinos de casamento e luxo. O evento também apresentou palestras e proporcionou encontros de negociação que lançarão as tendências do setor no próximo ano.
Mesmo com as enchentes que aconteceram no estado, a Festuris registrou crescimento de 9%, confirmado no discurso oficial dos CEOs Eduardo Zorzanello e Marta Rossi. Houve ampliação no número de marcas novas que aderiram ao Festuris para prospectar seus negócios, e de destinos internacionais que subiu de 40 no ano passado para 53 neste ano. Este cenário confirma e reforça a resiliência do estado do Rio Grande do Sul frente a tantos desafios.
“Quando nos perguntaram se a 36ª edição do Festuris iria acontecer, absolutamente seguros, respondemos que sim, porque muito mais do que esperança, nós nos sentíamos com o dever e o compromisso de ajudar o estado a recomeçar. E aqui estamos cumprindo o nosso propósito e mais, batemos a meta e crescemos, superando em 9% a edição de 2023”, disse Marta Rossi.
Eduardo e Marta também apresentaram a nova identidade visual da Festuris e o tema da 37ª edição: Reimaginando o Amanhã. Em 2025, a Festuris acontece de 6 a 9 de novembro. A identidade visual do Festuris 2025 foi criada para destacar o papel do evento como um espaço de inovação e futuro no turismo.
Quem esteve na Festuris 2024, em Gramado
Portugal: o país foi destaque no Espaço Luxury da Festuris, representando quatro regiões exclusivas — Porto e Norte, Centro de Portugal, Alentejo e Madeira, destacando a diversidade e riqueza das experiências turísticas que Portugal tem a oferecer. Além das regiões, diversas empresas do setor de turismo de Portugal estiveram presentes, oferecendo informações sobre pacotes turísticos, atrações e a cultura rica que torna o país um destino tão atrativo para os viajantes. A interação entre profissionais do turismo e visitantes criaram novas oportunidades de negócios e fortalecer laços entre Brasil e Portugal.
Mini mundo: o primeiro parque temático de Gramado apresentou ao trade turístico as novidades do parque, que completou 40 anos em 2023. Recentemente, o atrativo
revitalizou o seu tradicional castelo de entrada e apresentou um novo complexo com
réplicas de três prédios históricos do Rio de Janeiro (a Câmara Municipal, também
conhecida como Palácio Pedro Ernesto, a Biblioteca Nacional e o Theatro Municipal).
Outras novidades e lançamentos estão sendo preparados para 2025, sempre com o
propósito de construir memórias inesquecíveis nos corações dos visitantes.
Denilson – o pentacampeão mundial de futebol: no palco de conteúdo Meeting Festuris o craque conversou com Eduardo Zorzanello e falou destacadamente da família, de valores morais, reinvenção e gratidão. “Não importa o que a gente faz, temos que fazer sempre o melhor. Alguém sempre está vendo, eu fui parar na seleção assim. Quem trabalha com turismo, trabalha diariamente com o sonho das pessoas. Um pequeno detalhe pode destruir o sonho de uma família que trabalhou o ano inteiro para fazer uma viagem no Natal. E quando a gente fala em entregar o melhor, são muitos os detalhes que precisam ser levados em conta”, disse.
Minas Gerais: programação diversa voltada para a gastronomia marcou a participação do estado na feira. Uma das principais atrações foi a apresentação da icônica Vesperata de Diamantina, que é reconhecida como patrimônio cultural do estado. Além da música, o estande ofereceu uma programação completa de experiências gastronômicas, incluindo degustações de queijos com explicações sobre o processo artesanal e as características únicas dos queijos mineiros. Na sexta-feira (8) também foi realizado o lançamento das Rotas do Queijo do Serro e da Canastra, visam potencializar e fomentar o turismo de experiência associado à produção e a valorização do produto. Aconteceu ainda Drink Show promovido pelo mixologista Leo Gomes, que traz a cachaça mineira de alambique como protagonista em coquetéis criativos e únicos.
Confira aqui a entrevista que o CEO Eduardo Zorzanello concedeu com exclusividade ao Uai Turismo.
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‘Ainda estou aqui’: por que caso da ditadura relatado no filme segue sem resolução no STF

Mais de meio século após o desaparecimento do deputado federal Rubens Paiva na ditadura militar, um dos episódios mais emblemáticos de violação de direitos humanos da história do Brasil, o país revisita o caso em duas frentes em buscas de respostas, enquanto, em uma terceira, ele segue sem desfecho.
No cinema, Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que estreou nesta quinta-feira (7/11) em salas pelo Brasil, retrata os impactos da perda de Rubens Paiva sobre sua esposa, Eunice, e seus cinco filhos no Rio de Janeiro dos anos 1970, durante a ditadura militar.
O longa, inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho do deputado, foi premiado como melhor roteiro no último Festival de Veneza e escolhido por unanimidade para representar o Brasil no Oscar no próximo ano.
Ao mesmo tempo, o governo federal reabriu uma investigação do caso sobre o que de fato aconteceu com Rubens Paiva.
O deputado foi cassado e preso em 1971 e dado como desaparecido. Sua morte, confirmada só 40 anos mais tarde, segue até hoje sem que os culpados tenham sido responsabilizados.
Isso porque a denúncia, feita há uma década, e o processo decorrente na Justiça brasileira está parado no Supremo Tribunal Federal (STF), nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, sem qualquer sinal de que possa ser retomado. A demora é tal que três dos cinco militares acusados pelo crime já morreram.
Esse impasse está intimamente ligado ao debate sobre a constitucionalidade da Lei da Anistia, que concedeu perdão tanto a perseguidos políticos quanto a agentes do Estado que cometeram crimes durante o governo militar.
No centro da questão, há uma discussão se os crimes daquele período podem ou não ser ainda punidos e, em última instância, a disposição da sociedade brasileira de acertar as contas com um dos períodos mais violentos de sua história recente.
Este é o cerne de Ainda Estou Aqui, diz Marcelo Rubens Paiva à BBC News Brasil, em que sua mãe, Eunice, interpretada por Fernanda Torres, é apresentada como uma mulher forçada a se reinventar diante da violência do Estado e a criar um novo futuro para sua família.
