Por que os 100+ Poderosos do Turismo 2024 inspiram? Parte 6
Quem movimenta o jogo, quem é exemplo e inspiração, quem merece reconhecimento. Uma lista de pessoas, e não de marcas. Profissionais que estão olhando à frente, liderando, ouvindo, lutando para que nosso mercado seja olhado com seriedade, como incentivador da economia e parte fundamental do País.
A lista 100+ Poderosos do Turismo PANROTAS 2024 está no ar e você confere todos os nomes clicando aqui. Nesta matéria, você confere o texto que fizemos para cada homenageado. Por meio deste parágrafo, é possível compreender um poucos dos critérios utilizados para cada Poderoso do Turismo 2024.
Diferentemente da Revista PANROTAS – Edição Especial 100+ Poderosos do Turismo 2024, na qual distribuímos a lista em ordem alfabética, aqui colocaremos de forma sortida.
Os textos de outros profissionais já foram publicados no portal, e você pode conferir nos links abaixo:
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3
PARTE 4
PARTE 5
Confira a PARTE 6, com outros onze profissionais, abaixo:
ANA MARIA BERTO – Orinter
Ana Maria Berto é uma realizadora nata, e isso não mudou depois da venda da Orinter para a Mondee. Os recordes de vendas e todo o crescimento da operadora se devem à confiança que a empresária inspira e ao raro talento em se relacionar com quem nunca saiu de suas ações, desde o início da carreira: os agentes de viagens. Com uma visão aguçada, ela sabe se comunicar de forma eficaz e ouvir ainda melhor.
ANY BROCKER – Brocker Turismo/Recept Brasil – e CHRISTIANE TEIXEIRA – Luck Receptivo/Recept Brasil
Uma dupla tri forte… ou seria arretada? Bom, ambos os regionalismos vão caber nessa van. Referências em duas empresas de grande destaque do Turismo Receptivo brasileiro, Brocker Turismo e Grupo Luck, Any Brocker e Christiane Teixeira assumiram, em 2024, a diretoria da Recept (Associação Brasileira de Turismo Receptivo). A entidade está em boas mãos, com duas lideranças femininas referências nacionais em bem receber. São verdadeiras especialistas não só em roteiros, passeios e experiências turísticas para os visitantes, mas em gestão e superação de crises às quais os destinos estão invariavelmente submetidos, como por exemplo o vazamento de óleo nos mares nordestinos e mais recentemente as fortes chuvas na Serra Gaúcha.
BRUNO REIS – Embratur
A filosofia “Vai Lá e Faz” (com dados nas mãos, claro) levou Bruno Reis a uma posição de protagonismo na Embratur. Bom para o Brasil, mais precisamente o Turismo receptivo brasileiro. Em um ambiente de tanta burocracia e morosidade como costuma ser o de Brasília, finalmente chegou ao braço direito do presidente da Embratur um executivo capaz de identificar e pular etapas desnecessárias, movido pela crença no potencial de nossa oferta de atrativos. A Embratur pode ter a certeza de que tem um profissional técnico, que sabe o que está fazendo e onde está pisando. Bruno Reis já melhorou a promoção do Brasil como destino, ainda que com orçamento nada competitivo em comparação com outros países. Seu trabalho passa por uma reformulação na análise de dados e negócios, com tecnologias que abrem caminho para segmentação de um país que pode ser tão vasto em nichos e experiências.
CINTHIA DOUGLAS – Disney Destinations
Responsável pelas vendas e o marketing dos parques Disney e da Disney Cruise Line para toda a América Latina, Cinthia Douglas vem apresentando resultados positivos a cada ano nesta empresa que é uma das maiores referências em entretenimento e realização de sonhos no mundo. Em 2024, mais uma grande conquista inédita em sua carreira: Cinthia foi peça importante na realização da D23 em São Paulo. Pela primeira vez, o grande evento veio ao Brasil trazendo o universo Disney para encantar os inúmeros fãs no País. Muito de suas proezas vem do talento para resolver contratempos com calma, tranquilidade e eficácia.
