Incêndios florestais vão ficar cada vez mais intensos e prolongados, alerta cientista da ONU

A cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, é assolada pelos maiores incêndios florestais já registrados na região.
Até a publicação desta reportagem, o Departamento de Silvicultura e Proteção ao Fogo da Califórnia registrava 135 focos de emergência, 12,3 mil estruturas destruídas e 24 mortes.
Mas este episódio está longe de ser inédito.
Ano passado, as chamas se alastraram por vastas áreas do Pantanal e do Cerrado brasileiros.
Anteriormente, grandes incidentes do tipo acometeram lugares como Grécia, Canadá, Austrália e Argélia.
A cientista Amy Duchelle, líder do time de florestas e clima da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO-ONU), avalia que incêndios florestais ficarão cada vez mais comuns e intensos, graças a um círculo vicioso gerado a partir das mudanças climáticas.
Em entrevista à BBC News Brasil, a especialista pede que países e autoridades foquem os investimentos nas políticas de prevenção desses eventos extremos.
Ela também aponta que os esforços para apagar o fogo apresentam cada vez mais limitações relacionadas à intensidade do calor e às próprias condições climáticas.
“Los Angeles vive uma situação devastadora. E vemos que a ameaça de outros incêndios florestais aumenta rapidamente numa escala global, tanto do ponto de vista da frequência quanto da duração”, alerta ela.
“Esse fenômeno está relacionado às mudanças climáticas e às modificações no uso da terra.”
O que explica os incêndios em Los Angeles?
Duchelle aponta que as cenas registradas na cidade americana durante os últimos dias decorrem de uma conjunção de fatores.
“Os incêndios florestais dependem de três ingredientes: material de combustão, tempo seco e uma fonte de ignição”, lista a especialista.
E esse é justamente o trio que engatilhou a emergência em Los Angeles.
“Essa região passa por uma temporada extremamente seca, depois de alguns anos seguidos de alta umidade. Ou seja, houve o crescimento de uma vegetação, que secou e ficou suscetível a queimar”, contextualiza ela.
No caso recente, houve também o auxílio crucial dos ventos de Santa Ana, um fenômeno típico local, que alastrou as chamas e dificultou ainda mais o trabalho das equipes de resgate.
“Há também o componente urbano aqui, já que as cidades estão em expansão e as pessoas vivem em áreas com alto risco de incêndios florestais”, acrescenta Duchelle.
A representante da FAO-ONU lembra que as chamas sempre foram tradicionalmente usadas para o manejo da terra, especialmente por indígenas e comunidades tradicionais.
“O fogo ocorre basicamente em todo território e bioma do planeta, com exceção da Antártida”, destaca ela.
“Não podemos encará-lo necessariamente como uma coisa ruim, já que ele sempre foi uma ferramenta sustentável para lidar com diferentes ecossistemas, desde que bem usado”, pondera ela.
O problema é que a escala e a frequência de grandes incêndios florestais vêm aumentando nos últimos anos.
“Testemunhamos o que acontece em Los Angeles, mas vimos eventos parecidos em anos anteriores no Brasil, no Canadá, na Grécia, na Argélia, no Havaí…”, lista ela.
As próprias projeções das Nações Unidas revelam que incêndios florestais vão crescer 14% até 2030, 30% até 2050 e 50% até o final do século 21.
No Brasil, queimadas deixaram rastros de destruição no Cerrado, no Pantanal e na Amazônia em anos recentes
Duchelle explica que esse cenário é catapultado pelas mudanças climáticas — e, no caminho reverso, contribui também para o aquecimento da temperatura do planeta.
Ou seja, as alterações no padrão climático global propiciam eventos extremos, como ondas de calor, inundações e secas prolongadas.
Alguns desses fenômenos — como as estiagens — geram uma enorme quantidade de material propício para a combustão, caso de galhos, folhas e troncos secos.
Daí basta uma fagulha para o início do fogo, que se alastra com facilidade e rapidez.
“Na contramão, os incêndios florestais também aceleram as mudanças climáticas ao liberar enormes quantidades de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera”, observa Duchelle.
O CO2 é um dos gases que, por causa da ação humana, se acumulam na atmosfera e geram o aquecimento do planeta.
Um estudo da Universidade East Anglia, no Reino Unido, calcula que os incêndios florestais liberaram meio bilhão de toneladas adicionais de CO2 por ano desde o início do século 21 — e essa taxa vem aumentando a cada nova temporada.
“Estamos num círculo vicioso, que tende a se intensificar ainda mais no futuro”, alerta a especialista.
Uma mudança nos cuidados
Para lidar com esse cenário, a representante da FAO vê a necessidade de alterar o foco — e adotar uma abordagem mais “holística” no combate aos incêndios florestais.
“Há muito a ser feito para lidar com esse cenário”, acredita Duchelle.
“Nossa atenção atual está na supressão dos focos de incêndio. Mas episódios como esse de Los Angeles revelam os limites dessa abordagem. Muitas aeronaves não conseguiram voar, por causa dos ventos intensos. Além disso, há uma falta de água, em razão da estiagem”, exemplifica ela.
A cientista lembra que os custos para combater o fogo são enormes — e seria muito mais custo-efetivo apostar em medidas para prevenir os incêndios.
Segundo ela, a estratégia mais moderna para lidar com esses eventos extremos pode ser resumida em cinco “erres”: revisão, redução de risco, rapidez, resposta e recuperação.
“O primeiro passo é justamente revisar e analisar a situação de cada local, de cada contexto, para entender quais são os riscos de o fogo se alastrar ali”, começa Duchelle.
Feita essa avaliação inicial, vem a etapa dois, de redução dos riscos: tomar as ações necessárias para justamente impedir o aparecimento das chamas.
Pode ser necessário, por exemplo, remover parte do material combustível ou jogar água para umidificar certos lugares que apresentam maior risco.
Aqui também há uma necessidade de criar programas educativos e campanhas de conscientização, para evitar que as pessoas façam fogueiras ou criem, mesmo sem querer, fontes de ignição que ganham proporções monumentais.
“O terceiro ‘erre’ envolve a prontidão [readiness, em inglês] para responder. Mesmo com um plano de prevenção bem estruturado, incêndios inevitavelmente vão ocorrer”, pontua Duchelle.
Portanto, é necessário ter um sistema preparado para identificar os focos das chamas rapidamente e mobilizar equipes que vão lidar com o problema antes que ele se alastre.
“O quarto ponto, que está em andamento agora em Los Angeles, é onde costuma se concentrar a maior parte da atenção: a resposta aos incêndios”, diz a especialista.
“Por fim, o quinto está justamente em recuperar a terra e promover a restauração dos ecossistemas e das áreas urbanas. Esse é um ponto extremamente crítico e que gera grandes custos”, complementa ela.
Duchelle entende que há um grande esforço de órgãos internacionais, como a própria FAO, em promover uma mudança de foco e investir cada vez mais nos três primeiros “erres” dessa história.
“O combate aos incêndios é algo que deve acontecer durante o ano inteiro, não apenas nas temporadas de seca, e todo mundo precisa contribuir”, acredita ela.
Combate a incêndios que já se propagaram mostra claras limitações num cenário de queimadas mais intensas e frequentes, defende pesquisadora
Brasil como referência
Questionada sobre as grandes queimadas registradas no Brasil nos últimos anos, Duchelle entende que o país tem se organizado para lidar melhor com essa questão.
“O Brasil fez grandes esforços para diminuir o desmatamento na Amazônia recentemente, e provavelmente os incêndios poderiam ter sido ainda piores caso a floresta continuasse no mesmo ritmo de destruição registrado anteriormente”, avalia a especialista, que morou no Acre e no Rio de Janeiro durante dez anos.
A representante da FAO também destaca a criação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, lançada em 2024 pelo Governo Federal.
“Isso representa exatamente o que defendemos como uma maneira holística de lidar com as queimadas, com um foco importante nas medidas preventivas”, elogia ela.
“A política brasileira também se destaca por acolher diferentes setores da sociedade, como indígenas e comunidades tradicionais.”
“Há muito o que aprender sobre o manejo da terra com esses indivíduos, e o Brasil se apresenta como uma liderança nesse aspecto”, complementa ela.
A especialista também chama a atenção para as políticas de Portugal.
“Em 2017, esse país sofreu incêndios florestais devastadores e, desde então, desenvolveu um plano de dez anos para lidar com o problema”, exemplifica ela.
“Nesse meio-tempo, Portugal criou um programa de manejo do fogo bem integrado e virou um grande parceiro em escala global.”
Por fim, Duchelle destaca a “absoluta necessidade” de pensar em novas maneiras para lidar com o cenário das queimadas em escala global.
“Falamos de enormes tragédias, que têm um custo para a economia, para a infraestrutura, para a biodiversidade e para a saúde humana”, conclui ela.