Seu livro e o longa derivado dele propõem mais do que uma reconstituição histórica. São uma reflexão sobre a impunidade e a resistência à revisão de crimes da ditadura militar, tema que permanece atual e controverso no país.
“O nosso papel como cineasta, escritor, roteirista, pessoa das artes é falar aquilo que os vencidos não conseguem falar”, diz o filho do deputado.
“Mostrar, denunciar, apontar, é muito complicado em um país que sofreu um processo de ditadura tão longo e que na redemocratização fez um pacto sinistro entre a sociedade civil e os torturadores.”
Selton Mello, que interpreta Rubens Paiva e Fernanda Torres, que interpreta Eunice, ao lado do diretor Walter Salles
Por que caso Rubens Paiva está parado no STF
Rubens Beyrodt Paiva nasceu em 1929, em Santos, São Paulo. Casado com Eunice Facciolla Paiva, era pai de cinco filhos: Vera, Maria Eliana, Ana Lúcia, Marcelo e Maria Beatriz.
Formado em engenharia, Paiva foi eleito deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) em 1962.
Durante seu tempo na Câmara dos Deputados, destacou-se como relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), que investigava o financiamento de grupos que conspiravam contra o governo de João Goulart.
Com a instalação do regime militar, em 10 de abril de 1964, seu mandato foi cassado, levando-o ao exílio na Iugoslávia.
Após retornar ao Brasil em novembro do mesmo ano, Paiva estabeleceu-se com a família em São Paulo e, posteriormente, no Rio de Janeiro, em uma residência na Avenida Delfim Moreira, no bairro do Leblon.
Ele atuava como diretor-gerente de uma empresa de engenharia e fundações, cultivando relações com jornalistas e políticos de oposição.
No entanto, em 1971, Rubens Paiva foi sequestrado por agentes do regime militar e, conforme denúncia do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, morreu no antigo DOI-Codi, na Tijuca, na zona norte da capital.
Foi somente durante a Comissão da Verdade que foi confirmada a morte de Rubens Paiva.
A comissão, instituída em 2012, no governo de Dilma Rousseff, tinha como objetivo investigar e documentar as violações dos direitos humanos durante a ditadura militar.
Durante a comissão, foi confirmado e esclarecido que Rubens Paiva foi torturado e morto em instalações militares.
Foto de Eunice em 1971, após sair da prisão, com os cinco filhos
Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) apresentou informações sobre o caso do desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva.
Em um relatório parcial divulgado no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, a CNV apontou o então tenente Antônio Fernando Hughes de Carvalho como um dos torturadores responsáveis pela morte de Paiva.
Essa revelação veio à tona com base no depoimento de uma testemunha, identificada apenas como “agente Y”, que afirmou ter visto Hughes pressionar o ex-deputado contra uma parede durante uma sessão de tortura no Destacamento de Operações de Informações (DOI).
Segundo o relatório, Rubens Paiva morreu em decorrência das torturas infligidas pelos militares. Apesar das novas provas, como recibos de pagamento de diárias que contradizem a versão de que José Antônio Nogueira Belham, comandante do Doi-Codi à época, estaria de férias durante a prisão e morte de Paiva, o destino final do corpo do ex-deputado ainda não foi esclarecido.
Cláudio Fonteles, ex-procurador geral da República e um dos coordenadores da Comissão Nacional da Verdade, explica que a recusa das Forças Armadas em abrir seus arquivos, mantendo a documentação sob sigilo, dificultou a investigação dos crimes.
Neste sentido, os depoimentos colhidos pela comissão tiveram um papel central.
“Nesses crimes antigos, as provas testemunhais são muito importantes”, pontua Marlon Alberto Weichert, procurador regional da República e coordenador do Grupo de Trabalho Memória e Verdade da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.
“Especialmente nos casos de graves violações a direitos humanos, onde as evidências da tortura se perdem um pouco com o tempo e a documentação até hoje é mantida sob sigilo.”
Em 2014, após investigações iniciadas em 2011, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou cinco ex-integrantes do sistema de repressão da ditadura militar pelo assassinato e ocultação do cadáver do deputado Rubens Paiva. As acusações incluíam homicídio doloso, ocultação de cadáver, associação criminosa armada e fraude processual.
Filme foi escolhido para representar o Brasil no Oscar
Os denunciados foram José Antonio Nogueira Belham, Rubens Paim Sampaio, Jurandyr Ochsendorf e Souza, Jacy Ochsendorf e Souza e Raymundo Ronaldo Campos.
A Justiça Federal do Rio de Janeiro aceitou a denúncia, que foi mantida pelo Tribunal Regional da 2ª Região.
Esse desdobramento foi considerado um marco pelos membros do MPF, pois representou a primeira ação penal contra militares por homicídios ocorridos durante a ditadura. Os acusados solicitaram um habeas corpus à 2ª turma do TRF2, mas o pedido foi negado.
A defesa dos réus, então, recorreu ao STF alegando que a anistia já havia sido discutida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 153, que é um instrumento jurídico utilizado no Brasil para questionar atos do Poder Público que violem preceitos fundamentais da Constituição, como direitos humanos básicos.
Em 29 de setembro de 2014, apenas 19 dias após o julgamento do habeas corpus, o ministro-relator Teori Zavascki concedeu uma liminar para suspender o andamento do processo.
Zavascki faleceu em 2017 em um acidente de avião, e o processo foi paralisado. Em 2018, o caso foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, que sucedeu Zavascki e herdou os processos pendentes. Desde então, o caso permanece paralisado no STF, sem previsão de julgamento.
O Supremo não forneceu detalhes à BBC News Brasil sobre a razão da demora no julgamento.
Lei da Anistia em xeque
Os rumos do caso Rubens Paiva está ligado a uma discussão sobre a constitucionalidade da Lei da Anistia.
Esta legislação, decretada em 1979, durante a ditadura, ao conceder perdão geral aos crimes cometidos durante o regime, permitiu por um lado o retorno de exilados e a libertação de presos políticos.
