Dólar e viagens em 2025: novo produto de fintech, oferece a melhor cotação

Dólar e viagens em 2025: novo produto de fintech, oferece a melhor cotação ((Foto: Freepik))
Como equacionar o dólar e as viagens em 2025? A Nomad, fintech brasileira conhecida por romper barreiras e oferecer soluções completas para a vida financeira internacional dos brasileiros, apresenta ao mercado o Dólar Nomad, idealizado em parceria com o Ouribank. O novo produto, exclusivo e inédito na categoria, garante a melhor cotação em moeda americana para quem planeja viagens e compras com antecedência e pode receber os dólares após o prazo de um ano.
Desde o dia 4 de dezembro, os clientes da fintech com recursos em conta poderão fazer a cotação para a compra da moeda americana e optar se a conversão será imediata ou via Dólar Nomad, que considera o câmbio comercial e ainda proporciona economia de até R$ 0,15 para cada US$ 1 adquirido. O valor mínimo para a conversão por meio dessa modalidade é de R$ 5 mil.
O objetivo da fintech, que já possui um portfólio repleto de soluções para os brasileiros que já viajam e investem no exterior, é incentivar um novo comportamento de compra no qual os clientes podem se organizar com antecedência e garantir mais vantagens na compra do dólar. “Com o novo produto, o Dólar Nomad, os clientes economizam no momento do planejamento de suas viagens e planos futuros, sem se preocuparem com a variação do câmbio, pois sabem exatamente a quantia que receberão em um ano”, explica Lucas Vargas, CEO da Nomad.
Para quem é este produto que equaciona dólar e viagens em 2025
Casais que vão passar a lua de mel no exterior, estudantes que estão prevendo fazer intercâmbio e até quem apenas vai viajar de férias e gostaria de garantir a cotação com mais economia e de forma planejada: esses são alguns dos perfis de quem pode se beneficiar com o Dólar Nomad.
“Queremos sempre oferecer as melhores experiências aos nossos clientes, com economia, praticidade e inovação. Somos a primeira marca da categoria a oferecer parcelamento de dólar, uma sala VIP exclusiva no Aeroporto Internacional de Guarulhos e uma plataforma de compra de viagens a preços competitivos, o Nomad Trips. Com o lançamento do Dólar Nomad, reforçamos nosso compromisso de descomplicar as finanças internacionais, por meio de soluções inovadoras e criativas que ninguém tinha pensado antes”, reforça Vargas.
Entenda como funciona
O Dólar Nomad é um novo produto que permite a contratação do câmbio para liquidação futura, recebendo o valor depois de um ano. A taxa de câmbio aplicada será a fixada no momento da contratação, com economia de até R$ 0,15 por U$ 1 comprado. Caso o cliente queira utilizar o valor antes desse prazo, ele receberá seus dólares sem a economia oferecida pelo Dólar Nomad, com a cotação do câmbio da data de contratação original.
A Nomad possui mais de 2,3 milhões de clientes ativos e, nos últimos meses, viu seus ativos sob custódia da empresa crescerem mais de 40 vezes — já são mais de R$ 4 bilhões. Parte dessa evolução é decorrente da confiança na marca e da expansão do portfólio em produtos para investir nos EUA e com foco nos viajantes internacionais, além da oferta de benefícios exclusivos.
Os fundos na conta Nomad são assegurados em até US$ 250 mil pelo Community Federal Savings Bank, membro do fundo garantidor dos EUA (FDIC), para cada tipo de conta por titular. O SIPC protege contas de clientes de até US$ 500.000 (quinhentos mil dólares americanos), incluindo US$ 250.000 (duzentos e cinquenta mil dólares americanos) em solicitações de pagamento em dinheiro.
A Nomad é uma empresa de tecnologia financeira, não um banco. Determinados serviços bancários são oferecidos pelo Community Federal Savings Bank, membro do FDIC. O cartão de débito da Nomad com a bandeira Visa é emitido pelo Community Federal Savings Bank sob uma licença da Visa U.S.A. Inc.
Os viajantes e interessados em construir um patrimônio em moeda forte, podem adquirir a moeda americana por meio de conversão imediata, parcelada ou com recebimento programado com o Dólar Nomad. Toda conversão gera pontos no programa de fidelidade da companhia, o Nomad Pass, que garante mais recompensas de acordo com a pontuação.
Com ampla cobertura, Nomad oferece um cartão de débito internacional físico e virtual que é aceito em mais de 180 países e territórios, sem cobrança de taxa ou limite de saques para a rede de caixas eletrônicos (ATMs) da MoneyPass. Também é possível conseguir descontos exclusivos no Nomad Shop, plataforma de benefícios da fintech, que oferece vantagens imperdíveis para todo o checklist de viagem, com até 60% de desconto em serviços como seguro viagem, aluguel de veículos, reserva de hospedagem, passagens aéreas, chips internacionais e ingressos para as melhores atrações em diversos países.
Mais comodidade
Para dar mais comodidade e conforto, a Nomad oferece uma sala vip no terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos, o Nomad Lounge, e um espaço exclusivo para clientes dentro do Nomad Coffee, localizado em frente ao Consulado Americano em São Paulo, com lockers, balcão para impressão, entre outras vantagens.
Recentemente, a fintech apresentou ao mercado o Nomad Trips, nova plataforma que ajuda os clientes a fazerem as melhores escolhas na hora de viajar, potencializando ainda mais a conveniência e economia. A plataforma de viagens é pioneira no Brasil, com funcionalidade baseada em inteligência artificial, exclusiva para clientes da Nomad. O Trips combina a compra de passagens aéreas e pacotes de hospedagem por preços competitivos com esse componente inédito: por meio de inteligência artificial, o cliente pode ter a criação de um roteiro exclusivo de viagem com base em suas preferências e pedidos.
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Fuja da “janeirite”

O fim do ano nos reserva uma série de peculiaridades. Passada a correria das compras natalinas e dos preparativos para a tradicional ceia de Natal, com toda a família reunida, agora é tempo de desacelerar. Ou não. Pode ser também tempo de viajar e de gastar, com a adrenalina a mil em aeroportos lotados e voos igualmente abarrotados.
Uma pesquisa do Instituto Locomotiva e QuestionPro mostra que, de cada 10 brasileiros, seis devem gastar mais com viagens nestas férias do que em 2023. Ainda de acordo com o levantamento, do total de entrevistados (1.461 pessoas), 52% planejam viajar. A busca por praias ainda é a preferência entre os brasileiros, correspondendo a 57% dos entrevistados; 18% querem viajar para cidades grandes fora do litoral, enquanto 16% revelam preferir cidades menores e pouco agitadas para descansar neste período.