Riley Keough relembra casamento da mãe com Michael Jackson: ‘Nossa vida ficou maior’

Neta de Elvis Presley e filha de Lisa Marie Presley, Riley Keough relembrou do período no qual a mãe foi casada com Michael Jackson, um dos grandes astros da música e responsável por sucessos como “Smooth Criminal,” “Billie Jean,” “Beat It” e “Thriller.”
Vale lembrar como Lisa Marie se casou com Jackson pouco tempo após se divorciar do pai de Riley, Danny Keough. Com o Rei do Pop, ela ficou entre 1994 e 1996. Neste período, o cantor enfrentava acusações de abuso e agressão a crianças (ele sempre negava as alegações e nunca foi condenado).
Em participação no podcast Call Her Daddy, Riley Keough relembrou de quando ela era criança e a mãe estava com Michael Jackson. Em determinado momento da conversa, ela foi questionada se algum adulto ficou preocupado com o fato de ela passar o tempo com o cantor.
“Nunca me disseram nada. E, na verdade, não é algo que eu tenha perguntado quando adulto. Simplesmente foi o que foi. Não sei, isso nunca me veio à cabeça,” disse. “Imagino que meu pai estava realmente com o coração partido ao ler as notícias. E imagino que ele disse todo tipo de coisa para minha mãe que não sabíamos.”
Em seguida, ela falou sobre o modo como os pais criaram ela e o irmão Benjamin: “A forma como meus pais educavam era muito: ‘Não brigamos perto das crianças, nunca dizemos nada perto delas.’ Sabíamos de nada. Sabíamos de nenhuma acusação. Não tínhamos consciência disso.” Então, ela foi perguntada como se sente em relação a este momento.
A única coisa que sei é que eles estavam apaixonados e que o amor um pelo outro era genuíno, porque eu estava lá e me lembro. Todo o resto, não sei, porque eu não estava lá.
Além disso, Riley Keough revelou como a vida dele mudou quando Lisa Marie Presley se casou com Michael Jackson. “Nossa vida não era mais louca porque isso já existia. Isso já existia, como a imprensa e os malucos, os paparazzi, mas… acho que quando ela viu a vida do Michael, havia coisas que ele tinha e ela não tinha,” afirmou.
“Ela não tinha avião na época ou coisas assim, então ela disse: ‘Oh, eu deveria ter um avião e deveria ter isso e aquilo,’ e então nossa vida dessa forma meio que ficou maior porque antes ela estava com meu pai e a vida deles era muito simples,” continuou. “Não com a imprensa e com a loucura, mas em termos de casa. Ela não tinha 10 milhões de assistentes e não precisava de tudo isso, e acho que isso mudou.”
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2025, despesas, calor e folia

2025, despesas, calor e folia (Foto: Priscila Costa/ Pixabay)
Culturalmente, para nós brasileiros, a chegada do verão é um “sintoma” evidente de alegria, roupas leves, convivência com os amigos e muita descontração! O sol, as praias e as férias escolares trazem um clima de festa e prolonga a brisa leve das confraternizações até a chegada do carnaval, afinal, esta é uma época de muita música, folia, lançamentos dos hit’s do momento, das coreografias do axé e claro, festividades que movimentam todo o país.
O que pega, é que por aqui, o começo do ano também traz os tradicionais desafios financeiros e estes, demandam juízo, planejamento, foco e decisão. Para as famílias em geral, é hora das despesas com material escolar, impostos com os infalíveis IPTU e o IPVA, e os custos das festas de fim de ano podem pesar no bolso das famílias, ainda que tardiamente, as faturas chegam!
Muitos brasileiros enfrentam essa época do ano com um misto de entusiasmo e uma boa dose de preocupação. A solução para lidar com esses desafios pode estar em um planejamento financeiro cuidadoso, aproveitando as celebrações de forma consciente e buscando alternativas que tragam alegria sem comprometer o tamanho do nosso bolso, do nosso orçamento.
Vocês já estão se preparando para aproveitarem o verão e o carnaval? Alguma dica para aproveitar essa época sem estourar o orçamento?
Como particularmente, eu sou bem precavido, meus impostos já estão com seus valores reservados, por isso, vou pular logo para o carnaval, que em 2025 acontecerá no finalzinho de fevereiro e o comecinho de março. Temos aí um tempinho razoável para nos organizar.
Folia no Brasil
Pesquisando um pouco sobre as possibilidades no Brasil, percebi logo, que de fato, teremos muita folia em todo o território nacional, mas com a mesma rotina cultural de sempre e neste caso, sem dúvida, o destino mais famoso e conhecido mundialmente, com desfiles de escolas de samba, blocos de rua e sempre muita alegria, é o carnaval do Rio de Janeiro.
Em Salvador na Bahia, a festa não será diferente, alegria e irreverência já estão garantidos desde já. Conhecido como uma das melhores festas, com blocos de rua que atraem milhares de pessoas, o carnaval da Bahia, na verdade, já começou. As grandes estrelas do Axé, já estão a todo vapor, apresentando o novo repertório, que certamente ecoará em todo o Brasil, garantindo o gingado em todas as regiões brasileiras.
Foto: Gustavo Romero/ Pixabay
Recife o berço do frevo e maracatu, junto com Olinda, garantirão seus belos desfiles e apresentações de quadrilhas e blocos de frevo. Por lá temos ainda o tradicional Galo da Madrugada, que também já está movimentando a capital a um tempo! A movimentação para sua montagem, já envolve artistas, artesãos, voluntários, grupos familiares e oferecerão sem dúvidas, mais um espetáculo de cor, magia, tecnologia e inovação para o carnaval pernambucano.
Galgando seu espaço no calendário cultural da folia, São Paulo, a capital, segue firme com os desfiles de escolas de samba no Sambódromo, cada vez mais competentes e acirrados e blocos de rua em várias partes da cidade, fazendo a festa de milhares de foliões.
Em Minas Gerais, a folia também estará garantida com um calendário recheado, principalmente nas cidades históricas como Ouro Preto, que garante um dos mais tradicionais do Brasil, com desfiles de escolas de samba e blocos de rua em uma das mais de 30 cidades históricas, que promovem a festa com muita competência festiva e cultural.
Carnaval em Belo Horizonte
Belo Horizonte, a capital mineira, consolidou o seu lugar na elite do calendário festivo e cultural do Carnaval Brasileiro e promete ser ainda mais divertido que o de 2024.
Os organizadores estão trabalhando firme para garantirem uma programação extensa e variada. Pesquisando um pouco, já podemos anunciar, que o Carnaval em Belo Horizonte, acontecerá oficialmente, de 1 a 5 de março de 2025, mas claro, com as tradicionais festas de aquecimento nos dias 15, 16, 22 e 23 de janeiro, em breve a programação estará disponível nos canais oficiais da cidade.
Sobre o carnaval de Belo Horizonte, vale a pena tecermos alguns comentários, já que nos últimos anos, a festa ganhou um público que ultrapassa os quatro milhões de foliões, vindos de toda parte do Brasil e também do exterior. A festa, como todo evento turístico bem-organizado, se ampara na produção cultural, para oferecer uma programação intensa, sequenciada, extremamente organizada e segura, dando vazão à geração de trabalho e renda para milhares de pessoas em toda a capital.
Vale dizer, que os números do carnaval belorizontino tem crescido a cada ano e surpreendem pela força na geração de negócios temporários, movimentando os segmentos de hospedagem, alimentação, economia informal, transportes, segurança e muito mais.
A festa é sempre muito bem distribuída e tem o seu sucesso garantido, por blocos de rua, que certamente estarão nas ruas promovendo os cortejos animados, coloridos e muito divertidos.
Por hora, ouso citar alguns nomes dos mais conhecidos como o Então Brilha, Baianas Ozadas, Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro, Garota Eu Vou Pro Califórnia e muitos, mas muitos outros!!
Segundo a organização, serão mais de 418 cortejos de blocos de rua, desfiles das Escolas de Samba de Belo Horizonte e mais alguns eventos alternativos, que também acontecem na cidade.
Festival de Jazz & Blues em Guaramiranga, Ceará
Por falar em eventos alternativos, é inevitável falarmos da expectativa em torno do Festival Jazz & Blues, que acontecerá em Guaramiranga, no Ceará. Guaramiranga é uma das cidades localizadas na Serra do Baturité e fica a 105,5 km da capital Fortaleza. O evento já tradicional no calendário cultural cearense, oferece programação diversificada, oficinas, rodas de conversa e se não no período, o festival rola bem próximo ao carnaval, só que oferecendo Jazz e Blues de qualidade internacional.
Já conheci a cidade e a região e posso garantir, que a região serrana garante uma paisagem esplendorosa, com uma natureza exuberante, clima agradabilíssimo e com muitas atividades ao ar livre, como passeios de barco e caminhadas, que podem ser ótimas opções para quem busca uma experiência mais tranquila e relaxante durante o Carnaval.