Por outro, ressaltam especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, impediu que agentes da ditadura que torturaram e mataram opositores do governo militar fossem processados.
“A transição controlada, dominada pelos militares, com as elites brasileiras, levou a esse modelo de impunidade e de esquecimento”, diz Weichert.
“Esses assuntos foram assuntos interditados, assuntos proibidos.”
Em 2010, o STF decidiu que a Lei da Anistia é constitucional, o que é questionado ainda hoje.
Para Claudio Fonteles, a Lei da Anistia é inconstitucional, porque contraria princípios fundamentais da Constituição Federal.
Ele argumenta que uma lei ordinária, como a Lei de Anistia, não pode, sob a ótica constitucional, anistiar crimes cometidos por aqueles que violaram o Estado Democrático de Direito, já que a Constituição é a base permanente da democracia e deve ser preservada acima de qualquer legislação infraconstitucional
“Manter essa lei é preservar a figura do torturador. Não colabora para a defesa da democracia e coloca uma pedra sobre esse assunto”, afirma Fonteles à BBC News Brasil.
Weichert argumenta que, apesar da decisão do STF ter declarado a Lei de Anistia constitucional, a Corte Interamericana de Direitos Humanos a considerou incompatível com a convenção americana sobre direitos humanos.
Ele explica que a Corte só pode agir quando provocada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos ou por um Estado, já que pessoas físicas não têm permissão para entrar com ações diretamente.
A comissão, por sua vez, é responsável por receber denúncias de violações, apresentadas por qualquer vítima, e analisar se essas denúncias cumprem os requisitos estabelecidos pela convenção.
Caso a comissão conclua que houve, de fato, uma violação de direitos humanos, ela tenta, primeiramente, um acordo com o Estado. Se não houver sucesso nessa tentativa de conciliação, o caso é então levado à Corte.
Eunice combateu a política indigenista do regime militar até o fim da ditadura
Exemplos de processos envolvendo o Brasil incluem os casos da guerrilha do Araguaia (Gomes Lund), do jornalista Vladimir Herzog e Collen Leite, todos levados à Corte após a comissão ter realizado esse procedimento.
Em decisões importantes, a Corte Interamericana declarou que tanto crimes contra a humanidade quanto graves violações de direitos humanos são imprescritíveis e não podem ser anistiados.
O fato de os próprios militares terem decretado a lei que perdoa os crimes cometidos por agentes do regime seria uma forma de “autoanistia”, defende Sergio Suiama, procurador da República do Ministério Público do Rio de Janeiro.
“Isso é inadmissível em casos de crimes contra a humanidade”, pontua Suiama.
O procurador destaca que isso tem travado o avanço de ações penais como a de Rubens Paiva.
“O caso de Rubens Paiva está suspenso devido a essa indefinição”, diz Suiama.
Segundo Suiama, o MPF já propôs mais de 40 ações penais, mas a maioria delas foi suspensa ou derrubada justamente porque o STF não julga essas arguições de descumprimento de preceito fundamental (ADPF).
“As provas reunidas durante a investigação do MPF, incluindo confissões de farsa em tentativas de fuga, permanecem sem análise de mérito, esperando por uma decisão que determine se esses crimes são ou não imprescritíveis”.
Eunice e os cinco filhos em Brasília depois da posse de Rubens em 1963
O advogado Rodrigo Roca, que representa os acusados de torturar e matar Rubens Paiva, questiona a argumentação de que os crimes da ditadura podem ser enquadrados como crimes contra a humanidade.
Segundo Roca, para ser um crime contra a humanidade, a conduta precisa ter sido voltada contra uma população civil, o que, segundo ele, não seria o caso.
“Uma conduta para ser considerada crime contra a humanidade, ela precisa se voltar contra a população civil como um todo. E não contra determinados grupos insurgentes. Isso legalmente, ou seja, tecnicamente, penso até que dogmaticamente, não poderia jamais ser tipificado como crime contra a humanidade”, diz.
O advogado avalia ainda que o processo movido pelo MPF que busca um desfecho para a morte de Rubens Paiva, iniciado durante o governo Dilma e na esteira das conclusões da Comissão da Verdade, teve um “viés político”.
Segundo ele, sempre que um governo de esquerda chega ao poder, há um “recrudescimento desse movimento”, que ele qualifica como “delírios”.
“É preciso se perguntar antes a quem isso vai interessar, qual é a relação custo-benefício de uma nova mobilização dessas, do governo, de alguns setores do judiciário, em torno de pessoas com questões jurídicas plenamente resolvidas, quer dizer, é uma perda para todos, é uma guerra sem vencedores”, acrescenta.
“Há um revolvimento de uma matéria jurídica já bem desgastada e resolvida do ponto de vista social. Caberia ao plano jurídico apenas aderir a essa consciência popular e por um fim nessa história”, acrescenta.
Novo filme é inspirado no livro do filho de Paiva, Marcelo Rubens Paiva
Governo reabriu investigação do caso
Em paralelo, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), órgão do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, reabriu o caso em abril deste ano.
O objetivo é investigar e produzir mais provas que comprovem o que aconteceu com Rubens Paiva.
Em agosto de 1971, o caso foi arquivado pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), órgão antecessor do atual Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH).
A votação evidenciou divisões: enquanto membros ligados à ARENA (Aliança Renovadora Nacional) apoiaram o arquivamento, representantes do MDB e da OAB se posicionaram contra.
O então ministro da Justiça, Alfredo Buzaid, exerceu o voto de desempate, decidindo pelo arquivamento. A justificativa oficial baseou-se em informações falsas do Exército, que alegava que Rubens Paiva havia desaparecido após uma intervenção de desconhecidos durante sua detenção.
Essa versão foi desmentida posteriormente pela Comissão Nacional da Verdade. Ademais, um dos conselheiros que votou pelo arquivamento afirmou ter sido coagido a tomar essa decisão.
Segundo André Carneiro, vice-presidente do CNDH, a medida tem caráter administrativo, com possibilidades de contribuir com essa ação penal do MPF.
Carneiro afirma ainda que será produzido um relatório que conterá recomendações ao Poder Público específicas para o caso Rubens Paiva e também gerais sobre o direito à memória, à verdade e à Justiça. O documento deve ser entregue até o fim deste ano.