Ainda que viagens sejam consideradas um luxo para parte da população brasileira — correspondendo ao desejo de 63% de respondentes das classes A e B — entre a classe C, 48% apontaram ter a intenção de viajar nos próximos dias. Nas classes D e E, 45% querem curtir a passagem do ano em outra cidade.
Para quem deseja viajar ao longo de janeiro, os especialistas apregoam ao mês um fenômeno similar ao de dezembro e que pode comprometer o período de descanso — a “janeirite” —, que se caracteriza por sintomas que impactam a saúde mental, como ansiedade, estresse, medo e sensação de pânico.
Embora o primeiro mês do ano possa parecer um período de calmaria, de página virada (já que mais um ano se foi), ou pelo menos deveria ser, para quem vai viajar logo após as festas de fim de ano, a adrenalina pode ir a mil. Arrumar mala, cuidar da prole e pegar estrada (ou avião) não tem sossego. E ainda há aqueles que viajam, mas ainda se preocupam com a segurança da casa ou com o animal de estimação que ficou para trás.
Fato é que, na “janeirite”, o que ocorre geralmente é uma combinação de ansiedade com a proximidade das férias; de angústia, caso você não vá viajar; de cansaço, já que ainda não deu tempo de recarregar as energias das festas de fim de ano; e de desespero, só de pensar nas próximas despesas — como IPVA, IPTU, volta às aulas etc.
Mesmo que você não sofra nenhum desses sintomas, observar as redes sociais da maioria das famílias remete àquela sensação de peixe fora d’água, de que a vida está passando e você não está usufruindo dos prazeres que ela pode lhe proporcionar. Mas isso é só uma sensação, assim como a ansiedade para querer cumprir todas as metas às quais você se propôs ainda em janeiro. O jeito é se acalmar. Dê tempo ao tempo e estabeleça metas pontuais, mês a mês.
O mais importante é pensar que estamos no verão. O Brasil, sendo um país tropical, é um lugar maravilhoso para ser desbravado e, caso você esteja em plena atividade laboral, tire pelo menos os fins de semana para descansar e pensar em nada. E, xô, “janeirite”!
Número de turistas internacionais já supera o total de 2023

Número de turistas internacionais já supera o total de 2023 (O número de turistas internacionais registrado nos primeiros 11 meses de 2024 é recorde para o período (Foto: Embratur e Sebrae))
O Brasil já ultrapassou o total de turistas estrangeiros recebidos durante todo o ano de 2023. Com um mês de antecedência, o país fechou novembro de 2024 com 5,967 milhões de visitantes internacionais, superando os 5,908 milhões recebidos no acumulado dos 12 meses do ano anterior. O número registrado nos primeiros onze meses de 2024 é o maior da série histórica para esse período.
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Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (12/12) pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Embratur e a Polícia Federal. De acordo com a análise, o total de chegadas de janeiro a novembro deste ano foi 12,9% superior ao mesmo período de 2023, representando 679.971 turistas internacionais a mais no país.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, comemorou os resultados. “Estamos batendo todos os recordes e novembro é mais uma prova disso, pois já ultrapassamos todo o ano de 2023 no receptivo de turistas internacionais. O Brasil tem se mostrado como um destino atrativo, barato e seguro para esses visitantes que podem desfrutar aqui das belezas, da culinária e da nossa rica cultura”, afirmou.
Quando observado o recorte mensal, novembro de 2024 também se destacou com 560.732 chegadas, um crescimento de 11,2% em comparação ao mesmo mês de 2023. Este é o segundo melhor resultado para novembro na série histórica (1989-2024), ficando atrás apenas em 2015, quando mais de 573 mil turistas internacionais desembarcaram no Brasil.
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“Estamos felizes com esses resultados, mas ainda mais satisfeitos em ver que o Brasil vive agora uma etapa de crescimento do turismo internacional, e não mais de recuperação. Chegamos ao fim do ano com um aumento de 11,2% quando comparado com novembro de 2023, e quando fazemos essa comparação com novembro de 2019, o resultado é ainda maior, quase bate os 19%. Então, isso só mostra que as ações de promoção internacional da Embratur estão surtindo efeito; que nossa estratégia focada em segmentação no mercados internacionais tem dado muito resultado, como no Chile, Paraguai, França e Portugal, e temos realizado projetos inovadores para acelerar, cada vez mais, a expansão do setor turístico brasileiro”, explicou o presidente da Embratur, Marcelo Freixo.
Os argentinos continuam liderando o volume de visitantes internacionais que chegam ao Brasil. Mais de 1,711 milhão de “hermanos” desembarcaram no país este ano. Os Estados Unidos ocupam a segunda posição, tendo enviado 640.579 turistas. Já os vizinhos Chile, Paraguai e Uruguai, juntos, somaram mais de 1,331 milhão visitantes que vieram rumo aos destinos brasileiros.
A principal porta de entrada desses turistas é São Paulo, registrando mais de 2 milhões de chegadas entre janeiro e novembro. O Rio de Janeiro ocupa a segunda posição como unidade da federação de entrada ao país, com mais de 1,352 milhões de chegadas de turistas internacionais. Os dois estados possuem os principais aeroportos internacionais do país: Guarulhos (SP) e Galeão (RJ).
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Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI)
O Governo Federal, por meio dos ministérios do Turismo e de Portos e Aeroportos, junto com a Embratur, irão lançar, em janeiro de 2025, a nova edição do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), que convida companhias aéreas e aeroportos (em parceria com as companhias) a lançarem novos voos internacionais com destino ao Brasil. Com um investimento total de R$ 63,6 milhões, a previsão é gerar ao menos 500 mil novos assentos no período de um ano e atender a mais regiões, aumentando o fluxo turístico do país.
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Angra 3 aguarda decisão do governo, enquanto canteiro da usina consome R$ 220 milhões por ano

Enquanto o governo brasileiro adia a decisão de retomar ou não as obras da usina nuclear Angra 3, no litoral sul do Estado do Rio, 14 reatores nucleares entraram em construção no mundo desde o ano passado. Onze na China. Vão integrar geradoras de eletricidade que somam uma capacidade de 15,8 gigawatts (GW), pouco superior à das maiores hidrelétricas do mundo, Itaipu, entre Brasil e Paraguai, e Três Gargantas, na China.
Para os defensores da matriz nuclear, o avanço é uma evidência de que essa fonte é imprescindível para a descarbonização da geração de energia para enfrentar as mudanças climáticas. É também um dos argumentos da Eletronuclear para a retomada da construção de Angra 3, iniciada há 40 anos, ao lado das duas já operadas pela estatal, além do fato de que concluí-la ou abandoná-la tem um custo bilionário parecido. Os críticos argumentam que os riscos e complexidades não compensam diante da abundância de fontes renováveis no país.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com os 14 recentes, há 63 projetos nucleares em curso em 15 países, incluindo Angra 3. Combinada, essa nova capacidade chega a 66,1 GW, pouco menos de um terço de todo o parque elétrico brasileiro, de 206 GW, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia (MME).