Por fim, não se iluda, para curtir plenamente o verão e o carnaval, precisamos planejar tudo, com antecedência, portanto, escolha o seu destino, reserve hospedagem e compre passagens aéreas com antecedência para evitar os altos preços. No local, faça um roteiro diário para sua diversão, escolhendo os blocos e eventos mais atraentes para o seu gosto e esteja pronto, para aproveitar ao máximo.
Seja criativo, cuide de sua segurança, beba mais água sempre, lembre do protetor solar e tenha a melhor experiência momesca de sua vida!
Até a próxima.
Siga o @portaluaiturismo no Instagram e no TikTok @uai.turismo
2025, despesas, calor e folia

2025, despesas, calor e folia (Foto: Priscila Costa/ Pixabay)
Culturalmente, para nós brasileiros, a chegada do verão é um “sintoma” evidente de alegria, roupas leves, convivência com os amigos e muita descontração! O sol, as praias e as férias escolares trazem um clima de festa e prolonga a brisa leve das confraternizações até a chegada do carnaval, afinal, esta é uma época de muita música, folia, lançamentos dos hit’s do momento, das coreografias do axé e claro, festividades que movimentam todo o país.
O que pega, é que por aqui, o começo do ano também traz os tradicionais desafios financeiros e estes, demandam juízo, planejamento, foco e decisão. Para as famílias em geral, é hora das despesas com material escolar, impostos com os infalíveis IPTU e o IPVA, e os custos das festas de fim de ano podem pesar no bolso das famílias, ainda que tardiamente, as faturas chegam!
Muitos brasileiros enfrentam essa época do ano com um misto de entusiasmo e uma boa dose de preocupação. A solução para lidar com esses desafios pode estar em um planejamento financeiro cuidadoso, aproveitando as celebrações de forma consciente e buscando alternativas que tragam alegria sem comprometer o tamanho do nosso bolso, do nosso orçamento.
Vocês já estão se preparando para aproveitarem o verão e o carnaval? Alguma dica para aproveitar essa época sem estourar o orçamento?
Como particularmente, eu sou bem precavido, meus impostos já estão com seus valores reservados, por isso, vou pular logo para o carnaval, que em 2025 acontecerá no finalzinho de fevereiro e o comecinho de março. Temos aí um tempinho razoável para nos organizar.
Folia no Brasil
Pesquisando um pouco sobre as possibilidades no Brasil, percebi logo, que de fato, teremos muita folia em todo o território nacional, mas com a mesma rotina cultural de sempre e neste caso, sem dúvida, o destino mais famoso e conhecido mundialmente, com desfiles de escolas de samba, blocos de rua e sempre muita alegria, é o carnaval do Rio de Janeiro.
Em Salvador na Bahia, a festa não será diferente, alegria e irreverência já estão garantidos desde já. Conhecido como uma das melhores festas, com blocos de rua que atraem milhares de pessoas, o carnaval da Bahia, na verdade, já começou. As grandes estrelas do Axé, já estão a todo vapor, apresentando o novo repertório, que certamente ecoará em todo o Brasil, garantindo o gingado em todas as regiões brasileiras.
Foto: Gustavo Romero/ Pixabay
Recife o berço do frevo e maracatu, junto com Olinda, garantirão seus belos desfiles e apresentações de quadrilhas e blocos de frevo. Por lá temos ainda o tradicional Galo da Madrugada, que também já está movimentando a capital a um tempo! A movimentação para sua montagem, já envolve artistas, artesãos, voluntários, grupos familiares e oferecerão sem dúvidas, mais um espetáculo de cor, magia, tecnologia e inovação para o carnaval pernambucano.
Galgando seu espaço no calendário cultural da folia, São Paulo, a capital, segue firme com os desfiles de escolas de samba no Sambódromo, cada vez mais competentes e acirrados e blocos de rua em várias partes da cidade, fazendo a festa de milhares de foliões.
Em Minas Gerais, a folia também estará garantida com um calendário recheado, principalmente nas cidades históricas como Ouro Preto, que garante um dos mais tradicionais do Brasil, com desfiles de escolas de samba e blocos de rua em uma das mais de 30 cidades históricas, que promovem a festa com muita competência festiva e cultural.
Carnaval em Belo Horizonte
Belo Horizonte, a capital mineira, consolidou o seu lugar na elite do calendário festivo e cultural do Carnaval Brasileiro e promete ser ainda mais divertido que o de 2024.
Os organizadores estão trabalhando firme para garantirem uma programação extensa e variada. Pesquisando um pouco, já podemos anunciar, que o Carnaval em Belo Horizonte, acontecerá oficialmente, de 1 a 5 de março de 2025, mas claro, com as tradicionais festas de aquecimento nos dias 15, 16, 22 e 23 de janeiro, em breve a programação estará disponível nos canais oficiais da cidade.
Sobre o carnaval de Belo Horizonte, vale a pena tecermos alguns comentários, já que nos últimos anos, a festa ganhou um público que ultrapassa os quatro milhões de foliões, vindos de toda parte do Brasil e também do exterior. A festa, como todo evento turístico bem-organizado, se ampara na produção cultural, para oferecer uma programação intensa, sequenciada, extremamente organizada e segura, dando vazão à geração de trabalho e renda para milhares de pessoas em toda a capital.
Vale dizer, que os números do carnaval belorizontino tem crescido a cada ano e surpreendem pela força na geração de negócios temporários, movimentando os segmentos de hospedagem, alimentação, economia informal, transportes, segurança e muito mais.
A festa é sempre muito bem distribuída e tem o seu sucesso garantido, por blocos de rua, que certamente estarão nas ruas promovendo os cortejos animados, coloridos e muito divertidos.
Por hora, ouso citar alguns nomes dos mais conhecidos como o Então Brilha, Baianas Ozadas, Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro, Garota Eu Vou Pro Califórnia e muitos, mas muitos outros!!
Segundo a organização, serão mais de 418 cortejos de blocos de rua, desfiles das Escolas de Samba de Belo Horizonte e mais alguns eventos alternativos, que também acontecem na cidade.
Festival de Jazz & Blues em Guaramiranga, Ceará
Por falar em eventos alternativos, é inevitável falarmos da expectativa em torno do Festival Jazz & Blues, que acontecerá em Guaramiranga, no Ceará. Guaramiranga é uma das cidades localizadas na Serra do Baturité e fica a 105,5 km da capital Fortaleza. O evento já tradicional no calendário cultural cearense, oferece programação diversificada, oficinas, rodas de conversa e se não no período, o festival rola bem próximo ao carnaval, só que oferecendo Jazz e Blues de qualidade internacional.
Já conheci a cidade e a região e posso garantir, que a região serrana garante uma paisagem esplendorosa, com uma natureza exuberante, clima agradabilíssimo e com muitas atividades ao ar livre, como passeios de barco e caminhadas, que podem ser ótimas opções para quem busca uma experiência mais tranquila e relaxante durante o Carnaval.
Por fim, não se iluda, para curtir plenamente o verão e o carnaval, precisamos planejar tudo, com antecedência, portanto, escolha o seu destino, reserve hospedagem e compre passagens aéreas com antecedência para evitar os altos preços. No local, faça um roteiro diário para sua diversão, escolhendo os blocos e eventos mais atraentes para o seu gosto e esteja pronto, para aproveitar ao máximo.
Seja criativo, cuide de sua segurança, beba mais água sempre, lembre do protetor solar e tenha a melhor experiência momesca de sua vida!
Até a próxima.
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Bioinsumos e combustíveis do futuro fortalecem a transição energética

BRUNO GALVEAS LAVIOLA e MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES — Pesquisadores da Embrapa Agroenergia
No centro das discussões globais sobre mudanças climáticas e sustentabilidade, a transição energética se apresenta como um dos grandes desafios do século 21. O Brasil, com sua vocação agrícola e liderança em bioenergia, tem uma oportunidade única de liderar essa transformação, especialmente com os avanços recentes em marcos regulatórios fundamentais para os setores agrícola e energético.
Além dos benefícios ambientais, a regulamentação dos bioinsumos e dos biocombustíveis avançados traz possibilidades de impactos econômicos significativos para o país. A adoção de bioinsumos reduz a dependência de fertilizantes e defensivos químicos importados, propiciando economia para o produtor rural e aumentando a competitividade do agronegócio brasileiro nos mercados internacionais.
A cadeia produtiva de biocombustíveis, ao integrar soluções de baixo carbono, estimula a diversificação no campo e a criação de empregos qualificados, desde a pesquisa científica até a produção agrícola e industrial. A evolução do etanol de milho, por exemplo, destaca-se como um marco na diversificação energética, unindo impactos nas dimensões ambiental e econômica, com substancial agregação de valor à produção.