GIULLIANA MESQUITA – Azul Viagens
A Azul Viagens cresce significativamente a cada ano. Ousa na criação de novos produtos e não teme explorar destinos, principalmente domésticos, seguindo uma característica da própria Azul Linhas Aéreas e a ambição de Giulliana Mesquita. A executiva está sempre próxima de seus parceiros, dividindo suas estratégias, seus anseios, e assim conquistando sinergias que geram “ganha-ganha”. Assim Giulliana Mesquita e a Azul Viagens mudam a cara do setor de operações e receptivo no Brasil.
JORDANA SOUZA – Voll
A Voll vem fazendo diferença na experiência de um viajante corporativo com suas soluções tecnológicas de ponta e atendimento 100% humano e disponível 24/7. A traveltech gera economia e aprimora processos de empresas de todos os portes no Brasil e, entre as lideranças que tornam tudo isso possível está Jordana Souza. Ela é vista como uma executiva cheia de habilidades técnicas mas, acima de tudo, dona de uma abordagem humana e acolhedora. Jordana inspira e desafia constantemente seus supervisionados, oferecendo suporte total e motivação, sendo o tipo de líder que qualquer profissional teria o prazer de trabalhar novamente, evidenciando seu impacto significativo na indústria de Turismo.
LUCIANO GUIMARÃES – BeFly
Leia matéria recém-publicada na Revista PANROTAS Especial 50 Anos sobre um grupo de amigos que atua juntos desde os tempos de Rextur e terás a noção de onde vem tanto sucesso e por que Luciano Guimarães tem tantos fãs e parceiros por todo o Brasil. O vice-presidente de Negócios da BeFly é bem-sucedido na indústria devido à sua forte liderança, capacidade de construir e manter relacionamentos sólidos com colegas e clientes, além de seu profundo entendimento técnico. Ele também é conhecido por sua disponibilidade e disposição em ajudar os outros. Só que nada disso seria o suficiente sem a extrema capacidade técnica e destreza na negociação. Nas fotos desta referida matéria você verá um Luciano Guimarães novinho, falando em um Motorola tijolão, e vai também entender que ele soube como poucos aproveitar a trajetória no setor para transformá-la em pura experiência. O tempo cuidou de Luti.
OSKAR KEDOR – MOBILITY
Oskar Kedor é um exemplo de empreendedor visionário. Quem trabalha com ele costuma relatar a importância dessa experiência em termos de crescimento de carreira e até de caráter, considerando sua integridade e sua capacidade de construir e cativar relacionamentos. Kedor é uma figura central e respeitada em qualquer ambiente. Sua visão e liderança têm sido inspiração constante não só para seu time como para os setores de mobilidade e do próprio Turismo.
PATRÍCIA THOMAS – Omnibees
Poucas transições de carreira recentes no Turismo foram bem sucedidas como a de Patrícia Thomas. Depois de tanto tempo na mentoria de viagens corporativas, sua chegada à Omnibees pode ser considerada uma aula de ganha-ganha. São apenas dois anos e meio na empresa de distribuição e tecnologia hoteleira líder no Brasil e na América Latina, mas sua habilidade para abordar os dados, a temática e a cultura organizacional da Omnibees faz parecer muito mais. Nas últimas edições do Fórum PANROTAS, as apresentações de Patrícia estiveram entre as mais bem avaliadas pelo público. Claro que a eficiência da plataforma ajuda, mas como está cada vez mais claro neste mundo inundado pelo digital: o potencial da tecnologia só se realiza plenamente quando em sintonia com as necessidades e aspirações humanas, e portanto o talento de Patrícia caiu como uma luva na empresa de Luís Ferrinho.