Há duas semanas, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), capitaneado pelo MME e formado por representantes de diversas pastas, adiou a decisão sobre a obra, paralisada desde que foi alvo da Operação Lava-Jato. Um sinal verde agora permitiria recomeçar as obras no início de 2026, com previsão de conclusão em 2031. Houve divergências entre ministros e dúvidas sobre o impacto fiscal.
A construção da terceira usina nuclear brasileira começou em meados dos anos 1980, mas crises econômicas e escândalos de corrupção, investigados na Operação Lava-Jato, pararam tudo mais de uma vez. Em 2021, uma lei encarregou o BNDES de fazer um estudo de viabilidade. O trabalho estimou custo de desistir de vez de Angra 3 em R$ 21 bilhões, incluindo a quitação de dívidas e multas a fornecedores e até a devolução, para a União, de isenções tributárias. A conclusão requer R$ 23 bilhões, mas exigirá a captação de cerca de R$ 30 bilhões para reestruturar as dívidas.
Setor aquecido
Entre os argumentos da Eletronuclear em favor de retomar rapidamente a obra está o de que a nova onda de reatores pelo mundo aquece a demanda por peças e serviços do setor, que tem poucos fornecedores. No projeto brasileiro, o principal é a francesa Framatome. Se o Brasil demorar a decidir, poderá enfrentar custos ainda mais elevados e atrasos nos cronogramas numa eventual retomada, afirmou, em novembro, o presidente da estatal, Raul Lycurgo:
— Temos contratos. As empresas se mantêm aqui. Se desmobilizarem para assumir outros empreendimentos, podemos esbarrar em falta de capacidade.
Para Aquilino Senra, professor da Coppe/UFRJ, o aumento dos projetos, com destaque para a concentração na China, está ligado ao avanço da economia de baixo carbono:
— A transição energética pressupõe ter energia na base, não é só com renováveis. E, hoje, a que menos impacta em termos de emissões de gases do efeito estufa é a nuclear.
O especialista, que foi presidente da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) no governo Dilma Rousseff, lembra que a transição exigirá uma multiplicação do parque elétrico mundial. Ainda mais por causa da demanda energética de sistemas de inteligência artificial (IA) ou de blockchain, tecnologia por trás das criptomoedas. A Meta, dona de Facebook e Instagram, por exemplo, anunciou recentemente que poderá investir numa capacidade de 4 GW de geração nuclear para abastecer seus datacenters.
Para Senra, a experiência recente da Alemanha, que desativou seus reatores nucleares por decisão política após o acidente de Fukushima, no Japão, em 2011, ilustraria o risco de abrir mão da tecnologia:
— A tarifa de eletricidade na Alemanha era, há três ou quatro anos, 35% mais cara que no resto da Europa. Eles contavam com o gás natural que vinha da Rússia e com a energia que vem da França, majoritariamente de fonte nuclear. Quando fecharam o gasoduto da Rússia, no início da guerra na Ucrânia, tiveram que começar a queimar carvão.
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Senra defende a conclusão de Angra 3, mas o projeto enfrenta uma série de críticas. Do ponto de vista ambiental, o descarte dos rejeitos segue como a principal ameaça. Do ponto de vista econômico, os problemas são os custos bilionários da obra e a tarifa viável, considerada elevada frente a outras fontes do país. O BNDES estimou em R$ 653,31 por megawatt-hora (MWh) a tarifa necessária para deixar o projeto de pé. Para a Eletronuclear, o preço está condizente, mas o valor é o dobro da tarifa de Angra 1 e Angra 2 em 2025. Reduzir o preço passa por encolher o retorno do investimento para a Eletronuclear — para a União, em última instância — ou criar subsídios com recursos do Orçamento.
Obras paradas
Enquanto o CNPE não decide o destino de Angra 3 — uma reunião está prevista para o fim de janeiro —, o canteiro de obras dá contornos de filme-catástrofe ao trecho paradisíaco do litoral da Serra do Mar em que está instalado, como constatou O GLOBO, em visita no fim de novembro.
O cenário só não parece de abandono total em razão dos operários que transitam pelas estruturas de concreto armado. Segundo a Eletronuclear, 330 trabalham ali, principalmente, na preservação do canteiro. Se a conclusão for autorizada, no auge dos trabalhos, 7 mil baterão o ponto todos os dias.
Em termos físicos, 67% das obras estão concluídas. A estrutura do prédio do reator, uma esfera gigante de concreto e aço, que será idêntico ao da vizinha Angra 2, já está levantada. Falta finalizar o teto do domo, cujas placas descansam ao relento. Evitar a deterioração das estruturas de concreto, algumas com vigas de aço aparentes, consome cerca de R$ 100 milhões por ano, segundo a Eletronuclear. A estatal gasta ainda mais R$ 120 milhões anuais com funcionários já contratados para Angra 3.
Quando se soma o pagamento das dívidas contraídas por volta de 2010, última vez em que a obra foi retomada a pleno vapor, o custo total anual chega perto de R$ 1 bilhão. No caso do empréstimo com o BNDES, a Eletronuclear conseguiu suspender pagamentos a partir de 2024, mas o banco já informou que quer retomar a cobrança em janeiro.
Ao lado do canteiro quase abandonado, um conjunto de galpões, que somam 57 mil metros quadrados, guarda um dos aspectos mais inusitados da obra que se estende por décadas. Estão ali cerca de 12 mil volumes, que podem conter mais de um item, de máquinas, equipamentos e materiais comprados para Angra 3.
Segundo Bruno Bertini, chefe do Departamento de Montagem Eletromecânica da Eletronuclear, 85% de todos os equipamentos que a nova usina precisará já estão ali. Cerca de 1,3 mil volumes estão guardados desde a década de 1980 ou início da de 1990, incluindo bombas mecânicas de grande porte. Para não estragar, parte do maquinário foi embalada a vácuo.
De tempos em tempos, os itens são abertos, lubrificados e reembalados. Alguns foram “pressurizados com nitrogênio”, diz Bertini. Outros, quando — e se — forem instalados em definitivo, deverão ter peças trocadas, como as feitas de borracha, ou precisarão passar por pintura.
— É um trabalho no qual, infelizmente, nos tornamos experts — afirma o gestor.
Ele diz que a idade dos equipamentos não compromete a conclusão de Angra 3. Os itens mais antigos, em geral, são mecânicos, cuja “tecnologia não mudou” da década de 1980 para cá. Alguns volumes, principalmente equipamentos elétricos, acabaram virando peças de reposição ou reparo para Angra 2, idêntica à usina em construção.