A produção de etanol de cereais contribui não só para a redução de emissões, mas também gera coprodutos valiosos como o DDGS, utilizado na formulação de rações animais. Essa integração aumenta a eficiência alimentar e reduz custos na pecuária, exemplificando como soluções agroenergéticas podem diversificar negócios e impulsionar a sustentabilidade de maneira sinérgica em múltiplas dimensões.
No caso do biometano, o Brasil possui potencial para produzir até 84,6 bilhões de Nm³/ano a partir de resíduos agroindustriais, o que supera em mais de duas vezes a oferta nacional de gás natural registrada em 2022. Essa alternativa não apenas reduz custos energéticos, mas também promove a economia circular, aproveitando resíduos que antes eram descartados, muitas vezes com impactos ambientais danosos.
No setor agrícola, a substituição de fertilizantes químicos por bioinsumos pode gerar uma economia anual de até US$ 5,1 bilhões, especialmente em culturas como milho, arroz e trigo. Além disso, essa prática contribui para a redução de emissões de gases de efeito estufa e a melhoria da saúde do solo, promovendo a sustentabilidade, a produtividade nas lavouras e a imagem dos produtos agrícolas brasileiros.
Embora a produção global de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) ainda seja limitada, estudos indicam que seu desenvolvimento e escalonamento podem reduzir em até 80% as emissões de gases de efeito estufa do setor aéreo, um dos mais desafiadores para descarbonizar. Essa tecnologia representa uma oportunidade única para o Brasil consolidar sua liderança em soluções avançadas de energia sustentável, contribuindo de forma decisiva para a transição energética em setores estratégicos da economia global.
Mas não devemos esquecer que a transição energética e a sustentabilidade da agricultura dependem diretamente de avanços científicos e tecnológicos que transformem desafios em oportunidades. No Brasil, a Embrapa, as universidades e o setor privado têm desempenhado um papel central no desenvolvimento de soluções inovadoras para bioinsumos e biocombustíveis de baixa emissão de carbono.
Além dos enormes avanços na produção de etanol e biodiesel, as tecnologias inovadoras para produção de biometano, a partir de resíduos agroindustriais e usos avançados de óleos vegetais para biocombustíveis líquidos, também contribuem para cadeias produtivas mais eficientes e sustentáveis. Adicionalmente, a pesquisa em bioinsumos, como inoculantes biológicos para fixação de nitrogênio, disponibilização de fósforo e controle de pragas, tem demonstrado impactos significativos na redução de custos agrícolas e na melhoria da produtividade, além de minimizar o impacto ambiental.
A Embrapa tem buscado também desenvolver fontes alternativas de biomassa energética, essenciais para fazer frente à crescente demanda de forma diversificada e sustentável. Exemplos são a tropicalização da canola, que adapta esta oleaginosa às condições do Cerrado brasileiro; e a domesticação da macaúba, uma palmeira nativa com alto potencial para a produção sustentável de óleos e outras fontes de biomassa, esforços liderados pela Embrapa Agroenergia, em Brasília.
O futuro do setor energético poderá se beneficiar significativamente de avanços de base biológica, com maior aproveitamento de recursos renováveis e sustentáveis. Essa convergência, porém, exige superar desafios nos campos da inovação tecnológica, de políticas públicas eficazes e da coordenação entre diferentes atores. Com sua vasta base agrícola e experiência em bioenergia, o Brasil ocupa uma posição única para liderar esse processo, aproveitando sua vantagem estratégica para impulsionar soluções de grande impacto na transição energética.
Bioinsumos e combustíveis do futuro fortalecem a transição energética

BRUNO GALVEAS LAVIOLA e MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES — Pesquisadores da Embrapa Agroenergia
No centro das discussões globais sobre mudanças climáticas e sustentabilidade, a transição energética se apresenta como um dos grandes desafios do século 21. O Brasil, com sua vocação agrícola e liderança em bioenergia, tem uma oportunidade única de liderar essa transformação, especialmente com os avanços recentes em marcos regulatórios fundamentais para os setores agrícola e energético.
Além dos benefícios ambientais, a regulamentação dos bioinsumos e dos biocombustíveis avançados traz possibilidades de impactos econômicos significativos para o país. A adoção de bioinsumos reduz a dependência de fertilizantes e defensivos químicos importados, propiciando economia para o produtor rural e aumentando a competitividade do agronegócio brasileiro nos mercados internacionais.
A cadeia produtiva de biocombustíveis, ao integrar soluções de baixo carbono, estimula a diversificação no campo e a criação de empregos qualificados, desde a pesquisa científica até a produção agrícola e industrial. A evolução do etanol de milho, por exemplo, destaca-se como um marco na diversificação energética, unindo impactos nas dimensões ambiental e econômica, com substancial agregação de valor à produção.
A produção de etanol de cereais contribui não só para a redução de emissões, mas também gera coprodutos valiosos como o DDGS, utilizado na formulação de rações animais. Essa integração aumenta a eficiência alimentar e reduz custos na pecuária, exemplificando como soluções agroenergéticas podem diversificar negócios e impulsionar a sustentabilidade de maneira sinérgica em múltiplas dimensões.
No caso do biometano, o Brasil possui potencial para produzir até 84,6 bilhões de Nm³/ano a partir de resíduos agroindustriais, o que supera em mais de duas vezes a oferta nacional de gás natural registrada em 2022. Essa alternativa não apenas reduz custos energéticos, mas também promove a economia circular, aproveitando resíduos que antes eram descartados, muitas vezes com impactos ambientais danosos.
No setor agrícola, a substituição de fertilizantes químicos por bioinsumos pode gerar uma economia anual de até US$ 5,1 bilhões, especialmente em culturas como milho, arroz e trigo. Além disso, essa prática contribui para a redução de emissões de gases de efeito estufa e a melhoria da saúde do solo, promovendo a sustentabilidade, a produtividade nas lavouras e a imagem dos produtos agrícolas brasileiros.
Embora a produção global de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) ainda seja limitada, estudos indicam que seu desenvolvimento e escalonamento podem reduzir em até 80% as emissões de gases de efeito estufa do setor aéreo, um dos mais desafiadores para descarbonizar. Essa tecnologia representa uma oportunidade única para o Brasil consolidar sua liderança em soluções avançadas de energia sustentável, contribuindo de forma decisiva para a transição energética em setores estratégicos da economia global.
Mas não devemos esquecer que a transição energética e a sustentabilidade da agricultura dependem diretamente de avanços científicos e tecnológicos que transformem desafios em oportunidades. No Brasil, a Embrapa, as universidades e o setor privado têm desempenhado um papel central no desenvolvimento de soluções inovadoras para bioinsumos e biocombustíveis de baixa emissão de carbono.
Além dos enormes avanços na produção de etanol e biodiesel, as tecnologias inovadoras para produção de biometano, a partir de resíduos agroindustriais e usos avançados de óleos vegetais para biocombustíveis líquidos, também contribuem para cadeias produtivas mais eficientes e sustentáveis. Adicionalmente, a pesquisa em bioinsumos, como inoculantes biológicos para fixação de nitrogênio, disponibilização de fósforo e controle de pragas, tem demonstrado impactos significativos na redução de custos agrícolas e na melhoria da produtividade, além de minimizar o impacto ambiental.
A Embrapa tem buscado também desenvolver fontes alternativas de biomassa energética, essenciais para fazer frente à crescente demanda de forma diversificada e sustentável. Exemplos são a tropicalização da canola, que adapta esta oleaginosa às condições do Cerrado brasileiro; e a domesticação da macaúba, uma palmeira nativa com alto potencial para a produção sustentável de óleos e outras fontes de biomassa, esforços liderados pela Embrapa Agroenergia, em Brasília.
O futuro do setor energético poderá se beneficiar significativamente de avanços de base biológica, com maior aproveitamento de recursos renováveis e sustentáveis. Essa convergência, porém, exige superar desafios nos campos da inovação tecnológica, de políticas públicas eficazes e da coordenação entre diferentes atores. Com sua vasta base agrícola e experiência em bioenergia, o Brasil ocupa uma posição única para liderar esse processo, aproveitando sua vantagem estratégica para impulsionar soluções de grande impacto na transição energética.
Os países que reivindicam controle da Antártida

A Antártida não é um país: não tem governo nem população indígena. Todo o continente é reservado para a ciência.
No início do mês, o presidente do Chile, Gabriel Boric, fez uma visita histórica ao Polo Sul, se tornando o primeiro líder latino-americano a visitar o ponto mais ao sul do planeta.
E lembrou ao mundo que seu país reivindica soberania sobre parte do continente.
Mas o Chile não está sozinho.
Vários países reivindicam controle sobre partes da Antártida — e muitos outros estão presentes lá.
Quais são estes países? E que direito eles têm?