“Como existe um processo no STF, esse relatório será entregue ao MPF e compartilhado com o Supremo”, ressalta Carneiro.
“Esse caso é bastante simbólico.Tratava-se de um ex-deputado federal, alguém que não tinha vínculo com a luta armada. A forma como foi tratado revela a estrutura de funcionamento de espionagem e uma máquina de tortura no país.”
Marcelo Rubens Paiva reforça a importância de manter viva a memória do pai, seja por filmes, livros ou reportagens.
Para o escritor, a forma de impedir que a ditadura volte é colocar em evidência o aconteceu durante o regime — e isso inclui o assassinato de Rubens Paiva.
“Tem que mostrar o que é a ditadura, o que foi o AI-5, o que foi a tortura, o que foi o Estado autoritário”, diz Marcelo Rubens Paiva.
“É algo que não se deve defender jamais.”
A esquerda no seu labirinto

Por André Gustavo Stumpf, jornalista — O professor Cristovam Buarque vinha ensaiando a crítica maior que apareceu, por completo, no seu artigo De farol a retrovisor, publicado no Correio Braziliense no último dia 23. O ilustre professor, ex-governador do DF, faz profunda crítica às esquerdas de maneira geral e ao PT, em particular. Ele que foi ministro da Educação do presidente Lula, duas vezes senador, era um petista raiz até votar a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Jamais foi perdoado. Independentemente de questões pessoais, a crítica à esquerda é uma realidade que se impõe pela verdade dos fatos.
Os jornais descobriram, nos últimos dias, que o Brasil tem mais de 100 empresas públicas. Todas penduradas no Orçamento da República. O prejuízo que juntas vão apresentar neste ano é da ordem de R$ 3,3 bilhões. Elas estão na área de informática, no agronegócio, na área militar, entre outros setores. O maior prejuízo é da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), comandada pelo pessoal da Marinha de Guerra. A Empresa de Correios e Telégrafos já foi superavitária. Agora, opera no prejuízo. Emgea, empresa de planejamento financeiro; Infraero, que foi substituída pela NAV, que agora criou a Alada para administrar a base aeroespacial de Alcântara, no Maranhão, que nunca lançou nem balão de São João. Ainda há a Dataprev que cuida das pessoas que precisam da Previdência Social e permanecem naquela fila de dois anos de espera.
Isso é o retrato da administração petista, que precisa de empresas estatais para colocar seus filiados, tenham eles ou não competência para dirigir as empresas. O resultado é desastroso. Deficits monumentais quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do PT, trabalha para aumentar a arrecadação e reduzir os gastos de governo. Quem mais critica o ministro é a alta direção do PT contrária a qualquer tipo de redução de gastos. A porção mais desenvolvida no Brasil, que depende menos do governo, percebe essa situação. O agronegócio, por exemplo, trabalha com padrões equivalentes às melhores práticas internacionais. Da porteira para dentro, tudo corre muito bem e atende às rigorosas exigências internacionais. O país é um dos maiores exportadores de alimentos para o mundo. No entanto, as estradas são esburacadas, as ferrovias não chegam e os portos funcionam devagar porque estão aprisionados por questões políticas. São dois países que coabitam o mesmo espaço.
Um cálculo simples indica que a venda de boa parte das empresas estatais significaria acabar com o prejuízo e fazer algum dinheiro com a venda dos ativos. Um bom exemplo é a Embraer, criada pelos militares da Aeronáutica para fazer um avião de integração nacional, o Bandeirante. Mas, a partir desse estágio, o grupo não tinha a expertise necessária para entrar no mercado internacional de produção e venda de aviões. A empresa foi privatizada e, hoje, é a terceira maior do mundo. Perde para a Boeing, que está em dificuldades, e para o consórcio europeu Airbus. Crescimento espetacular e uma presença constante no mercado internacional em todo o planeta. É uma lição óbvia do melhor caminho para as empresas públicas. Outro belo exemplo de sucesso é o da antiga Vale do Rio Doce, hoje Vale, que foi privatizada e está entre as maiores do mundo. O presidente Lula tentou colocar pessoa de sua confiança na diretoria da empresa. Não conseguiu.
Isso ocorre no território da economia tradicional. Hoje, a nova economia, que vai dominando o atual cenário, trabalha com outras coordenadas. As pessoas trabalham em casa, embora estejam operando no exterior. Recebem em moeda forte e não querem saber de sindicato regulando aquela atividade. A inteligência artificial modifica as relações. Pessoas trabalham aqui em empresas estrangeiras, e estrangeiros que trabalham fora do país em empresas nacionais. Há estudantes fazendo pós-graduação em universidades europeias sem sair do país. Assistem às aulas pelo computador. Cada vez mais, a vida transcorre pelo computador e pelo telefone celular. O atendimento pessoal passou a ser algo secundário. Nesse cenário, a esquerda perdeu sua oportunidade. Ela não encontra espaço para operar seu modelo sindicalista nesse ambiente e se transforma em agente conservador.
Esse fenômeno se apresenta no resultado das eleições municipais. O Partido dos Trabalhadores perdeu até mesmo nos seus redutos tradicionais em torno da cidade de São Paulo. Uma derrota significativa, que vai dificultar a possível candidatura de Lula a seu quarto mandato, quando terá 81 anos. Antes disso, os últimos dois anos deste atual mandato serão especialmente difíceis, porque seu partido é minoritário no Congresso e os partidos de oposição vão dominar a maioria dos 5.500 municípios brasileiros. A esquerda precisa abrir os olhos de ver. O mundo mudou muito desde que a União Soviética deixou de existir. E o muro de Berlim caiu.
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Vladimir Carvalho plantou a semente do cinema novo em Brasília

Vladimir era um cangaceiro das artes; em vez de um fuzil, ele empunhava uma câmera ou uma máquina de escrever Remington. Já escreveram que era parente de Lampião. Mas ele era um cangaceiro sofisticado e humanista. Estudou filosofia na efervescente Universidade da Bahia, dos anos 1960, tendo na condição de colegas e amigos o compositor Caetano Veloso e o ensaísta Carlos Nelson Coutinho.