Outros 88 volumes, alguns dos principais, estão em Itaguaí (RJ), nas instalações da Nuclep, estatal fabricante de equipamentos.
Por que os 100+ Poderosos do Turismo 2024 inspiram? Parte 6

Quem movimenta o jogo, quem é exemplo e inspiração, quem merece reconhecimento. Uma lista de pessoas, e não de marcas. Profissionais que estão olhando à frente, liderando, ouvindo, lutando para que nosso mercado seja olhado com seriedade, como incentivador da economia e parte fundamental do País.
A lista 100+ Poderosos do Turismo PANROTAS 2024 está no ar e você confere todos os nomes clicando aqui. Nesta matéria, você confere o texto que fizemos para cada homenageado. Por meio deste parágrafo, é possível compreender um poucos dos critérios utilizados para cada Poderoso do Turismo 2024.
Diferentemente da Revista PANROTAS – Edição Especial 100+ Poderosos do Turismo 2024, na qual distribuímos a lista em ordem alfabética, aqui colocaremos de forma sortida.
Os textos de outros profissionais já foram publicados no portal, e você pode conferir nos links abaixo:
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3
PARTE 4
PARTE 5
Confira a PARTE 6, com outros onze profissionais, abaixo:
ANA MARIA BERTO – Orinter
Ana Maria Berto é uma realizadora nata, e isso não mudou depois da venda da Orinter para a Mondee. Os recordes de vendas e todo o crescimento da operadora se devem à confiança que a empresária inspira e ao raro talento em se relacionar com quem nunca saiu de suas ações, desde o início da carreira: os agentes de viagens. Com uma visão aguçada, ela sabe se comunicar de forma eficaz e ouvir ainda melhor.
ANY BROCKER – Brocker Turismo/Recept Brasil – e CHRISTIANE TEIXEIRA – Luck Receptivo/Recept Brasil
Uma dupla tri forte… ou seria arretada? Bom, ambos os regionalismos vão caber nessa van. Referências em duas empresas de grande destaque do Turismo Receptivo brasileiro, Brocker Turismo e Grupo Luck, Any Brocker e Christiane Teixeira assumiram, em 2024, a diretoria da Recept (Associação Brasileira de Turismo Receptivo). A entidade está em boas mãos, com duas lideranças femininas referências nacionais em bem receber. São verdadeiras especialistas não só em roteiros, passeios e experiências turísticas para os visitantes, mas em gestão e superação de crises às quais os destinos estão invariavelmente submetidos, como por exemplo o vazamento de óleo nos mares nordestinos e mais recentemente as fortes chuvas na Serra Gaúcha.
BRUNO REIS – Embratur
A filosofia “Vai Lá e Faz” (com dados nas mãos, claro) levou Bruno Reis a uma posição de protagonismo na Embratur. Bom para o Brasil, mais precisamente o Turismo receptivo brasileiro. Em um ambiente de tanta burocracia e morosidade como costuma ser o de Brasília, finalmente chegou ao braço direito do presidente da Embratur um executivo capaz de identificar e pular etapas desnecessárias, movido pela crença no potencial de nossa oferta de atrativos. A Embratur pode ter a certeza de que tem um profissional técnico, que sabe o que está fazendo e onde está pisando. Bruno Reis já melhorou a promoção do Brasil como destino, ainda que com orçamento nada competitivo em comparação com outros países. Seu trabalho passa por uma reformulação na análise de dados e negócios, com tecnologias que abrem caminho para segmentação de um país que pode ser tão vasto em nichos e experiências.
CINTHIA DOUGLAS – Disney Destinations
Responsável pelas vendas e o marketing dos parques Disney e da Disney Cruise Line para toda a América Latina, Cinthia Douglas vem apresentando resultados positivos a cada ano nesta empresa que é uma das maiores referências em entretenimento e realização de sonhos no mundo. Em 2024, mais uma grande conquista inédita em sua carreira: Cinthia foi peça importante na realização da D23 em São Paulo. Pela primeira vez, o grande evento veio ao Brasil trazendo o universo Disney para encantar os inúmeros fãs no País. Muito de suas proezas vem do talento para resolver contratempos com calma, tranquilidade e eficácia.
GIULLIANA MESQUITA – Azul Viagens
A Azul Viagens cresce significativamente a cada ano. Ousa na criação de novos produtos e não teme explorar destinos, principalmente domésticos, seguindo uma característica da própria Azul Linhas Aéreas e a ambição de Giulliana Mesquita. A executiva está sempre próxima de seus parceiros, dividindo suas estratégias, seus anseios, e assim conquistando sinergias que geram “ganha-ganha”. Assim Giulliana Mesquita e a Azul Viagens mudam a cara do setor de operações e receptivo no Brasil.
JORDANA SOUZA – Voll
A Voll vem fazendo diferença na experiência de um viajante corporativo com suas soluções tecnológicas de ponta e atendimento 100% humano e disponível 24/7. A traveltech gera economia e aprimora processos de empresas de todos os portes no Brasil e, entre as lideranças que tornam tudo isso possível está Jordana Souza. Ela é vista como uma executiva cheia de habilidades técnicas mas, acima de tudo, dona de uma abordagem humana e acolhedora. Jordana inspira e desafia constantemente seus supervisionados, oferecendo suporte total e motivação, sendo o tipo de líder que qualquer profissional teria o prazer de trabalhar novamente, evidenciando seu impacto significativo na indústria de Turismo.
LUCIANO GUIMARÃES – BeFly
Leia matéria recém-publicada na Revista PANROTAS Especial 50 Anos sobre um grupo de amigos que atua juntos desde os tempos de Rextur e terás a noção de onde vem tanto sucesso e por que Luciano Guimarães tem tantos fãs e parceiros por todo o Brasil. O vice-presidente de Negócios da BeFly é bem-sucedido na indústria devido à sua forte liderança, capacidade de construir e manter relacionamentos sólidos com colegas e clientes, além de seu profundo entendimento técnico. Ele também é conhecido por sua disponibilidade e disposição em ajudar os outros. Só que nada disso seria o suficiente sem a extrema capacidade técnica e destreza na negociação. Nas fotos desta referida matéria você verá um Luciano Guimarães novinho, falando em um Motorola tijolão, e vai também entender que ele soube como poucos aproveitar a trajetória no setor para transformá-la em pura experiência. O tempo cuidou de Luti.
OSKAR KEDOR – MOBILITY
Oskar Kedor é um exemplo de empreendedor visionário. Quem trabalha com ele costuma relatar a importância dessa experiência em termos de crescimento de carreira e até de caráter, considerando sua integridade e sua capacidade de construir e cativar relacionamentos. Kedor é uma figura central e respeitada em qualquer ambiente. Sua visão e liderança têm sido inspiração constante não só para seu time como para os setores de mobilidade e do próprio Turismo.