WELLINGTON MELO – Hotel Unique
Wellington Melo é diretor geral do Hotel Unique, em São Paulo, desde 2021, mas sua história com o hotel começou muito antes, em 2002, quando foi contratado como ajudante de garçom. Ao longo de duas décadas ele percorreu um caminho de aprendizado e ascensão profissional, assumindo diferentes funções até chegar ao cargo mais alto da operação. Formado em Nutrição e Hotelaria, com MBA em Gestão de Hotelaria de Luxo, Wellington se tornou uma figura conhecida nos eventos do setor, onde compartilha sua experiência e visão de mercado. Hoje, à frente de um dos hotéis mais prestigiados da capital paulista, ele busca promover uma gestão inclusiva e inovadora, refletindo sua visão de que o luxo pode ser acessível a diferentes histórias e perspectivas.
Mais voos, solidariedade na enchente e novos mercados: relembre as principais notícias na economia em Caxias | Pioneiro
Nunca antes se falou tanto no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul. Com o fechamento temporário do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, na enchente de maio, o terminal na Serra foi estratégico para a economia gaúcha em 2024. Ganhou mais voos, incluindo internacionais, e também investimentos que o preparam para o futuro — enquanto o aeroporto de Vila Oliva busca sair do papel.
A poucas semanas para o novo ano, o Pioneiro destaca os principais acontecimentos que marcaram 2024 em Caxias do Sul e nos demais municípios da Serra.
Hoje, você vai ver o que de mais importante aconteceu na área de economia.
Protagonismo do Hugo Cantergiani na economia gaúcha
Em apenas nove meses de 2024, o Aeroporto Hugo Cantergiani superou o número de passageiros registrado em todo o ano de 2023. Em média, circulavam diariamente mil pessoas pelo terminal no ano passado, número que chegou a 2,5 mil pessoas, e em alguns dias deste ano superou as 3 mil pessoas no principal terminal de passageiros do interior gaúcho.
Com o fechamento temporário do Aeroporto Salgado Filho devido à catástrofe climática de maio, as principais demandas aéreas do Estado foram atendidas pelo Hugo Cantergiani. Desde ajuda humanitária, manutenção de viagens nacionais e até voos internacionais, como o time argentino do Rosário Central, que desembarcou em Caxias no mês de julho uma partida em Porto Alegre contra o Inter, pela Copa Sul-Americana – essa foi a primeira operação de voo internacional no aeroporto caxiense.
Acostumado a operar três voos diários, o terminal caxiense concentrou, em determinados momentos, até 14 viagens todos os dias. Demanda que caiu com o surgimento de novos voos em Canoas e no interior do Estado e com a reabertura do Salgado Filho. Agora, novos investimentos estão sendo feitos, como as reformas da pista de pousos e decolagens e da área de embarque.
Iniciativas da Serra para ajudar vítimas da enchente
Mesmo atingida pelos efeitos da enchente, que bloqueou estradas e destruiu pontes na região, as empresas da Serra formaram uma rede de solidariedade para ajudar as vítimas da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul.
Uma empresa de móveis de Gramado, por exemplo, doou kits com balcão de pia, uma cômoda e uma estante para famílias do Vale do Paranhana atingida pela cheia.
A intenção de ajudar mexeu também com a criatividade, como uma marca de massas e biscoitos de Caxias do Sul que converteu a quilometragem percorrida em um treino de rua em toneladas de alimentos doados. Iniciativas que colaboraram e mostraram o espírito solidário dos empresários.
Estratégias para driblar a crise no turismo
Acostumada a receber turistas o ano todo, a Serra precisou encontrar alternativas para seguir atraindo visitantes — mesmo com menos ofertas de voos e estradas prejudicadas devido à chuva. Uma delas foi a campanha Abrace Bento, que ofereceu descontos e diversificou a experiência dos visitantes nos roteiros turísticos.
Em Gramado e Canela, parques temáticos deram férias aos funcionários no mês de maio, para preservar empregos em um período em que ninguém circulava pelas cidades das Hortênsias. Em Nova Petrópolis, um abraço coletivo em um monumento quis chamar a atenção de que a cidade estava pronta para receber os turistas.