Vladimir não nasceu em Brasília, mas, como diz o ator João Antônio, renasceu em Brasília. Sem deixar de ser paraibano, ficou ainda mais brasileiro no Planalto. Ele é épico e a capital modernista, também. Em Brasília, reencontrou a aventura de redescobrir e refazer o Brasil, com as grandezas, mas também com as contradições e mazelas exasperantes. Chegou nos anos 1970, quando já era uma capital sitiada pelos militares e seus atos delirantes de exceção.
Glauber Rocha escreveu que Vladimir era o Vertov das caatingas; ele se transformou no Vertov do Cerrado, depois de 50 anos no Planalto. Trouxe para Brasília o espírito de inquietação de uma das nascentes do Cinema Novo, pois participou como assistente de Aruanda, documentário de Linduarte Noronha, em que, pela primeira vez, a luz crua do sertão estouraria na tela sem o filtro das lentes, e de Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho, na primeira versão, marco do despojamento do cinema-verdade no Brasil. Inspirado nas experimentações de Aruanda, Glauber faria a estética da fome desembocar em Deus e o Diabo na Terra do Sol.
Com espírito obsessivo e tenacidade nordestina, filmou alguns dos principais momentos da saga de Brasília. Vladimir era capaz de acompanhar, com uma câmera na mão, um roqueiro durante 15 anos. Quando a fita estreava, o ex-guitarrista já havia se tornado evangélico, mas o nosso Vertov do Cerrado não se desapegava da devoção invencível pelo cinema. O amor de Vladimir por Brasília não excluía uma contundente visão crítica. Em seus filmes, ele revela o outro lado do cartão-postal e vai na contramão da história oficial.
Em Brasília Segundo Feldman, reconstituiu o clima dos tempos pioneiros da construção da cidade, envolvida nas nuvens de poeira e na música de martelos, guindastes, serrotes, vigas de aço atritadas e gritos do trabalho dos que erguiam a capital modernista no meio do ermo. É comovente ver a Esplanada dos Ministérios, o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada e o Palácio da Justiça em estado de esqueleto, varridos pela terra vermelha e assolados pelo ritmo trepidante do trabalho.
O documentário estabelece uma relação dramática entre as belíssimas imagens captadas pelo fotógrafo norte-americano Eugene Feldman e o depoimento de Luis Perseguini sobre um massacre de operários perpetrado pela famigerada GEB, uma corporação policial extremamente truculenta que cuidava da segurança da nova capital.
Se o tema é insinuado em Brasília segundo Feldman, no filme seguinte, Conterrâneos Velhos de Guerra, aprofunda, desdobra e explora novas facetas da aventura dos candangos expulsos para a periferia da capital modernista. A epígrafe pinçada em Berthold Brecht é reveladora: “Quem construiu a Tebas de sete portas? Nos livros estão os nomes dos reis. Arrastaram eles os blocos de pedra?”, indaga Bretch. Com o instinto do antigo repórter, Vladimir confrontou, polemicamente, a versão dos operários com as de Lucio Costa e Oscar Niemeyer, os construtores de Brasília. A certa altura, irritado, Niemeyer abandona a entrevista, abruptamente.
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Barra 68 envereda por uma outra vertente da Brasília inconformista: a repressão violenta ao movimento de resistência dos estudantes da Universidade de Brasília, na virada dos anos 1960, depois da eclosão do regime militar. É um filme tenso, nervoso e dramático, que nos joga no atropelo da invasão do câmpus da UnB pela polícia em 1968, sob o cerco dos camburões, as explosões de bombas, as nuvens de fumaça de gás lacrimogêneo, os gritos de desespero, a tentativa de fuga desabalada e a sanha troglodita contra alunos, professores e laboratórios. A narrativa é calcada nas imagens impressionantes filmadas pelo então estudante de cinema Hermano Pena, no sufoco, correndo no descampado da UnB. É câmara na mão na marra, revelando uma Brasília rebelde, pouco conhecida do restante do país.
Quando Vladimir decidiu fazer um documentário sobre a geração liderada por Renato Russo, alguns torceram o nariz. Por que este venerável senhor vai se meter com o rock? Vladimir sempre fez arte política e, para ele, Rock Brasília — A era de ouro é apenas uma extensão do seu projeto de fazer filmes políticos. Em vez de fuzis, eles empunhavam guitarras para gritar contra a decadência do regime militar, a repressão nas superquadras, a pobreza de opções de lazer, o conformismo de parte da juventude e o mar de burocracia brasiliense oprimindo de todos os lados.
Vladimir fez uma crônica deliciosa, revelando o lado terno dos punks, filhos de professores universitários e diplomatas. São impagáveis as sequências em que Renato Russo perde um show do Aborto Elétrico no bairro Cruzeiro porque estava no meio do cerrado, em certa hora determinada por Yoko Ono, para reverenciar o ídolo John Lennon. Ou o depoimento de Silvia Seabra, a mãe de Felipe Seabra, guitarrista da Plebe Rude, ameaçando tomar um avião e dar umas bolachas no malsinado general Newton Cruz, chefe do SNI, depois da prisão do filho em Patos de Minas, durante um show da banda.
Mas a ação de Vladimir sobre Brasília não se limitava a fazer filmes essenciais sobre a história da cidade. Ele era uma pessoa de alma coletiva, parecia estar em todos os lugares, sempre estava de prontidão para alguma ação solidária.
O legado dele é, ao mesmo tempo, cultural, político, humano, afetivo e espiritual. Ele humanizou, civilizou, virilizou, dignificou e elevou Brasília com seu espírito aguerrido e inflamado. Vladimir é nosso líder das causas conquistadas e o nosso herói das causas perdidas.