PATRÍCIA THOMAS – Omnibees
Poucas transições de carreira recentes no Turismo foram bem sucedidas como a de Patrícia Thomas. Depois de tanto tempo na mentoria de viagens corporativas, sua chegada à Omnibees pode ser considerada uma aula de ganha-ganha. São apenas dois anos e meio na empresa de distribuição e tecnologia hoteleira líder no Brasil e na América Latina, mas sua habilidade para abordar os dados, a temática e a cultura organizacional da Omnibees faz parecer muito mais. Nas últimas edições do Fórum PANROTAS, as apresentações de Patrícia estiveram entre as mais bem avaliadas pelo público. Claro que a eficiência da plataforma ajuda, mas como está cada vez mais claro neste mundo inundado pelo digital: o potencial da tecnologia só se realiza plenamente quando em sintonia com as necessidades e aspirações humanas, e portanto o talento de Patrícia caiu como uma luva na empresa de Luís Ferrinho.
WELLINGTON MELO – Hotel Unique
Wellington Melo é diretor geral do Hotel Unique, em São Paulo, desde 2021, mas sua história com o hotel começou muito antes, em 2002, quando foi contratado como ajudante de garçom. Ao longo de duas décadas ele percorreu um caminho de aprendizado e ascensão profissional, assumindo diferentes funções até chegar ao cargo mais alto da operação. Formado em Nutrição e Hotelaria, com MBA em Gestão de Hotelaria de Luxo, Wellington se tornou uma figura conhecida nos eventos do setor, onde compartilha sua experiência e visão de mercado. Hoje, à frente de um dos hotéis mais prestigiados da capital paulista, ele busca promover uma gestão inclusiva e inovadora, refletindo sua visão de que o luxo pode ser acessível a diferentes histórias e perspectivas.
Mais voos, solidariedade na enchente e novos mercados: relembre as principais notícias na economia em Caxias | Pioneiro

Nunca antes se falou tanto no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul. Com o fechamento temporário do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, na enchente de maio, o terminal na Serra foi estratégico para a economia gaúcha em 2024. Ganhou mais voos, incluindo internacionais, e também investimentos que o preparam para o futuro — enquanto o aeroporto de Vila Oliva busca sair do papel.
A poucas semanas para o novo ano, o Pioneiro destaca os principais acontecimentos que marcaram 2024 em Caxias do Sul e nos demais municípios da Serra.
Hoje, você vai ver o que de mais importante aconteceu na área de economia.
Protagonismo do Hugo Cantergiani na economia gaúcha
Em apenas nove meses de 2024, o Aeroporto Hugo Cantergiani superou o número de passageiros registrado em todo o ano de 2023. Em média, circulavam diariamente mil pessoas pelo terminal no ano passado, número que chegou a 2,5 mil pessoas, e em alguns dias deste ano superou as 3 mil pessoas no principal terminal de passageiros do interior gaúcho.
Com o fechamento temporário do Aeroporto Salgado Filho devido à catástrofe climática de maio, as principais demandas aéreas do Estado foram atendidas pelo Hugo Cantergiani. Desde ajuda humanitária, manutenção de viagens nacionais e até voos internacionais, como o time argentino do Rosário Central, que desembarcou em Caxias no mês de julho uma partida em Porto Alegre contra o Inter, pela Copa Sul-Americana – essa foi a primeira operação de voo internacional no aeroporto caxiense.
Acostumado a operar três voos diários, o terminal caxiense concentrou, em determinados momentos, até 14 viagens todos os dias. Demanda que caiu com o surgimento de novos voos em Canoas e no interior do Estado e com a reabertura do Salgado Filho. Agora, novos investimentos estão sendo feitos, como as reformas da pista de pousos e decolagens e da área de embarque.
Iniciativas da Serra para ajudar vítimas da enchente
Mesmo atingida pelos efeitos da enchente, que bloqueou estradas e destruiu pontes na região, as empresas da Serra formaram uma rede de solidariedade para ajudar as vítimas da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul.
Uma empresa de móveis de Gramado, por exemplo, doou kits com balcão de pia, uma cômoda e uma estante para famílias do Vale do Paranhana atingida pela cheia.
A intenção de ajudar mexeu também com a criatividade, como uma marca de massas e biscoitos de Caxias do Sul que converteu a quilometragem percorrida em um treino de rua em toneladas de alimentos doados. Iniciativas que colaboraram e mostraram o espírito solidário dos empresários.
Estratégias para driblar a crise no turismo
Acostumada a receber turistas o ano todo, a Serra precisou encontrar alternativas para seguir atraindo visitantes — mesmo com menos ofertas de voos e estradas prejudicadas devido à chuva. Uma delas foi a campanha Abrace Bento, que ofereceu descontos e diversificou a experiência dos visitantes nos roteiros turísticos.
Em Gramado e Canela, parques temáticos deram férias aos funcionários no mês de maio, para preservar empregos em um período em que ninguém circulava pelas cidades das Hortênsias. Em Nova Petrópolis, um abraço coletivo em um monumento quis chamar a atenção de que a cidade estava pronta para receber os turistas.
Alfredinho começa a ganhar vida nova
Um dos prédios mais conhecidos da área central de Caxias do Sul começou a ganhar vida nova em 2024. Foi iniciada a reforma do antigo Alfred Hotel, conhecido como Alfredinho. Situado na esquina das ruas Sinimbu e Marechal Floriano, a edificação foi comprada pela rede gaúcha de hotéis Laghetto.
O novo hotel preservará as características arquitetônicas do edifício da década de 1960, como as pastilhas e os vidros da fachada, criando uma homenagem ao estilo modernista da época em que o imóvel foi construído.
Ao mesmo tempo, a estrutura do Alfredinho será modernizada. O espaço contará com 84 apartamentos, dois restaurantes (ambos abertos ao público) café, bar e um rooftop (terraço na cobertura do prédio).
Esse último ambiente terá vista privilegiada, sendo possível ver a Igreja São Pelegrino e o edifício Parque do Sol, por exemplo. Ainda, um dos restaurantes do hotel estará localizado no rooftop.
Mercopar histórica
Ano após ano, a Mercopar segue batendo recordes e se firmando como um dos encontros mais importantes para a indústria da América Latina. Ao longo de três dias, nos pavilhões da Festa da Uva, o evento registrou crescimento de 66% na geração de negócios em comparação com 2023.
A projeção é de que as movimentações neste ano alcançaram a marca de R$ 935 milhões. Neste ano, o evento destacou os desafios da inteligência artificial, abriu espaço para mostrar a relevância da presença feminina na indústria e também discutiu a sustentabilidade no setor.