Alfredinho começa a ganhar vida nova
Um dos prédios mais conhecidos da área central de Caxias do Sul começou a ganhar vida nova em 2024. Foi iniciada a reforma do antigo Alfred Hotel, conhecido como Alfredinho. Situado na esquina das ruas Sinimbu e Marechal Floriano, a edificação foi comprada pela rede gaúcha de hotéis Laghetto.
O novo hotel preservará as características arquitetônicas do edifício da década de 1960, como as pastilhas e os vidros da fachada, criando uma homenagem ao estilo modernista da época em que o imóvel foi construído.
Ao mesmo tempo, a estrutura do Alfredinho será modernizada. O espaço contará com 84 apartamentos, dois restaurantes (ambos abertos ao público) café, bar e um rooftop (terraço na cobertura do prédio).
Esse último ambiente terá vista privilegiada, sendo possível ver a Igreja São Pelegrino e o edifício Parque do Sol, por exemplo. Ainda, um dos restaurantes do hotel estará localizado no rooftop.
Mercopar histórica
Ano após ano, a Mercopar segue batendo recordes e se firmando como um dos encontros mais importantes para a indústria da América Latina. Ao longo de três dias, nos pavilhões da Festa da Uva, o evento registrou crescimento de 66% na geração de negócios em comparação com 2023.
A projeção é de que as movimentações neste ano alcançaram a marca de R$ 935 milhões. Neste ano, o evento destacou os desafios da inteligência artificial, abriu espaço para mostrar a relevância da presença feminina na indústria e também discutiu a sustentabilidade no setor.
Na carona do motorhome
Depois de ônibus, micro-ônibus e trens, a caxiense Marcopolo inaugurou em 2024 uma nova linha de produção: a dos motorhomes. A diversificação do produto resultou na criação de uma marca específica para concentrar a operação e apresentou ao mercado o modelo Nomade.
A Agrale também se fortaleceu nesse mercado em 2024: a empresa desenvolveu um chassi especialmente para motorhomes.
Pesquisas do Sebrae e da Associação Nacional dos Fabricantes de Trailers, Reboques e Engates (Anfatre) apontam ascensão deste mercado em até 50% desde o pós-pandemia.
Gigantes ainda mais gigantes
Ao longo do ano, duas grandes empresas da Serra anunciaram aquisições no mercado internacional.
A SIM Distribuidora, empresa do Grupo Argenta (antiga Empresas SIM), fez a maior e mais importante negociação de sua história: adquiriu a distribuidora francesa TotalEnergies no Brasil.
A rede tem cerca de 240 postos de combustíveis, duas filiais de TRR (transportador, revendedor e retalhista) e 17 bases de armazenamento de combustíveis e etanol e está no país há quase 50 anos.
Com a novidade, a SIM ingressou na região Centro-Oeste e reforçou a posição no Sudeste.
Já a Randoncorp anunciou a compra do Grupo EBS — European Braking Systems, do Reino Unido. A aquisição é feita por meio da Master Freios, joint-venture com o grupo Cummins. A transação é de aproximadamente 56 milhões de libras esterlinas — cerca de R$ 410 milhões — e está entre as maiores da história da companhia.
Gramado Summit no Uruguai
Evento criado na Serra, a Gramado Summit ficou internacional em 2024. Pela primeira vez, a conferência de inovação foi realizada em Punta del Este, no Uruguai. Com a expectativa de conquistar novos públicos, o evento internacional buscou se consolidar como um complemento ao Gramado Summit realizada na Região das Hortênsias.
Mais voos, solidariedade na enchente e novos mercados: relembre as principais notícias na economia em Caxias | Pioneiro
Nunca antes se falou tanto no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul. Com o fechamento temporário do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, na enchente de maio, o terminal na Serra foi estratégico para a economia gaúcha em 2024. Ganhou mais voos, incluindo internacionais, e também investimentos que o preparam para o futuro — enquanto o aeroporto de Vila Oliva busca sair do papel.