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O que se sabe sobre a queda do caça da FAB em Natal

Um caça F-5 da Força Aérea Brasileira (FAB) enfrentou problemas mecânicos durante um voo de treinamento e caiu, ontem, em Parnamirim, na região metropolitana de Natal. O piloto conseguiu ejetar-se e foi resgatado sem ferimentos. Pessoas que estavam perto do local da queda registraram o momento em que o avião colidiu contra o solo, causando uma grande explosão seguida de muita fumaça.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse em entrevista à CNN Brasil, que o piloto “foi hábil” ao conseguir desviar o caça de áreas residenciais “mesmo com fogo já no avião”. O militar, que não teve a identidade revelada, foi resgatado pela Brigada de Salvamento e levado ao Hospital da Base Aérea de Natal para se submeter a exames complementares.
O F-5 apresentou problemas no motor pouco tempo após a decolagem, segundo relatos, com vídeos mostrando chamas saindo da turbina. O Corpo de Bombeiros informou que a explosão do avião provocou um incêndio na mata onde a aeronave caiu, na comunidade de Pium, e que duas equipes foram acionadas para o combate às chamas.
Em nota, a FAB informou que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) vai investigar o caso para identificar possíveis fatores que possam evitar que acidentes semelhantes voltem a acontecer.
Exercício de guerra
O tráfego de aviões militares sobre a capital potiguar aumentou nos últimos dias. A Base Aérea de Natal vai receber, entre 3 e 15 de novembro, o Cruzex — Exercício Cruzeiro do Sul —, um grande treinamento com Forças Aéreas de vários países, organizado pela FAB desde 2002. O avião que caiu participaria das operações.
O Cruzex irá reunir mais de 2 mil militares de 16 países, e vai mobilizar 100 aeronaves brasileiras e estrangeiras de combate e apoio a tropas. É o maior exercício militar multinacional da América Latina, e mais de 1,5 mil horas de voo estão programadas para o evento. Participarão — além do Brasil — Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, França, Alemanha, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, África do Sul, Suécia, Uruguai e Estados Unidos. Esta será a primeira participação de Portugal e Paraguai.
O caça acidentado é o F-5 Tiger II, fabricado nos Estados Unidos e um dos mais antigos do esquadrão da FAB. O avião chegou ao Brasil em 1976 para substituir os modelos F-80 Shooting Star e o T-33 Thunderbird. Em 2000, a FAB desenvolveu um projeto de atualização da aeronave — o F-5BR — para incluir novo sistema de radar, mísseis, telas multifuncionais coloridas e capacete com display integrado.
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O que fazer em Campinas e região: agenda tem Péricles, Belo, Leonardo, Gustavo Mioto e mais

Com espetáculos de humor, shows de stand-up e muita música, o fim de semana na região de Campinas (SP) está recheado de atrações. Para ajudar você a se programar, o g1 separou os principais eventos, com opções gratuitas e pagas a partir desta quinta-feira (17).
Além dos festivais de música sertaneja em Artur Nogueira (SP) e de pagode em Americana (SP), a programação conta com exposição que celebra 40 anos da estreia do seriado Chaves em Campinas (SP), além de muita nostalgia com Sorriso Maroto e Roupa Nova em Jaguariúna (SP).
📅 Veja os destaques da programação:
🎶 Para os fãs de pagode, Péricles, Belo, Turma do Pagode, Pixote e outros artistas do gênero estarão reunidos em Americana. O festival será neste sábado (19).
🤠 Se a sua praia for o sertanejo, festival de música em Artur Nogueira contará com shows de vários cantores durante este e o próximo fim de semana. Simone Mendes, Gustavo Mioto, Luan Pereira e Kamisa 10 são atrações nesta sexta (18), sábado (19) e domingo (20).
😂 Quer dar uma risada? Rafael Infante sobe aos palcos de Campinas com o seu show ‘Terapia Infernal’, que mistura humor, reflexão e música.
🎸 Dona, desses traiçoeiros… com 40 anos de estrada, o grupo musical Roupa Nova desembarca em Jaguariúna nesta sexta-feira (18).
😁 Para os mais nostalgicos, os pagodeiros do Sorriso Maroto chegam em Jaguariúna com o show ‘Sorriso das Antigas’, em queapresentam os clássicos dos seus 26 anos de carreira, como “Futuro Prometido”, “Ainda Gosto de Você”, “Me Olha Nos Olhos” e muito mais.
🚪 Isso, isso, isso! Exposição que celebra 40 anos da estreia de Chaves no Brasil está em cartaz em Campinas, no segundo piso do Shopping Iguatemi.
📌Clique na cidade e veja as atrações:
Americana
Peça infantil ‘Alice no país das maravilhas’
O que: espetáculo apresenta as aventuras de Alice, que vai para em um país subterrâneo fantástico governado pela Rainha de Copas, após seguir um coelho e cair em sua toca.
Data: quinta-feira, 17 de outubro, às 9h30 e às 14h15
Local: Teatro Municipal Lulu Benencase
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 696 – Jardim Girassol, Americana
Musical infantil “Aventura congelante – O legado”
O que: peça inspirada na animação ‘Frozen’, produzida pela Walt Disney, que conta a história das irmãs Elza e Anna.
Data: sábado, 19 de outubro, às 15h
Local: Teatro Municipal Lulu Benencase
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 696 – Jardim Girassol, Americana
The King – Elvis Experience
O que: espetáculo que conta a história do cantor estadunidense Elvis Presley, o rei do rock, através dos seus maiores sucessos.
Data: sábado, 19 de outubro, às 21h
Local: Teatro Municipal Lulu Benencase
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 696 – Jardim Girassol, Americana
Me Leva Festival
O que: show reúne nomes do samba e do pagode nacional. Veja o line-up.
Data: sábado, 19 de outubro, às 14h
Local: Parque De Eventos CCA
Endereço: Caminho de Servidão, 245 – São Sebastião
🎤 Line-up
Belo
Pixote
Péricles
Turma do Pagode
Tiee
Encontro de Batuqueiros
Entre Elas
Os Melhores do Mundo apresentam “Hermanoteu na Terra de Godah”
O que: comédia conta a história do momento em que Hermanoteu e Isaac, nos portões do Egito, anunciam o momento que Moisés abre o Mar Vermelho
Data: domingo, 20 de outubro, às 19h
Local: Teatro Lulu Belencase
Endereço: Rua Gonçalves Dias, nº 696
Exposição “Enquanto houver luz”
O que: exposição de arte contemporânea, que reúne trabalhos de oito artistas de abordam a memória e o desejo por meio de pedras, tecidos, livros, carteira de trabalho, fotografias antigas e outros objetos do cotidiano.