Na carona do motorhome
Depois de ônibus, micro-ônibus e trens, a caxiense Marcopolo inaugurou em 2024 uma nova linha de produção: a dos motorhomes. A diversificação do produto resultou na criação de uma marca específica para concentrar a operação e apresentou ao mercado o modelo Nomade.
A Agrale também se fortaleceu nesse mercado em 2024: a empresa desenvolveu um chassi especialmente para motorhomes.
Pesquisas do Sebrae e da Associação Nacional dos Fabricantes de Trailers, Reboques e Engates (Anfatre) apontam ascensão deste mercado em até 50% desde o pós-pandemia.
Gigantes ainda mais gigantes
Ao longo do ano, duas grandes empresas da Serra anunciaram aquisições no mercado internacional.
A SIM Distribuidora, empresa do Grupo Argenta (antiga Empresas SIM), fez a maior e mais importante negociação de sua história: adquiriu a distribuidora francesa TotalEnergies no Brasil.
A rede tem cerca de 240 postos de combustíveis, duas filiais de TRR (transportador, revendedor e retalhista) e 17 bases de armazenamento de combustíveis e etanol e está no país há quase 50 anos.
Com a novidade, a SIM ingressou na região Centro-Oeste e reforçou a posição no Sudeste.
Já a Randoncorp anunciou a compra do Grupo EBS — European Braking Systems, do Reino Unido. A aquisição é feita por meio da Master Freios, joint-venture com o grupo Cummins. A transação é de aproximadamente 56 milhões de libras esterlinas — cerca de R$ 410 milhões — e está entre as maiores da história da companhia.
Gramado Summit no Uruguai
Evento criado na Serra, a Gramado Summit ficou internacional em 2024. Pela primeira vez, a conferência de inovação foi realizada em Punta del Este, no Uruguai. Com a expectativa de conquistar novos públicos, o evento internacional buscou se consolidar como um complemento ao Gramado Summit realizada na Região das Hortênsias.
Mais voos, solidariedade na enchente e novos mercados: relembre as principais notícias na economia em Caxias | Pioneiro

Nunca antes se falou tanto no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul. Com o fechamento temporário do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, na enchente de maio, o terminal na Serra foi estratégico para a economia gaúcha em 2024. Ganhou mais voos, incluindo internacionais, e também investimentos que o preparam para o futuro — enquanto o aeroporto de Vila Oliva busca sair do papel.
A poucas semanas para o novo ano, o Pioneiro destaca os principais acontecimentos que marcaram 2024 em Caxias do Sul e nos demais municípios da Serra.
Hoje, você vai ver o que de mais importante aconteceu na área de economia.
Protagonismo do Hugo Cantergiani na economia gaúcha
Em apenas nove meses de 2024, o Aeroporto Hugo Cantergiani superou o número de passageiros registrado em todo o ano de 2023. Em média, circulavam diariamente mil pessoas pelo terminal no ano passado, número que chegou a 2,5 mil pessoas, e em alguns dias deste ano superou as 3 mil pessoas no principal terminal de passageiros do interior gaúcho.
Com o fechamento temporário do Aeroporto Salgado Filho devido à catástrofe climática de maio, as principais demandas aéreas do Estado foram atendidas pelo Hugo Cantergiani. Desde ajuda humanitária, manutenção de viagens nacionais e até voos internacionais, como o time argentino do Rosário Central, que desembarcou em Caxias no mês de julho uma partida em Porto Alegre contra o Inter, pela Copa Sul-Americana – essa foi a primeira operação de voo internacional no aeroporto caxiense.
Acostumado a operar três voos diários, o terminal caxiense concentrou, em determinados momentos, até 14 viagens todos os dias. Demanda que caiu com o surgimento de novos voos em Canoas e no interior do Estado e com a reabertura do Salgado Filho. Agora, novos investimentos estão sendo feitos, como as reformas da pista de pousos e decolagens e da área de embarque.
Iniciativas da Serra para ajudar vítimas da enchente
Mesmo atingida pelos efeitos da enchente, que bloqueou estradas e destruiu pontes na região, as empresas da Serra formaram uma rede de solidariedade para ajudar as vítimas da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul.
Uma empresa de móveis de Gramado, por exemplo, doou kits com balcão de pia, uma cômoda e uma estante para famílias do Vale do Paranhana atingida pela cheia.
A intenção de ajudar mexeu também com a criatividade, como uma marca de massas e biscoitos de Caxias do Sul que converteu a quilometragem percorrida em um treino de rua em toneladas de alimentos doados. Iniciativas que colaboraram e mostraram o espírito solidário dos empresários.
Estratégias para driblar a crise no turismo
Acostumada a receber turistas o ano todo, a Serra precisou encontrar alternativas para seguir atraindo visitantes — mesmo com menos ofertas de voos e estradas prejudicadas devido à chuva. Uma delas foi a campanha Abrace Bento, que ofereceu descontos e diversificou a experiência dos visitantes nos roteiros turísticos.
Em Gramado e Canela, parques temáticos deram férias aos funcionários no mês de maio, para preservar empregos em um período em que ninguém circulava pelas cidades das Hortênsias. Em Nova Petrópolis, um abraço coletivo em um monumento quis chamar a atenção de que a cidade estava pronta para receber os turistas.
Alfredinho começa a ganhar vida nova
Um dos prédios mais conhecidos da área central de Caxias do Sul começou a ganhar vida nova em 2024. Foi iniciada a reforma do antigo Alfred Hotel, conhecido como Alfredinho. Situado na esquina das ruas Sinimbu e Marechal Floriano, a edificação foi comprada pela rede gaúcha de hotéis Laghetto.
O novo hotel preservará as características arquitetônicas do edifício da década de 1960, como as pastilhas e os vidros da fachada, criando uma homenagem ao estilo modernista da época em que o imóvel foi construído.
Ao mesmo tempo, a estrutura do Alfredinho será modernizada. O espaço contará com 84 apartamentos, dois restaurantes (ambos abertos ao público) café, bar e um rooftop (terraço na cobertura do prédio).
Esse último ambiente terá vista privilegiada, sendo possível ver a Igreja São Pelegrino e o edifício Parque do Sol, por exemplo. Ainda, um dos restaurantes do hotel estará localizado no rooftop.
Mercopar histórica
Ano após ano, a Mercopar segue batendo recordes e se firmando como um dos encontros mais importantes para a indústria da América Latina. Ao longo de três dias, nos pavilhões da Festa da Uva, o evento registrou crescimento de 66% na geração de negócios em comparação com 2023.
A projeção é de que as movimentações neste ano alcançaram a marca de R$ 935 milhões. Neste ano, o evento destacou os desafios da inteligência artificial, abriu espaço para mostrar a relevância da presença feminina na indústria e também discutiu a sustentabilidade no setor.