A poucas semanas para o novo ano, o Pioneiro destaca os principais acontecimentos que marcaram 2024 em Caxias do Sul e nos demais municípios da Serra.
Hoje, você vai ver o que de mais importante aconteceu na área de economia.
Protagonismo do Hugo Cantergiani na economia gaúcha
Em apenas nove meses de 2024, o Aeroporto Hugo Cantergiani superou o número de passageiros registrado em todo o ano de 2023. Em média, circulavam diariamente mil pessoas pelo terminal no ano passado, número que chegou a 2,5 mil pessoas, e em alguns dias deste ano superou as 3 mil pessoas no principal terminal de passageiros do interior gaúcho.
Com o fechamento temporário do Aeroporto Salgado Filho devido à catástrofe climática de maio, as principais demandas aéreas do Estado foram atendidas pelo Hugo Cantergiani. Desde ajuda humanitária, manutenção de viagens nacionais e até voos internacionais, como o time argentino do Rosário Central, que desembarcou em Caxias no mês de julho uma partida em Porto Alegre contra o Inter, pela Copa Sul-Americana – essa foi a primeira operação de voo internacional no aeroporto caxiense.
Acostumado a operar três voos diários, o terminal caxiense concentrou, em determinados momentos, até 14 viagens todos os dias. Demanda que caiu com o surgimento de novos voos em Canoas e no interior do Estado e com a reabertura do Salgado Filho. Agora, novos investimentos estão sendo feitos, como as reformas da pista de pousos e decolagens e da área de embarque.
Iniciativas da Serra para ajudar vítimas da enchente
Mesmo atingida pelos efeitos da enchente, que bloqueou estradas e destruiu pontes na região, as empresas da Serra formaram uma rede de solidariedade para ajudar as vítimas da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul.
Uma empresa de móveis de Gramado, por exemplo, doou kits com balcão de pia, uma cômoda e uma estante para famílias do Vale do Paranhana atingida pela cheia.
A intenção de ajudar mexeu também com a criatividade, como uma marca de massas e biscoitos de Caxias do Sul que converteu a quilometragem percorrida em um treino de rua em toneladas de alimentos doados. Iniciativas que colaboraram e mostraram o espírito solidário dos empresários.
Estratégias para driblar a crise no turismo
Acostumada a receber turistas o ano todo, a Serra precisou encontrar alternativas para seguir atraindo visitantes — mesmo com menos ofertas de voos e estradas prejudicadas devido à chuva. Uma delas foi a campanha Abrace Bento, que ofereceu descontos e diversificou a experiência dos visitantes nos roteiros turísticos.
Em Gramado e Canela, parques temáticos deram férias aos funcionários no mês de maio, para preservar empregos em um período em que ninguém circulava pelas cidades das Hortênsias. Em Nova Petrópolis, um abraço coletivo em um monumento quis chamar a atenção de que a cidade estava pronta para receber os turistas.
Alfredinho começa a ganhar vida nova
Um dos prédios mais conhecidos da área central de Caxias do Sul começou a ganhar vida nova em 2024. Foi iniciada a reforma do antigo Alfred Hotel, conhecido como Alfredinho. Situado na esquina das ruas Sinimbu e Marechal Floriano, a edificação foi comprada pela rede gaúcha de hotéis Laghetto.
O novo hotel preservará as características arquitetônicas do edifício da década de 1960, como as pastilhas e os vidros da fachada, criando uma homenagem ao estilo modernista da época em que o imóvel foi construído.
Ao mesmo tempo, a estrutura do Alfredinho será modernizada. O espaço contará com 84 apartamentos, dois restaurantes (ambos abertos ao público) café, bar e um rooftop (terraço na cobertura do prédio).
Esse último ambiente terá vista privilegiada, sendo possível ver a Igreja São Pelegrino e o edifício Parque do Sol, por exemplo. Ainda, um dos restaurantes do hotel estará localizado no rooftop.