A Antártida é o quarto maior continente do mundo — depois da Ásia, América e África —, e um dos lugares mais cobiçados do planeta.
Sete países reivindicam partes de seu extenso território de 14 milhões de quilômetros quadrados.
Alguns são países vizinhos, como Argentina, Austrália, Chile e Nova Zelândia.
Mas três nações europeias — França, Noruega e Reino Unido — também reivindicam soberania sobre partes da Antártida.
A Argentina foi a primeira a estabelecer uma base permanente na região e a declarar sua soberania ali, em 1904. A Base Orcadas é a estação científica mais antiga ainda em funcionamento na Antártida.
O país sul-americano considerava a região como uma extensão de sua província mais ao sul, Terra do Fogo, assim como as Ilhas Malvinas (ou Falklands), Geórgia do Sul e Sandwich do Sul.
Argentina, Reino Unido e Chile
No entanto, o Reino Unido, que controla estas ilhas, fez sua própria reivindicação de parte da Antártida em 1908, reivindicando uma região que engloba toda a área requisitada pela Argentina.
O Chile apresentou sua própria reivindicação anos depois, em 1940, também com base no fato de que se tratava de uma extensão natural de seu território.
A Antártica chilena — como é conhecida no país — faz parte da região de Magalhães, a mais ao sul das 16 regiões em que o país se divide, e se sobrepõe em partes aos territórios reivindicados pela Argentina e pelo Reino Unido.
A França também reivindica soberania sobre parte do continente
As outras reivindicações de soberania se baseiam nas ocupações realizadas por famosos exploradores da Antártida no início do século 20.
A da Noruega é baseada nas explorações de Roald Amundsen, o primeiro a alcançar o Polo Sul geográfico em 1911.
E as reivindicações da Nova Zelândia e da Austrália têm como base as proezas de James Clark Ross, que hasteou a bandeira do Império Britânico em territórios que foram colocados sob a administração destes dois países pela Coroa Britânica em 1923 e 1926, respectivamente.
Enquanto isso, a França também reivindica uma pequena porção de solo antártico que foi descoberto em 1840 pelo comandante Jules Dumont D’Urville, que o chamou de Terra de Adélia, em homenagem à sua esposa.
Sem donos
Além destas reivindicações soberanas, 35 outros países, incluindo Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, Índia e Rússia, possuem bases permanentes no chamado continente branco.
No entanto, o lugar que muitos chamam de Polo Sul (por conter o Polo Sul geográfico) não pertence a ninguém.
Desde 1961, ele é administrado por um acordo internacional, o Tratado da Antártida, que foi originalmente assinado em 1º de dezembro de 1959 pelos sete países com reivindicações soberanas, além de cinco outros: Bélgica, Estados Unidos (onde o acordo foi assinado), Japão, África do Sul e Rússia.
A Antártida não tem dono, mas 29 países com presença ativa no continente decidem sobre seu presente e futuro
O tratado, assinado no contexto da Guerra Fria, buscava evitar uma escalada militar, declarando que “é do interesse de toda a humanidade que a Antártida continue a ser usada exclusivamente para fins pacíficos, e não se torne palco ou objeto de discórdia internacional”.
O pacto congelou as reivindicações territoriais existentes, e estabeleceu que a Antártida se tornasse uma reserva científica internacional.
Também proibiu testes nucleares e “qualquer medida de natureza militar, exceto para auxiliar as pesquisas científicas”.
Desde então, 42 outras nações aderiram ao tratado, embora apenas 29 — aquelas com “atividades de pesquisa significativas” — tenham poder de voto e possam tomar decisões sobre o presente e o futuro da Antártida.
Até agora, todos os países membros do pacto concordaram em continuar a proibir qualquer outra atividade no continente que não seja científica.
Quais as riquezas da Antártida?
Mas por que tanto interesse em um continente coberto quase totalmente por gelo?
Um dos principais motivos tem a ver com o que potencialmente está sob o gelo: recursos naturais abundantes.
“Há uma razão pela qual os geólogos geralmente ocupam a posição de maior destaque (nas bases científicas da Antártida)”, diz o documentarista e jornalista Matthew Teller, que escreveu exaustivamente para a BBC sobre o continente branco.
Embora as atividades de prospecção de petróleo e mineração sejam proibidas pelo Tratado da Antártida, a exploração para fins científicos é permitida.
O Tratado da Antártida busca proteger o continente e seus mares circundantes das rivalidades geopolíticas
Assim, os especialistas conseguiram estimar que sob o solo da Antártida há cerca de 200 bilhões de barris de petróleo, segundo Teller.
“Muito mais do que no Kuwait ou em Abu Dhabi”, destaca.
Atualmente, no entanto, não é viável explorar esses recursos, uma vez que — além de ser expressamente proibido — o custo de extração seria muito alto.
Isso porque, diferentemente do Ártico, que é composto principalmente de oceano congelado, a Antártida é um continente rochoso coberto de gelo.
E essa camada de gelo pode ter até quatro quilômetros de profundidade.
Ao mesmo tempo, a construção de plataformas de petróleo offshore na costa da Antártida, onde se acredita que existam vastas reservas de petróleo e gás, também seria muito onerosa porque a água congela no inverno.
Renovação do tratado
No entanto, adverte Teller, “é impossível prever em que situação a economia mundial vai estar em 2048, quando será o momento de renovar o protocolo que proíbe a prospecção na Antártida”.
“Nesse cenário, um mundo faminto por energia poderia estar desesperado”, afirma.
Além de petróleo e gás, acredita-se que a região seja rica em carvão, chumbo, ferro, cromo, cobre, ouro, níquel, platina, urânio e prata.
O Tratado da Antártida foi assinado em 1º de dezembro de 1959
O Oceano Antártico também tem grandes populações de krill e peixes, cuja pesca é regulamentada pela Comissão para a Conservação dos Recursos Marinhos Vivos da Antártida.
Todas essas riquezas naturais explicam por que os países que reivindicam partes do continente também foram até a Organização das Nações Unidas (ONU) para exigir seus direitos de propriedade sobre o fundo do mar adjacente aos territórios que reivindicam.
Em 2016, a Comissão sobre os Limites da Plataforma Continental (CLPC, na sigla em inglês) da ONU reconheceu o direito da Argentina de estender seus limites externos no Atlântico Sul, permitindo que o país sul-americano adicionasse 1,6 milhão de quilômetros quadrados de área marítima.
Áreas em disputa
No entanto, a CLPC não se pronunciou sobre a reivindicação relacionada aos territórios antárticos (nem da Argentina, nem de qualquer outro país), uma vez que o órgão não considera nem emite recomendações sobre áreas em disputa.
O Mar de Ross, uma baía profunda no Oceano Antártico, abriga o ecossistema marinho mais intocado do planeta
O continente branco possui mais dois usos em potencial que são únicos, mas menos conhecidos do que as riquezas naturais tradicionais.
Enquanto muitos se concentram nos possíveis benefícios econômicos que se encontram a quilômetros sob o gelo ou nos mares, eles ignoram o que muitos acreditam que vai ser o bem mais precioso no futuro: a água doce.
Benefícios menos conhecidos
O gelo que cobre a Antártida é a maior reserva de água doce do mundo, um recurso essencial escasso que pode um dia valer mais que o ouro.
Estima-se que a Antártida contenha 70% da água doce do planeta, já que 90% de todo o gelo da Terra está concentrado lá.
E há muito mais água doce congelada do que a encontrada no subsolo, nos rios e nos lagos.
Se considerarmos que 97% da água do mundo é salgada, é fácil entender a importância deste recurso hídrico congelado no extremo sul do planeta.
A outra vantagem pouco conhecida da Antártida tem a ver com seus céus, que são particularmente limpos e excepcionalmente livres de interferência de rádio.
Isso os torna ideais para pesquisas no espaço profundo e rastreamento por satélite.
O céu da Antártida é tão rico em potencial quanto seu solo e sua água
“Mas também são ideais para o estabelecimento de redes secretas de vigilância e para o controle remoto de sistemas de armas de ataque”, adverte Teller.
A Austrália alertou que a China poderia usar sua base científica de Taishan — a quarta do país na Antártida, construída em 2014 — para vigilância.
“As bases na Antártida estão tendo cada vez mais um ‘uso duplo’: pesquisa científica que é útil para fins militares”, denunciou o governo australiano em 2014.
Entretanto, o sistema de navegação por satélite da China, chamado BeiDou, está em conformidade com as regras do Tratado da Antártida, assim como o sistema Trollsat da Noruega.
Dólar e viagens em 2025: novo produto de fintech, oferece a melhor cotação

Dólar e viagens em 2025: novo produto de fintech, oferece a melhor cotação ((Foto: Freepik))
Como equacionar o dólar e as viagens em 2025? A Nomad, fintech brasileira conhecida por romper barreiras e oferecer soluções completas para a vida financeira internacional dos brasileiros, apresenta ao mercado o Dólar Nomad, idealizado em parceria com o Ouribank. O novo produto, exclusivo e inédito na categoria, garante a melhor cotação em moeda americana para quem planeja viagens e compras com antecedência e pode receber os dólares após o prazo de um ano.