Na carona do motorhome
Depois de ônibus, micro-ônibus e trens, a caxiense Marcopolo inaugurou em 2024 uma nova linha de produção: a dos motorhomes. A diversificação do produto resultou na criação de uma marca específica para concentrar a operação e apresentou ao mercado o modelo Nomade.
A Agrale também se fortaleceu nesse mercado em 2024: a empresa desenvolveu um chassi especialmente para motorhomes.
Pesquisas do Sebrae e da Associação Nacional dos Fabricantes de Trailers, Reboques e Engates (Anfatre) apontam ascensão deste mercado em até 50% desde o pós-pandemia.
Gigantes ainda mais gigantes
Ao longo do ano, duas grandes empresas da Serra anunciaram aquisições no mercado internacional.
A SIM Distribuidora, empresa do Grupo Argenta (antiga Empresas SIM), fez a maior e mais importante negociação de sua história: adquiriu a distribuidora francesa TotalEnergies no Brasil.
A rede tem cerca de 240 postos de combustíveis, duas filiais de TRR (transportador, revendedor e retalhista) e 17 bases de armazenamento de combustíveis e etanol e está no país há quase 50 anos.
Com a novidade, a SIM ingressou na região Centro-Oeste e reforçou a posição no Sudeste.
Já a Randoncorp anunciou a compra do Grupo EBS — European Braking Systems, do Reino Unido. A aquisição é feita por meio da Master Freios, joint-venture com o grupo Cummins. A transação é de aproximadamente 56 milhões de libras esterlinas — cerca de R$ 410 milhões — e está entre as maiores da história da companhia.
Gramado Summit no Uruguai
Evento criado na Serra, a Gramado Summit ficou internacional em 2024. Pela primeira vez, a conferência de inovação foi realizada em Punta del Este, no Uruguai. Com a expectativa de conquistar novos públicos, o evento internacional buscou se consolidar como um complemento ao Gramado Summit realizada na Região das Hortênsias.
Brasília volta a ter voo direto para Cancún, no México

A capital do país voltou a contar com um voo direto para um dos destinos turísticos internacionais mais procurados pelos brasileiros, a cidade de Cancún. O voo é oferecido pela Gol Linhas Aéreas, que voltou a operá-lo na última terça-feira (10/12). Com duração de oito horas, o trajeto é oferecido às terças e aos sábados. A volta, Cancún-Brasília também estará disponível nos dois dias.
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O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, destacou a importância da ampliação de rotas internacionais aéreas para a economia no Brasil. “A retomada de rotas na aviação dialoga com o atual momento da nossa economia, com o aumento do poder aquisitivo do brasileiro, menor taxa de desemprego dos últimos anos e o maior número de passageiros transportados no mercado internacional deste século”, comentou. “Este ano, a gente espera ampliar ainda mais a conectividade aérea, expandindo rotas e incluindo novos passageiros na aviação”, acrescentou.
“A retomada para Cancún, destino renomado internacionalmente, representa um importante passo na expansão internacional da GOL. A combinação única de praias paradisíacas, natureza e cultura é objeto de desejo de muitos Clientes”, disse Rafael Araújo, diretor executivo de planejamento da GOL.
O destino
Localizada na península de Iucatã, no México, Cancún ocupa parte da Costa do Mar do Caribe. Com águas azuis cristalinas e uma movimentada vida noturna, o destino oferece uma série de programações como por exemplo os cenotes, que são piscinas de água doce formadas quando águas subterrâneas dissolvem o calcário da superfície. O processo pode demorar milhares de anos.
A repórter viajou a convite da Gol Linhas Aéreas
Dobradinha Libertadores/Brasileirão do Botafogo é maior do que o Mundialito

A matemática é simples e didática. Basta desenhar. Qualquer conversa honesta parte do pressuposto que nenhum clube sul-americano nunca mais conquistará o planeta por conta do abismo técnico e físico em relação aos europeus. Nem Botafogo, Flamengo, Palmeiras, Grêmio, Mineiro, Fluminense, São Paulo, Santos, Cruzeiro, Vasco, Inter, River Plate, Boca Juniors ou Peñarol. O Corinthians de 2012 foi o último a entrar por esta porta, agora trancada a sete chaves. Então, quem obteve a glória maior? Um time que vence o Brasileirão e a Copa Libertadores, mas cai nas quartas de final do Mundialito. Ou aquele que leva o torneio continental, passa em branco no Nacional, ganha um ou dois joguinhos no Golfo Pérsico e perde somente na final do torneio da Fifa? Quem festejou mais taças? É a lógica, estúpido!
Em 15 dias, o Botafogo disputou cinco decisões em cinco cidades (São Paulo, Buenos Aires, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Doha), três países (Brasil, Argentina e Qatar) e dois continentes (América do Sul a Ásia). Levou duas de três taças possíveis e igualou façanhas históricas que somente o Santos de Pelé e o Flamengo de Jorge Jesus conseguiram. Venceu o Palmeiras, em pleno Allianz Parque, na “final” do Campeonato Brasileiro, no momento em que a equipe era mais desacreditada. Em seguida, no Monumental de Núñez, trouxe uma Libertadores para o palacete colonial de General Severiano, jogando com um a menos desde os 30 segundos de embate. De ressaca, como o próprio técnico Artur Jorge admitiu, bateu o melhor time do returno do Campeonato Brasileiro, fora de casa, no Beira-Rio, e ainda teve forças para emplacar outra vitória, no retorno ao Estádio Nilton Santos, colocando um ponto final na disputa pelo BR-2024.
O Botafogo, nesta semana, deveria estar festejando as duas taças, com sua gente, nas ruas do bairro mais charmoso da Cidade Maravilhosa. No entanto, sabotado por CBF, Conmebol e Fifa graças a um calendário desleal e vergonhoso, terminou o Brasileirão no domingo (8), viajou ao Qatar no mesmo dia, encarou 17 horas de voo em um avião desapropriado para a ocasião e só teve 24 horas para se preparar diante do duelo contra o Pachuca, na quarta-feira (11), no tal Derby das Américas do Mundialito. Como consequência, sem recuperação, não teve pernas para evitar um 3 a 0, no Estádio 974. Além disso, extenuado, entrou em campo, em 2024, 75 vezes contra 49 do atual campeão da América do Norte/Central. Uma hora a conta chega!
Artur Jorge foi extremamente elegante ao não citar o cansaço do plantel alvinegro para valorizar os méritos do Pachuca na vitória sobre o Glorioso. E o treinador bracarense merece aplausos poupar alguns titulares e priorizar a partida contra o São Paulo, pelo Brasileirão, em detrimento de uma competição cujo público é proporcional ao de uma segunda rodada de Campeonato Carioca. Em Doha, somente 12 mil pessoas testemunharam o prélio entre brasileiros e mexicanos. Não havia tempo para mobilização ou engajamento. Por isso, cerca de 200 escolhidos se fizeram presentes na capital do Qatar, bem diferente da invasão à capital portenha.