Mercopar histórica
Ano após ano, a Mercopar segue batendo recordes e se firmando como um dos encontros mais importantes para a indústria da América Latina. Ao longo de três dias, nos pavilhões da Festa da Uva, o evento registrou crescimento de 66% na geração de negócios em comparação com 2023.
A projeção é de que as movimentações neste ano alcançaram a marca de R$ 935 milhões. Neste ano, o evento destacou os desafios da inteligência artificial, abriu espaço para mostrar a relevância da presença feminina na indústria e também discutiu a sustentabilidade no setor.
Na carona do motorhome
Depois de ônibus, micro-ônibus e trens, a caxiense Marcopolo inaugurou em 2024 uma nova linha de produção: a dos motorhomes. A diversificação do produto resultou na criação de uma marca específica para concentrar a operação e apresentou ao mercado o modelo Nomade.
A Agrale também se fortaleceu nesse mercado em 2024: a empresa desenvolveu um chassi especialmente para motorhomes.
Pesquisas do Sebrae e da Associação Nacional dos Fabricantes de Trailers, Reboques e Engates (Anfatre) apontam ascensão deste mercado em até 50% desde o pós-pandemia.
Gigantes ainda mais gigantes
Ao longo do ano, duas grandes empresas da Serra anunciaram aquisições no mercado internacional.
A SIM Distribuidora, empresa do Grupo Argenta (antiga Empresas SIM), fez a maior e mais importante negociação de sua história: adquiriu a distribuidora francesa TotalEnergies no Brasil.
A rede tem cerca de 240 postos de combustíveis, duas filiais de TRR (transportador, revendedor e retalhista) e 17 bases de armazenamento de combustíveis e etanol e está no país há quase 50 anos.
Com a novidade, a SIM ingressou na região Centro-Oeste e reforçou a posição no Sudeste.
Já a Randoncorp anunciou a compra do Grupo EBS — European Braking Systems, do Reino Unido. A aquisição é feita por meio da Master Freios, joint-venture com o grupo Cummins. A transação é de aproximadamente 56 milhões de libras esterlinas — cerca de R$ 410 milhões — e está entre as maiores da história da companhia.
Gramado Summit no Uruguai
Evento criado na Serra, a Gramado Summit ficou internacional em 2024. Pela primeira vez, a conferência de inovação foi realizada em Punta del Este, no Uruguai. Com a expectativa de conquistar novos públicos, o evento internacional buscou se consolidar como um complemento ao Gramado Summit realizada na Região das Hortênsias.
Brasília volta a ter voo direto para Cancún, no México
A capital do país voltou a contar com um voo direto para um dos destinos turísticos internacionais mais procurados pelos brasileiros, a cidade de Cancún. O voo é oferecido pela Gol Linhas Aéreas, que voltou a operá-lo na última terça-feira (10/12). Com duração de oito horas, o trajeto é oferecido às terças e aos sábados. A volta, Cancún-Brasília também estará disponível nos dois dias.
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O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, destacou a importância da ampliação de rotas internacionais aéreas para a economia no Brasil. “A retomada de rotas na aviação dialoga com o atual momento da nossa economia, com o aumento do poder aquisitivo do brasileiro, menor taxa de desemprego dos últimos anos e o maior número de passageiros transportados no mercado internacional deste século”, comentou. “Este ano, a gente espera ampliar ainda mais a conectividade aérea, expandindo rotas e incluindo novos passageiros na aviação”, acrescentou.
“A retomada para Cancún, destino renomado internacionalmente, representa um importante passo na expansão internacional da GOL. A combinação única de praias paradisíacas, natureza e cultura é objeto de desejo de muitos Clientes”, disse Rafael Araújo, diretor executivo de planejamento da GOL.
O destino
Localizada na península de Iucatã, no México, Cancún ocupa parte da Costa do Mar do Caribe. Com águas azuis cristalinas e uma movimentada vida noturna, o destino oferece uma série de programações como por exemplo os cenotes, que são piscinas de água doce formadas quando águas subterrâneas dissolvem o calcário da superfície. O processo pode demorar milhares de anos.