Desde o dia 4 de dezembro, os clientes da fintech com recursos em conta poderão fazer a cotação para a compra da moeda americana e optar se a conversão será imediata ou via Dólar Nomad, que considera o câmbio comercial e ainda proporciona economia de até R$ 0,15 para cada US$ 1 adquirido. O valor mínimo para a conversão por meio dessa modalidade é de R$ 5 mil.
O objetivo da fintech, que já possui um portfólio repleto de soluções para os brasileiros que já viajam e investem no exterior, é incentivar um novo comportamento de compra no qual os clientes podem se organizar com antecedência e garantir mais vantagens na compra do dólar. “Com o novo produto, o Dólar Nomad, os clientes economizam no momento do planejamento de suas viagens e planos futuros, sem se preocuparem com a variação do câmbio, pois sabem exatamente a quantia que receberão em um ano”, explica Lucas Vargas, CEO da Nomad.
Para quem é este produto que equaciona dólar e viagens em 2025
Casais que vão passar a lua de mel no exterior, estudantes que estão prevendo fazer intercâmbio e até quem apenas vai viajar de férias e gostaria de garantir a cotação com mais economia e de forma planejada: esses são alguns dos perfis de quem pode se beneficiar com o Dólar Nomad.
“Queremos sempre oferecer as melhores experiências aos nossos clientes, com economia, praticidade e inovação. Somos a primeira marca da categoria a oferecer parcelamento de dólar, uma sala VIP exclusiva no Aeroporto Internacional de Guarulhos e uma plataforma de compra de viagens a preços competitivos, o Nomad Trips. Com o lançamento do Dólar Nomad, reforçamos nosso compromisso de descomplicar as finanças internacionais, por meio de soluções inovadoras e criativas que ninguém tinha pensado antes”, reforça Vargas.
Entenda como funciona
O Dólar Nomad é um novo produto que permite a contratação do câmbio para liquidação futura, recebendo o valor depois de um ano. A taxa de câmbio aplicada será a fixada no momento da contratação, com economia de até R$ 0,15 por U$ 1 comprado. Caso o cliente queira utilizar o valor antes desse prazo, ele receberá seus dólares sem a economia oferecida pelo Dólar Nomad, com a cotação do câmbio da data de contratação original.
A Nomad possui mais de 2,3 milhões de clientes ativos e, nos últimos meses, viu seus ativos sob custódia da empresa crescerem mais de 40 vezes — já são mais de R$ 4 bilhões. Parte dessa evolução é decorrente da confiança na marca e da expansão do portfólio em produtos para investir nos EUA e com foco nos viajantes internacionais, além da oferta de benefícios exclusivos.
Os fundos na conta Nomad são assegurados em até US$ 250 mil pelo Community Federal Savings Bank, membro do fundo garantidor dos EUA (FDIC), para cada tipo de conta por titular. O SIPC protege contas de clientes de até US$ 500.000 (quinhentos mil dólares americanos), incluindo US$ 250.000 (duzentos e cinquenta mil dólares americanos) em solicitações de pagamento em dinheiro.
A Nomad é uma empresa de tecnologia financeira, não um banco. Determinados serviços bancários são oferecidos pelo Community Federal Savings Bank, membro do FDIC. O cartão de débito da Nomad com a bandeira Visa é emitido pelo Community Federal Savings Bank sob uma licença da Visa U.S.A. Inc.
Os viajantes e interessados em construir um patrimônio em moeda forte, podem adquirir a moeda americana por meio de conversão imediata, parcelada ou com recebimento programado com o Dólar Nomad. Toda conversão gera pontos no programa de fidelidade da companhia, o Nomad Pass, que garante mais recompensas de acordo com a pontuação.
Com ampla cobertura, Nomad oferece um cartão de débito internacional físico e virtual que é aceito em mais de 180 países e territórios, sem cobrança de taxa ou limite de saques para a rede de caixas eletrônicos (ATMs) da MoneyPass. Também é possível conseguir descontos exclusivos no Nomad Shop, plataforma de benefícios da fintech, que oferece vantagens imperdíveis para todo o checklist de viagem, com até 60% de desconto em serviços como seguro viagem, aluguel de veículos, reserva de hospedagem, passagens aéreas, chips internacionais e ingressos para as melhores atrações em diversos países.
Mais comodidade
Para dar mais comodidade e conforto, a Nomad oferece uma sala vip no terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos, o Nomad Lounge, e um espaço exclusivo para clientes dentro do Nomad Coffee, localizado em frente ao Consulado Americano em São Paulo, com lockers, balcão para impressão, entre outras vantagens.
Recentemente, a fintech apresentou ao mercado o Nomad Trips, nova plataforma que ajuda os clientes a fazerem as melhores escolhas na hora de viajar, potencializando ainda mais a conveniência e economia. A plataforma de viagens é pioneira no Brasil, com funcionalidade baseada em inteligência artificial, exclusiva para clientes da Nomad. O Trips combina a compra de passagens aéreas e pacotes de hospedagem por preços competitivos com esse componente inédito: por meio de inteligência artificial, o cliente pode ter a criação de um roteiro exclusivo de viagem com base em suas preferências e pedidos.
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Quem são o piloto morto e a família de fazendeiros que sobreviveu ao acidente em Ubatuba?

A queda de uma aeronave na manhã desta quinta-feira (9), na Praia do Cruzeiro, em Ubatuba, litoral de São Paulo, resultou na morte do piloto Paulo Seghetto, de Goiânia. A aeronave, pertencente à conhecida família Fries, produtores rurais de Goiás, transportava cinco pessoas, incluindo a filha e os netos da fazendeira Maria Fries, além de ferir uma pessoa que estava na orla.
De acordo com informações da Rede Voa, que administra o Aeroporto Municipal de Mineiros, o avião modelo 525, matrícula PR-GFS, havia decolado de Goiás em direção ao litoral paulista. Durante a tentativa de pouso em Ubatuba, as condições meteorológicas eram desfavoráveis, com chuva intensa e pista molhada.
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Tragédia aérea em Ubatuba: quem estava no avião?
O acidente deixou um saldo trágico, com a morte de Paulo Seghetto, que sofreu uma parada cardiorrespiratória após ser resgatado das ferragens. Entre os sobreviventes estavam Mireylle Fries, seu marido, Bruno Almeida Souza, e os dois filhos pequenos do casal. Eles foram socorridos e levados para a Santa Casa de Ubatuba, onde permanecem estáveis.
Além dos passageiros, uma pessoa que estava na praia sofreu uma fratura e foi socorrida pelo Samu. Uma mulher também precisou de atendimento após torcer o pé ao correr durante o incidente.
Aeronave e legado ambiental
O avião pertence à família Fries, que é coproprietária de diversas fazendas no interior de Goiás. Além da produção de soja, os Fries se destacam por projetos ambientais, incluindo o replantio de mais de 2 milhões de árvores nativas na região. É na propriedade deles que nasce o Rio Araguaia, um dos mais importantes do Brasil.
Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) foi acionado para investigar as causas do acidente. Técnicos realizarão a coleta de dados e análise dos danos na aeronave para determinar as circunstâncias da queda.
Entre tradições, expectativas e sonhos

Entre tradições, expectativas e sonhos (Foto: Adobe Stock)
Mais um ano se encerrando, mais um período de reflexões e balanços sobre o que planejamos, o que executamos e o quanto crescemos nos últimos 365 dias. Tempo também de renovar esperanças, sonhos, desejos e refazer planos para os próximos 365! No turismo também é assim! E, se tem uma coisa pela qual sou grata, são os profissionais e amigos que fiz pelo caminho, que me inspiram e com os quais aprendo diariamente, alguns mais de perto, outros nem tanto, mas todos com seu toque especial.
Ao pensar no próximo ciclo, e fazer os balanços e planos futuros para o turismo, porque não convidar alguns destes profissionais queridos a compartilharem também seus desejos e expectativas para 2025 a partir da seguinte pergunta: Qual inovação você espera para o turismo em 2025? O que segue são textos breves, compartilhados por eles, alguns mais curtos, outros menos, mas todos com o olhar qualificado de cada um deles.
Alexandre é Vice-Presidente da ABAV-MG empreendedor com mais de 30 anos de experiência em turismo.