Data: até 31 de outubro
Horário: de segunda a sexta, das 9h às 17h
Local: Museu de Arte Contemporânea de Americana
Endereço: Avenida Brasil, 1293 – Jardim São Paulo, Americana
Quanto: entrada gratuita
Amparo
Sessão noturna no Polo Astronômico de Amparo
O que: 🌒 o Polo Astronômico de Amparo fará sessões noturnas de observação da lua e aglomerados de estrelas durante o mês de junho. A unidade tem o maior telescópio refletor com visitação pública no Brasil.
Data: aos sábados, 19 e 26 de outubro, com sessões às 19h e às 21h15
Local: Polo Astronômico de Amparo
Endereço: Estrada do Sertãozinho s/n.º (com acesso no km 29 da SP 95 – Rodovia Benevenuto Moretto) – Sertãozinho
Artur Nogueira
Expo Artur
O que: festival de música sertaneja em dois fins de semana, com Simone Mendes, Gustavo Mioto, Ana Castela e mais.
Data: 18, 19, 20, 24, 25 e 26 de outubro
Local: Balneário Municipal Guilherme Carlini
Endereço: Av. Luiz Spadaro Cropanize – Itamataty, Artur Nogueira
🎤 Line-up
sexta-feira, 18 de outubro: Simone Mendes
sábado, 19 de outubro: Luan Pereira + Kamisa 10
domingo, 20 de outubro: Gustavo Mioto
quinta-feira, 24 de outubro: João Bosco e Vinicius
sexta-feira, 25 de outubro: Ana Castela
sábado, 26 de outubro: Mc Ig + Marília Tavares
Campinas
Festival gastronômico “Volta ao Mundo”
O que: uma jornada culinária com estandes de mais de 20 países, com cerca de 100 pratos típicos à disposição do público.
Data: do 18 a 20 de outubro, das 12h às 20h.
Local: estacionamento do Shopping Parque das Bandeira
Endereço: Av. John Boyd Dunlop, 3900 – Jardim Ipaussuram
Quanto: entrada gratuita
Exposição “Lua em Primavera”
O que: Exposição e performances interligadas ao testemunho íntimo de uma educadora e bailarina diagnosticada por duas vezes com câncer de mama. A abertura será dia 22 de outubro, sexta-feira, às 17h.
Data: do 22 de outubro a 9 de novembro
Horário de funcionamento: segunda-feira das 9h às 16h, terça-feira à sexta-feira 9h às 17h e sábado das 9h às 13h
Local: Espaço Marco do Valle
Endereço: Rua Dr. Quirino, 1865 – Centro
Quanto: entrada gratuita
Exposição “Corpo Todo”
O que: mostra individual aborda o trabalho invisibilizado das mulheres, com pintura, aquarela e cerâmica
Data: de 17 de outubro a 19 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h
Local: Espaço Cultural “Eurico Cruz Neto”, primeiro andar
Endereço: Rua Barão de Jaguará, 901
Quanto: entrada gratuita
Apresentação do Trio Raio Laser
O que: Trio Raio Laser faz apresentação que mistura rock e MPB dos anos 80
Data: 18 de outubro, às 20h
Local: Cervejaria Blacaman
Endereço: Avenida Santa Isabel, 493 – Barão Geraldo
Quanto: entrada gratuita
Feira de Discos de Barão
O que: exposição, venda e troca de vinil, brechós, artesanato, comida, cerveja e 10 horas de DJs com som 100% vinil nos mais variados estilos
Data: 20 de outubro, das 10h às 22h
Local: Cervejaria Blacaman
Endereço: Avenida Santa Isabel, 493 – Barão Geraldo
Quanto: entrada gratuita
Rafael Infante apresenta “Terapia Infernal”
O que: ator sobe aos palcos com espetáculo que mistura humor, reflexão e música para abordar atuais questões da humanidade sob uma ótica inusitada
Data: sexta-feira, 18 de outubro, às 21h
Local: Teatro Oficina do Estudante Iguatemi 3º piso do Iguatemi Campinas
Endereço: Av. Iguatemi, 777 – Vila Brandina
‘WelcomeBack dos K’, com Kenan e Kel
O que: os cantores de ‘música popular periférica’ fazem show na metrópole. Festa também conta com os DJs Rogin, Pétala, Tresk e Tidas.
Data: sexta-feira, 18 de outubro, às 22h
Local: CAOS
Endereço: Rua Luiz Otávio, 2995 – Parque Rural Fazenda Santa Cândida
Senac Casa Aberta
O que: evento conta com a presença dos escritores Chico Felitti e Clara Alves, além de diversas atividades que vão desde workshops e atendimentos a oficinas, degustações e palestras.
Data: sábado, 19 de outubro, das 10h às 16h
Local: Senac Campinas
Endereço: Rua Sacramento, 490 – Centro
Quanto: evento gratuito
Exposição fotográfica “Entre Marés”
O que: exposição de 75 fotos, sendo a maioria com padrões abstratos encontrados em justaposições de areia, água e rochas.
Data: das quartas aos sábados, até 19 de outubro, das 15h às 19h
Local: Pavão Cultural
Endereço: Rua Maria Tereza Dias da Silva, 708 – Cidade Universitária
Quanto: entrada gratuita
Tributo ao RBD
O que: show promete levar uma experiência mágica e nostálgica para os fãs da banda mexicana
Data: sábado, 19 de outubro, a partir das 19h
Local: Palco das Bandeiras
Endereço: Av. John Boyd Dunlop, 3900 – Jardim Ipaussurama
Quanto: entrada gratuita
Espetáculo ‘Cárcere’
O que: em peça solo, o ator Vinícius Piedade representa uma semana na vida de um pianista, que acaba dentro de uma unidade prisional, e em meio a uma rebelião.