A repórter viajou a convite da Gol Linhas Aéreas
Dobradinha Libertadores/Brasileirão do Botafogo é maior do que o Mundialito
A matemática é simples e didática. Basta desenhar. Qualquer conversa honesta parte do pressuposto que nenhum clube sul-americano nunca mais conquistará o planeta por conta do abismo técnico e físico em relação aos europeus. Nem Botafogo, Flamengo, Palmeiras, Grêmio, Mineiro, Fluminense, São Paulo, Santos, Cruzeiro, Vasco, Inter, River Plate, Boca Juniors ou Peñarol. O Corinthians de 2012 foi o último a entrar por esta porta, agora trancada a sete chaves. Então, quem obteve a glória maior? Um time que vence o Brasileirão e a Copa Libertadores, mas cai nas quartas de final do Mundialito. Ou aquele que leva o torneio continental, passa em branco no Nacional, ganha um ou dois joguinhos no Golfo Pérsico e perde somente na final do torneio da Fifa? Quem festejou mais taças? É a lógica, estúpido!
Em 15 dias, o Botafogo disputou cinco decisões em cinco cidades (São Paulo, Buenos Aires, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Doha), três países (Brasil, Argentina e Qatar) e dois continentes (América do Sul a Ásia). Levou duas de três taças possíveis e igualou façanhas históricas que somente o Santos de Pelé e o Flamengo de Jorge Jesus conseguiram. Venceu o Palmeiras, em pleno Allianz Parque, na “final” do Campeonato Brasileiro, no momento em que a equipe era mais desacreditada. Em seguida, no Monumental de Núñez, trouxe uma Libertadores para o palacete colonial de General Severiano, jogando com um a menos desde os 30 segundos de embate. De ressaca, como o próprio técnico Artur Jorge admitiu, bateu o melhor time do returno do Campeonato Brasileiro, fora de casa, no Beira-Rio, e ainda teve forças para emplacar outra vitória, no retorno ao Estádio Nilton Santos, colocando um ponto final na disputa pelo BR-2024.
O Botafogo, nesta semana, deveria estar festejando as duas taças, com sua gente, nas ruas do bairro mais charmoso da Cidade Maravilhosa. No entanto, sabotado por CBF, Conmebol e Fifa graças a um calendário desleal e vergonhoso, terminou o Brasileirão no domingo (8), viajou ao Qatar no mesmo dia, encarou 17 horas de voo em um avião desapropriado para a ocasião e só teve 24 horas para se preparar diante do duelo contra o Pachuca, na quarta-feira (11), no tal Derby das Américas do Mundialito. Como consequência, sem recuperação, não teve pernas para evitar um 3 a 0, no Estádio 974. Além disso, extenuado, entrou em campo, em 2024, 75 vezes contra 49 do atual campeão da América do Norte/Central. Uma hora a conta chega!
Artur Jorge foi extremamente elegante ao não citar o cansaço do plantel alvinegro para valorizar os méritos do Pachuca na vitória sobre o Glorioso. E o treinador bracarense merece aplausos poupar alguns titulares e priorizar a partida contra o São Paulo, pelo Brasileirão, em detrimento de uma competição cujo público é proporcional ao de uma segunda rodada de Campeonato Carioca. Em Doha, somente 12 mil pessoas testemunharam o prélio entre brasileiros e mexicanos. Não havia tempo para mobilização ou engajamento. Por isso, cerca de 200 escolhidos se fizeram presentes na capital do Qatar, bem diferente da invasão à capital portenha.