“Estamos ás portas de 2025 e, o novo ano que se apresenta, traz desafios a todos Nós. A evolução tecnológica, em especial da Inteligência Artificial e suas aplicações, abre uma perspectiva sem fronteiras para o mercado turístico. A rapidez que as inovações aparecem coloca-nos em um patamar de evolução em tempo real, permitindo um auxílio até pouco tempo inimaginável a nossa atividade. A constante exigência de um Turismo Sustentável, ambientalmente de baixo impacto e responsável, torna fundamental a ajuda de profissionais especializados em ciência e tratamento de dados, já que hoje dispomos do perfil de cada cliente, valor e tipo de viagem adquiridos, destinos mais procurados e até em que horário abordar o provável comprador. Nossas empresas devem embarcar nesta aeronave da modernidade, buscando um Céu de Brigadeiro, rumo a um pouso suave e seguro ao final da jornada.
Vamos juntos?”
Ana Carla Fonseca (Foto: acervo pessoal)
Para Ana Carla, economista, doutora em Urbanismo e diretora da Garimpo de Soluções: “Que seja regenerativo, em sentido amplo: ambiental, cultural, de valores sociais.”
Ana Clévia Guerreiro (Foto: acervo pessoal)
Já Ana Clévia, mestre em gestão de negócios turísticos, palestrante em turismo e inovação e eleita entre os 100 + Poderosos, em 2022, pelo PANROTAS e uma das co-founders da Mulheres do Turismo em Rede.
“A verdadeira inovação que desejo ver no turismo brasileiro em 2025 é da compromisso com a sustentabilidade e inclusão. Quero que o Brasil seja destaque na mídia internacional pela prática de um turismo responsável com negócios e destinos que trazem na sua essência a identidade e a singularidade da nossa cultura e ao mesmo tempo são referência pelas práticas ambientais e sociais que contribuem com a valoriza do nosso patrimônio natural, material e imaterial. Esta é a maior inovação e revolução que o turismo brasileiro deveria fazer.”
Bruno Reis (Foto: acervo pessoal)
Enquanto isso, o Diretor de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade, Bruno Reis comenta:
“Em 2025, a Embratur vai apresentar o Plano de Marketing Internacional para o período 2025-2028. É um documento que está em elaboração, e portanto não é possível antecipar o seu conteúdo. Contudo, em linhas gerais, podemos afirmar que a grande inovação para o turismo brasileiro será fazer o básico bem feito. Poder ter uma linha de promoção única, estratégica, alinhada com todos os estados, municípios e setor privado. O Brasil é um país continental, tem um território que representa duas vezes a Europa da Zona do Euro, e conseguir gerar essa sinergia na estratégia de promoção, envolvendo toda a infinidade de atores dessa cadeia produtiva, é o grande desafio que nos propusemos a liderar em 2025.
E essa promoção vai ter pilares bem definidos, que vão nos ajudar a desenvolver o turismo em nosso país de maneira a ajudar a construir o Brasil que queremos ser. É parte de nossos objetivos estratégicos, por exemplo, ampliar a promoção do turismo sustentável e regenerativo. Isso significa não apenas minimizar o impacto ambiental, mas também contribuir ativamente para a recuperação e preservação dos ecossistemas locais.
Essa é uma mensagem que o Brasil vai passar para o mundo com cada vez mais intensidade e responsabilidade: o turismo pode e deve ser uma potente ferramenta de transformação do mundo num lugar melhor. Estar na vanguarda dessa transformação é uma inovação. Em contraposição ao overtourism, que se tornou um problema social tão significativo em muitos países do mundo, as pesquisas demonstram que é crescente e significativa a parcela dos turistas que se engajam com o consumo que fazem, que buscam destinos onde podem ter a segurança de que sua ida vai gerar um impacto positivo para o meio-ambiente e para as comunidades que vai visitar.
O nosso posicionamento precisa ser de mostrar para esses turistas que o Brasil tem uma ampla oferta de destinos onde você vai viver uma experiência única, e que seu consumo vai contribuir para a manutenção sustentável daquela localidade. Estamos comprometidos em liderar essa mudança, promovendo um turismo que respeite o meio ambiente e valorize as culturas locais, sempre com foco na inclusão e acessibilidade para todos os turistas.
Além disso, estamos investindo para ampliar nossa estratégia de segmentação na promoção do turismo. Isso nos permitirá direcionar campanhas específicas para diferentes perfis de viajantes, desde aqueles interessados em aventuras ecológicas até os que buscam experiências culturais autênticas. O uso de micro-influenciadores e conteúdo gerado por usuários será crucial para construir uma narrativa autêntica e engajadora sobre o Brasil como destino turístico.”
Caio Esteves (Foto: acervo pessoal)
Caio Esteves é especialista em Place Branding, Placemaking e Futuros dos Lugares e afirma:
“O mundo vem sistematicamente se tornando menor, a tecnologia, em todos os segmentos contribui para um percurso cada vez menos territorializado das pessoas em relação aos lugares, e claro, os destinos turísticos não são exceção.
Uma “tendência” que imagino que tenha grande relevância no futuro próximo é o que podemos chamar de “frictionless” ou de experiência “sem atrito”. Isso implica em processos mais amigáveis e autônomos que por sua vez gerariam experiências mais suaves para os visitantes. Uma abordagem frictionless é capaz de, ao mesmo tempo que fortalece as diferenças culturais, idiomáticas e comportamentais, supera o obstáculo da estranheza, facilitando as conexões.
Claro que não me refiro a uma I.A onipresente que resolve tudo o tempo todo, mas processos que envolvam interação humana, facilitada pela tecnologia. Os países asiáticos começaram a entender esse movimento anos atrás e espera-se que o ocidente também entenda que o mundo não gira necessariamente ao seu redor, e adote práticas igualmente amigáveis.”
Caroline Couret (Foto: acervo pessoal)
Caroline Couret, expert e consultora em Turismo Criativo, fundadora da Creative Tourism Network, relata:
“Quer seja um desejo ou uma realidade próxima, em 2025, a inovação no turismo teria de trazer mais cocriação e transversalidade. Com efeito, depois de anos caracterizados pela hipersegmentação e hiperespecialização do turismo, ao longo dos quais se desenvolveu expertise em torno de segmentos específicos como o turismo gastronómico, o turismo musical, o turismo premium, o turismo acessível, o turismo responsável, o ecoturismo, só para citar alguns entre uma multidão – seria importante considerar mais uma vez o viajante a partir de suas múltiplas facetas e trabalhar em conjunto para oferecer experiências holísticas que atendam com todos os seus valores e demandas. Como exemplos, um turista pode procurar experiências exclusivas e luxuosas, sem descurar valores éticos ou ecológicos, por exemplo. Um turista que viaja a negócios também pode ser turista de lazer ou turista gastronômico por algumas horas, e necessitar de medidas especiais em termos de acessibilidade. Por estas razões, a transversalidade na oferta exige mais cocriação entre os setores envolvidos, facilitando o acesso dos viajantes a uma oferta personalizada e de qualidade, mas também criando sinergias e novos ecossistemas entre os novos atores do setor do turismo. Desta forma, pretende-se também acelerar o processo de aceitação destes conceitos, que devem ser parte integrante tanto dos destinos como da vida das populações locais: para dar apenas um exemplo, a acessibilidade, a sustentabilidade têm de ser a norma e não uma exceção. Assim, a inovação terá a ver com as relações humanas e com as competências dos diferentes atores para criar estas trocas e modelos virtuosos. Terão as tecnologias como ferramentas, mas sempre orientadas e otimizadas pela criatividade humana.
Neste sentido, o turismo criativo tenderá também a tornar-se, por um lado, uma forma de viajar aplicável a qualquer segmento, de forma a satisfazer os viajantes em busca de autenticidade, quaisquer que sejam os seus interesses específicos. E por outro lado, uma nova forma de pensar e reestruturar a engenharia turística, fazendo da criatividade o recurso essencial para diversificar e personalizar a oferta de forma totalmente sustentável, fazendo da criatividade o recurso essencial.”
Cristiane Muller (Foto: acervo pessoal)
Cristiane Muller, turismóloga, especialista em Gestão de Marketing e Sustentabilidade em destinos, reflete:
“A inovação que desejo em 2025 é que a cadeia produtiva do turismo consiga implantar ações de descarbonização nas suas operações, para que o turismo minimize o impacto de emissão de gases de efeito estufa e seja vetor de conscientização e transformação na agenda de ações climáticas.”
Fernanda Fonseca (Foto: acervo pessoal)
Fernanda, é turismóloga, mestre em desenvolvimento turístico, especialista em turismo gastronômico e chef de cozinha e compartilha:
“Para 2025 espero que o turismo regenerativo se consolide, segmento que considera a reconstrução de áreas devastadas através da atividade turística, no qual o visitante contribui para a melhoria de espaços devastados, seja através do plantio de árvores, limpeza de nascentes, reconstrução de matas, e outras atividades de apoio à regeneração da natureza esteja incluída no roteiro da viagem.”