Data: sábado, 19 de outibro, às 20h
Local: Teatro Barracão
Endereço: Rua Eduardo Modesto, 128, Vila Santa Isabel – Barão Geraldo,Campinas
Quanto: entrada gratuita
Espetáculo “Improvável”
O que: criado pelo trio de humoristas Anderson Bizzocchi, Daniel Nascimento e Elidio Sanna (os Barbixas), a peça utiliza a improvisação teatral — onde as cenas são criadas na hora, a partir das ideias da plateia.
Data: sábado e domingo, 19 e 20 de outubro, às 21h no sábado e às 19h no domingo
Local: Teatro Oficina do Estudante Iguatemi 3º piso do Iguatemi Campinas
Endereço: Av. Iguatemi, 777 – Vila Brandina
3ª edição do Cresça em Movimento
O que: evento promovido pela Unimed Campinas tem como objetivo estimular a diversão ativa e criativa das crianças. Além disso, terá brinquedos infláveis e cama elástica.
Data: domingo, 20 de outubro, das 8h às 12h
Local: Kartódromo da Lagoa do Taquara, com acesso pelo portão 6
Endereço: Av. Dr. Heitor Penteado, Taquaral
Quanto: evento gratuito
Espetáculo “Meu Pai Vai Me Buscar na Escola”
O que: espetáculo de dança inspirado no livro “Meu Pai Vai Me Buscar na Escola”, que será apresentado por crianças e adolescentes que fazem balé pera prefeitura de Campinas.
Data: domingo, 20 de outubro, às 16h e às 19h
Local: Teatro Castro mendes
Endereço: Rua Conselheiro Gomide, 62 – Vila Industrial
Quanto: entrada gratuita
Exposição “Territórios”, da artista visual Marcia Gadioli
O que: mostra reúne produção dos últimos 10 anos da artista e conta com 70 obras produzidas
Data: até 31 de outubro. Terça a sexta, das 12h às 18h30. Aos sábados, das 10h às 16h. As visitas Guiadas são das 10h às 12h ou das 14 às 16h
Local: Museu da Imagem e do Som (MIS)
Endereço: Rua Regente Feijó, 859 – Centro
Quanto: entrada gratuita
Chaves: A Exposição
O que: com nove ambientes, a exposição recria cenários fiéis aos do seriado, como as casas de Seu Madruga e Dona Florinda, a clássica Vila, o segundo “pátio” e o famoso barril do Chaves.
Data: até 10 de novembro
Horários: de terça a sexta, das 12h às 20h. Sábado, das 10h às 22h. Domingos e feriados, das 12h às 20h.
Local: Praça de Eventos do 2º Piso do Iguatemi Campinas
Endereço: Av. Iguatemi, 777, Vila Brandina, Campinas
Isso, isso, isso! Exposição que celebra 40 anos da estreia de Chaves no Brasil chega a Campinas
Indaiatuba
Fabuloso Festival de Histórias
O que: festival criado para fomentar e difundir o segmento literário com histórias infantis, além de espetáculos
Data: sábado e domingo, 19 e 20 de outubro, das 10h às 16h
Local: Casarão Cultural Pau Preto
Endereço: Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro
Quanto: entrada gratuita
📅 Programação
sábado, 19 de outubro
10h às 16h – Feira de Troca de Livros, Encontro de Escritores, Oficina de Carimbos, Varal de Poemas e Piquenique Literário
11h – “O Sol, a Lua e a Dona Água”, com Ateliera Teatro em Manufatura
13h30 – “Esse Tal de Curupira”, com Grupo Manuí
15h – “Quando Crescer, Quero Ser Avião”, com Grupo Cundê
domingo, 20 de outubro
10h às 16h – Feira de Troca de Livros, Encontro de Escritores, Oficina de Carimbos, Varal de Poemas e Piquenique Literário
11h – “A Serpente Delgadina”, com Ateliera Teatro em Manufatura
13h30 – “Viajando com Poesia”, com Viajantes Contações de Histórias
15h – “Cantos e Contos dos Pássaros do Brasil”, com Cria Cantos e Contos
Jaguariúna
Roupa Nova
O que: dona desses animais, dona dos seus ideais… Comemorando seus 40 anos de estrada, o grupo musical desembarca na região.
Data: sexta, 18 de outubro, às 23h30
Local: Red Eventos
Endereço: Av. Antártica, 1530 – Santa Úrsula
Sorriso Maroto com a turnê “Sorriso das Antigas”
O que: banda leva repertório repleto de clássicos dos 26 anos de carreira como “Futuro Prometido”, “Ainda Gosto de Você”, “Me Olha Nos Olhos” e muito mais
Data: sábado, 19 de outubro, às 15h
Local: Área externa da Red Eventos
Endereço: Av. Antártica, 1530 – Santa Úrsula
Mogi Guaçu
Musical “Os Saltimbancos”
O que: peça infantil conta a história de um jumento, um cachorro, uma galinha e uma gata que fogem dos patrões e formam um grupo musical
Data: quinta-feira, 17 de outubro, às 20h
Local: Teatro Tupec
Endereço: Av. dos Trabalhadores, 2651
Espetáculo “O Fantástico Mistério de Feiurinha”
O que: espetáculo conta sobre a busca da princesa Feiurinha, que está desaparecida.
Data: sexta-feira, 18 de outubro, às 20h
Local: Teatro Tupec
Endereço: Av. dos Trabalhadores, 2651
Paulínia
Apresentação de Maurício Muller
O que: apresentação de rock, pop e MPB
Data: quinta,17 de outubro, às 20h
Local: Cervejaria Bierinbox
Endereço: Rua dos Imigrantes, 886 – Parque da Figueira
Quanto: entrada gratuita
Valinhos
Leonardo e Bruno e Marrone apresentam “Cabaré”
O que: grandes nomes da música sertaneja levam para o público os principais sucessos, repleto de prosa, risadas, música, dança e diversão
Data: sábado, 19 de outubro, às 17h
Local: Brahma Valley
Endereço: Rod. Dom Pedro I, km 118 – Bairro dos Lopes
Leonardo e Bruno e Marrone apresentam ‘Cabaré’ em Valinhos; veja como comprar ingressos
VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região