Por fim, a única crítica justa, nesta última partida de 2024, limita-se ao desempenho individual dos jogadores do Botafogo e até mesmo ao próprio técnico minhoto. John falhou feio no segundo gol. Almada entregou uma bola de graça para o Pachuca. Allan esteve mal na marcação. Eduardo andou em campo. Júnior Santos correu errado. Igor Jesus não se encontrou. Tiquinho entrou perdido. Artur Jorge bagunçou a equipe. No coletivo, contudo, este Glorioso não merece uma vírgula. Afinal, a culpa nunca é da vítima. Qualquer comentário, neste sentido, entra no território da canalhice e da desonestidade intelectual. Postura típica, aliás, dos abutres, decrépitos palpiteiros de boteco e ex-jornalistas da imprensa do 7 a 1, cínica e decadente. Estes borra-botas estão desde agosto esperando uma derrota do Mais Tradicional e ejaculam, precocemente, ao mencionar a palavra “vexame”.
O ano do Botafogo, portanto, é maior do que o Mundialito da Fifa. Fim de papo!
*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10
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Caiado cita adversários como Dilma e Lula ao falar sobre condenação na Justiça Eleitoral: ‘Dois pesos e duas medidas’

Condenado em primeira instância pela Justiça Eleitoral, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), usou a decisão que determinou sua inelegibilidade para criticar a gestão de adversários políticos, como o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), e o presidente Lula (PT). A declaração ocorre após a 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) ter decidido, em primeiro grau, que houve abuso de poder econômico nas eleições municipais.
— Em relação ao fato que está sendo colocado, vocês sabem muito bem que o que estava acontecendo em Goiânia já estava acontecendo há seis meses. Tanto é que está tendo intervenção na saúde. Por isso, eu reuni vereadores eleitos e suplentes para tratar de um assunto extremamente delicado porque a discussão já existia diante do colapso da máquina. Não foi uma reunião com intuito eleitoral, mas de tratar uma preocupação que tenho com a situação de Goiânia — disse o governador, em referência à crise municipal que o atual prefeito vive.
O governador de Goiás reiterou que os jantares não tiveram intuito eleitoral e citou um caso do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), quando recebeu aliados no Palácio do Alvorada em 2014.
— Não cabe a mim ficar discutindo decisão judicial. Isso será feito no ambiente correto, mas muitos amigos me mandaram um caso da presidente Dilma Rousseff, que se reuniu no Palácio do Alvorada (…) Em 2022, apoiei Bolsonaro no segundo turno e fui ao Palácio do Alvorada com mais oitenta prefeitos. Em 2024, Lula pediu votos para Boulos dentro do Palácio do Alvorada. Não podemos ter dois pesos e duas medidas, eu moro aqui. Não podemos ter dois tratamentos.
Segundo a decisão de primeiro grau proferida pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, Caiado usou a sede de seu governo, o Palácio das Esmeraldas, para realizar jantares de campanha para o seu candidato em Goiânia, o prefeito eleito Sandro Mabel (União Brasil), que foi cassado por ter se beneficiado dos eventos que sucederam o primeiro turno do pleito.
Caiado e Mabel ainda podem recorrer no próprio TRE por uma decisão colegiada e, posteriormente, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por este motivo, o prefeito eleito poderá tomar posse normalmente, uma vez que a perda do mandato só ocorre após o trânsito em julgado do processo.
Imagens foram divulgadas por aliados e, segundo os autos do processo, os jantares tiveram cunho eleitoral, favorecendo o postulante. A sentença do TRE cita falas atribuídas ao governador.
— Vocês não estão aqui como pessoa física não, vocês estão aqui como líderes que vocês são e vocês colocaram seus nomes para disputar uma eleição municipal! Então se vista desta credencial e volte com muita humildade: “Olha, agradecer o voto. Não fui eleito, mas você pode saber que eu continuarei na luta política porque eu ao ter o Sandro Mabel lá na prefeitura, eu tenho acesso para resolver os problemas da minha região e ele vai resolver porque tem o apoio do governador Ronaldo Caiado”, apoio incondicional meu. E que vou estar na minha campanha, ao lado dele, em tempo integral — teria dito Caiado.
Para sustentar o abuso de poder político, a decisão afirma que Caiado usou materiais do governo, alimentos e bebidas, e serviços de funcionários públicos para receber o candidato. O documento também argumenta que os jantares foram divulgados na imprensa e nas redes sociais, o que teria comprometido a normalidade do pleito.
As defesas de Caiado e Mabel negam irregularidades. Segundo Caiado, os eventos foram reuniões institucionais sem caráter público com o fim de parabenizar os candidatos eleitos pelo trabalho realizado, discutir estratégias para a cidade e fortalecer o diálogo entre Executivo e Legislativo. Em nota, seus advogados afirmaram que todas as atividades eleitorais foram realizadas fora do Palácio das Esmeraldas.
“A defesa, portanto, reafirma que não houve ilícito eleitoral, o qual, se tivesse ocorrido, ensejaria, no máximo, a aplicação de uma multa”, diz trecho do posicionamento. (Leia a íntegra no final da matéria)
Mabel, por sua vez, disse que os jantares foram reuniões entre o governador e candidatos de sua base aliada. Em coletiva de imprensa, disse que a cassação seria “desproporcional”.
— Nós entendemos que ela é desproporcional. Uma vez que esse evento não teve nada a ver com campanha propriamente dita. Os advogados vão cuidar disso. Eu vou cuidar de Goiânia — disse Mabel.
O que diz a defesa de Caiado
Recebemos com surpresa a decisão proferida pela 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, por considerá-la incorreta na análise dos fatos e desproporcional na aplicação da pena de inelegibilidade.
O evento apurado na ação, ocorrido na residência oficial do Governador, teve como propósito homenagear os vereadores eleitos em Goiânia e iniciar uma relação institucional entre o Executivo Estadual e o Legislativo Municipal. Não houve, na ocasião, nenhum caráter eleitoral: não se pediu voto, não foram mencionadas eleições e não havia adereços de campanha. Tudo isso está comprovado nos autos.
As atividades eleitorais relacionadas ao pleito municipal de 2024 foram realizadas fora do Palácio das Esmeraldas, nas ruas ou na sede do partido político dos candidatos, respeitando a legislação eleitoral.
A defesa, portanto, reafirma que não houve ilícito eleitoral, o qual, se tivesse ocorrido, ensejaria, no máximo, a aplicação de uma multa.
Dessa forma, contra a sentença será interposto o recurso cabível e confiamos que os fatos serão devidamente esclarecidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Goiás, revertendo-se a aplicação da pena de todo descabida.
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