Gustavo Pinto (Foto: acervo pessoal)
Gustavo é associado no Instituto Rede Terra. Membro fundador do Muda! Coletivo Brasileiro pelo Turismo Responsável, reforça:
“Espero que os temas de sustentabilidade e ESG sejam abordados de forma mais técnica e acessível para a principal base de negócios do turismo no Brasil: MEIs, micro e pequenos empreendedores. Ainda são tratados de maneira pouco prática e adaptada a esse público, o que dificulta a implementação de um turismo responsável com resultados concretos.”
Jaqueline Gil (Foto: acervo pessoal)
A turismóloga, mestre em gestão do turismo internacional e doutoranda em desenvolvimento sustentável na UnB, Jaqueline Gil, compartilha:
“Para 2025, espero inovações que aceleram soluções a favor de nosso maior desafio atualmente: as mudanças climáticas. Precisamos de ações tanto para reduzir as emissões de gases de efeito estufa quanto para adaptar o turismo a novas realidades, tornando-o mais resiliente e no caminho de mais harmonia entre humanos e natureza. É um movimento coletivo, e as soluções precisam de co-criação entre público e privado. Cada um de nós precisa conhecer e se engajar nas ações tão necessárias para o nosso futuro.”
Luciana Atheniense é advogada, especialista em Direito do Consumidor, com ênfase em questões relacionadas aos direitos dos turistas e integra a Comissão de Direito do Consumidor da OAB/MG.
“Em Belo Horizonte, a parceria cada vez mais sólida entre o poder público e a iniciativa privada busca desenvolver projetos de qualidade, capazes de ampliar a visibilidade do turismo local não apenas entre os mineiros, mas também em âmbito nacional e internacional. Ao mesmo tempo, espera-se que os prestadores de serviços turísticos cativem e respeitem os visitantes, garantindo momentos de alegria e satisfação. Paralelamente, o poder público trabalha para reforçar a segurança, assegurando que turistas circulem com tranquilidade e desfrutem plenamente das belezas da capital mineira.”
Marina Figueiredo (Foto: acervo pessoal)
Marina Figueiredo, profissional do turismo com 25 anos de experiência no setor, atualmente está como Presidente Executiva da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), comenta:
“Para 2025, espero ver a consolidação da tecnologia como uma verdadeira aliada dos profissionais do turismo, não apenas otimizando tarefas administrativas e operacionais, mas também liberando tempo para que eles possam focar no que realmente importa: colocar sua criatividade e expertise a serviço dos viajantes. Essa integração permitirá a criação de experiências ainda mais enriquecedoras e personalizadas, elevando a qualidade do atendimento e do planejamento das jornadas.
Além disso, vejo com grande expectativa a digitalização de destinos e a implementação de “destinos inteligentes”, onde tecnologias serão utilizadas para melhorar a gestão de fluxo de turistas, oferecer informações em tempo real e otimizar a experiência de viagem. Essas inovações ajudarão a criar ambientes mais organizados e sustentáveis, permitindo um turismo mais fluido e enriquecedor, e que conviva muito bem com os moradores locais.
Ainda no campo da sustentabilidade, espero ver a integração de práticas sustentáveis com soluções inovadoras, incentivando escolhas mais conscientes e possibilitando um turismo mais responsável. Acredito em experiências que não apenas gerem impacto positivo, mas também impulsionem a regeneração dos destinos, melhorando nossa conexão com as comunidades locais. Tecnologias podem ser ferramentas poderosas e desempenhar um papel fundamental nesse processo, promovendo experiências culturais e educacionais enriquecedoras, até mesmo antes do viajante embarcar.
E a digitalização dos destinos e implementação de destinos inteligentes, para gerenciar o fluxo de turistas e melhorar a experiência.
Que em 2025 as inovações no turismo contribuam para tornar a atividade mais inclusiva, acessível, de impacto positivo, autentica, responsável e conectada à realidade dos novos tempos e e preparadas para as novas gerações de consumidores, que buscam propósito em cada escolha e estão cada vez mais engajados em construir um futuro mais sustentável e transformador.”
Marta Poggi (Foto: acervo pessoal)
Marta Poggi, palestrante internacional e consultora especializada em tendências e inovações no turismo, contribui:
“Há muito tempo se fala da criação de um super aplicativo (super app) para oferecer uma experiência mais conectada e fluida ao viajante.
A jornada de compra do turista ainda é complexa e morosa, particularmente na etapa de reserva e compra dos serviços, que envolve coordenar diferentes produtos em plataformas diversas, com pagamentos separados, tais como: voos, hotéis, locação de carro, passeios e experiências. O processo é fragmentado e demanda tempo do consumidor para providenciar e organizar todos os serviços.
Com tantos avanços em relação à inteligência artificial generativa nos últimos 2 anos, espero que em 2025 possamos ter acesso a soluções mais integradas e eficientes para transformar a forma como as viagens são planejadas e gerenciadas. Dessa forma, com menos fricção, a experiência da viagem ficará ainda mais prazerosa.”
Marianne Costa (Foto: acervo pessoal)
A CEO do Grupo Vivejar, Marianne Costa, cita:
“Para 2025, eu espero que os tomadores de decisão no Turismo finalmente acordem para a importância da diversidade nos eventos, principalmente de raça, gênero, geográfica e de classe social. Não só por ser uma boa prática, mas porque não inovamos se não diversificamos. Precisamos “oxigenar” as ideias e as propostas no Turismo, e não alcançaremos isso dando palco e holofotes para os mesmos de sempre!”
Peter Mangabeira (Foto: acervo pessoal)
Peter Mangabeira é diretor da Pampulha Viagens e Turismo e Presidente da Abav MG, e traz a reflexão abaixo:
“Espero que neste ano de 2025, o turismo evolua mais ainda com as tecnologias cada vez mais abrangentes no nosso setor, proporcionando mais facilidades principalmente para as pessoas com mais dificuldades de mobilidade e também para as que tem poucas condições de ir nos diversos pontos turísticos desse nosso planeta maravilhoso.”
Rafael Carrara é internacionalista com 8 anos de experiência no desenvolvimento de demanda na Aviação e comenta:
“Engana-se quem coloca a tecnologia e altos investimentos como os únicos caminhos para a inovação. A proposição de novas abordagens para problemas antigos ou o desenho de uma estratégia pioneira também são inovadores e comumente levam a resultados surpreendentes. Para 2025, deixo aqui o desejo de ver mais estratégias orientadas por um ecossistema de dados, que levem a uma atuação mais assertiva dos setores público e privado voltada à jornada do viajante. Adicionalmente, que o setor esteja mais unido e alinhado da estruturação da oferta turística à promoção dos nossos destinos, permitindo o posicionamento certeiro para os mercados-chave. E, por fim, que possamos avançar na compreensão de que o Turismo é uma potente ferramenta de transformação econômico-social. Sem dúvida, esta última seria a maior inovação possível para o setor e, curiosamente, ela não precisaria de uma super tecnologia nem custaria um centavo.”
Renato Lana (Foto: acervo pessoal)
O turismólogo e especialista em gerenciamento de projetos e gestão de negócios, Renato Lana, defende:
“Oferta de experiências turísticas com mais elementos pautados nas ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.”
Rodrigo Cesário (Foto: acervo pessoal)
Rodrigo é Gestor em inovação e sustentabilidade, co-realizador do Congresso Nacional de Turismo e Cultura Sustentável e finaliza com sua reflexão:
“Para 2025, a inovação que vejo para o turismo está na mudança de mentalidade. Turistas e trade mais conscientes, que valorizem a preservação do meio ambiente, as tradições locais e promovam um turismo responsável. Essa abordagem é essencial para criar destinos mais ricos e acessíveis, onde o desenvolvimento sustentável é prioridade. As práticas ESG têm um papel crucial nesse cenário, trazendo inovação ao integrar preocupações ambientais, sociais e de governança, criando valor e garantindo um mercado saudável e prospero.”
Me atrevo a dizer que as pautas do turismo no(s) próximo(s) ano(s) flutuarão em torno dos temas de sustentabilidade, impacto social positivo e tecnologia! A questão é, destinos, profissionais, empreendedores e turistas estão de fato preparados, sensíveis e conscientes desta urgência? Dessa forma, a inovação que realmente espero para 2025, ou para 2000 e sempre, é que possamos trazer conceitos e discursos para a prática, tenhamos a ciência de dados como aliada, nos inspiremos em exemplos que trazem mudanças reais e sejamos efetivos na transformação de territórios!
Por fim, mais um ano desafiador e inspirador está chegando ao fim! E, continuo acreditando que o encontro entre os diferentes é o que mais me inspira na prática do turismo! Encontros estes permitidos, mesmo que virtualmente, também por aqui! Encontro com parceiros, entrevistados, colaboradores e com cada leitor e incentivador! Obrigada! Feliz 2025! Um beijo pro meu pai, pra minha mãe e pra você!
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