Por fim, a única crítica justa, nesta última partida de 2024, limita-se ao desempenho individual dos jogadores do Botafogo e até mesmo ao próprio técnico minhoto. John falhou feio no segundo gol. Almada entregou uma bola de graça para o Pachuca. Allan esteve mal na marcação. Eduardo andou em campo. Júnior Santos correu errado. Igor Jesus não se encontrou. Tiquinho entrou perdido. Artur Jorge bagunçou a equipe. No coletivo, contudo, este Glorioso não merece uma vírgula. Afinal, a culpa nunca é da vítima. Qualquer comentário, neste sentido, entra no território da canalhice e da desonestidade intelectual. Postura típica, aliás, dos abutres, decrépitos palpiteiros de boteco e ex-jornalistas da imprensa do 7 a 1, cínica e decadente. Estes borra-botas estão desde agosto esperando uma derrota do Mais Tradicional e ejaculam, precocemente, ao mencionar a palavra “vexame”.
O ano do Botafogo, portanto, é maior do que o Mundialito da Fifa. Fim de papo!
*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10
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Caiado cita adversários como Dilma e Lula ao falar sobre condenação na Justiça Eleitoral: ‘Dois pesos e duas medidas’
Condenado em primeira instância pela Justiça Eleitoral, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), usou a decisão que determinou sua inelegibilidade para criticar a gestão de adversários políticos, como o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), e o presidente Lula (PT). A declaração ocorre após a 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) ter decidido, em primeiro grau, que houve abuso de poder econômico nas eleições municipais.
— Em relação ao fato que está sendo colocado, vocês sabem muito bem que o que estava acontecendo em Goiânia já estava acontecendo há seis meses. Tanto é que está tendo intervenção na saúde. Por isso, eu reuni vereadores eleitos e suplentes para tratar de um assunto extremamente delicado porque a discussão já existia diante do colapso da máquina. Não foi uma reunião com intuito eleitoral, mas de tratar uma preocupação que tenho com a situação de Goiânia — disse o governador, em referência à crise municipal que o atual prefeito vive.
O governador de Goiás reiterou que os jantares não tiveram intuito eleitoral e citou um caso do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), quando recebeu aliados no Palácio do Alvorada em 2014.
— Não cabe a mim ficar discutindo decisão judicial. Isso será feito no ambiente correto, mas muitos amigos me mandaram um caso da presidente Dilma Rousseff, que se reuniu no Palácio do Alvorada (…) Em 2022, apoiei Bolsonaro no segundo turno e fui ao Palácio do Alvorada com mais oitenta prefeitos. Em 2024, Lula pediu votos para Boulos dentro do Palácio do Alvorada. Não podemos ter dois pesos e duas medidas, eu moro aqui. Não podemos ter dois tratamentos.
Segundo a decisão de primeiro grau proferida pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, Caiado usou a sede de seu governo, o Palácio das Esmeraldas, para realizar jantares de campanha para o seu candidato em Goiânia, o prefeito eleito Sandro Mabel (União Brasil), que foi cassado por ter se beneficiado dos eventos que sucederam o primeiro turno do pleito.
Caiado e Mabel ainda podem recorrer no próprio TRE por uma decisão colegiada e, posteriormente, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por este motivo, o prefeito eleito poderá tomar posse normalmente, uma vez que a perda do mandato só ocorre após o trânsito em julgado do processo.
Imagens foram divulgadas por aliados e, segundo os autos do processo, os jantares tiveram cunho eleitoral, favorecendo o postulante. A sentença do TRE cita falas atribuídas ao governador.
— Vocês não estão aqui como pessoa física não, vocês estão aqui como líderes que vocês são e vocês colocaram seus nomes para disputar uma eleição municipal! Então se vista desta credencial e volte com muita humildade: “Olha, agradecer o voto. Não fui eleito, mas você pode saber que eu continuarei na luta política porque eu ao ter o Sandro Mabel lá na prefeitura, eu tenho acesso para resolver os problemas da minha região e ele vai resolver porque tem o apoio do governador Ronaldo Caiado”, apoio incondicional meu. E que vou estar na minha campanha, ao lado dele, em tempo integral — teria dito Caiado.
Para sustentar o abuso de poder político, a decisão afirma que Caiado usou materiais do governo, alimentos e bebidas, e serviços de funcionários públicos para receber o candidato. O documento também argumenta que os jantares foram divulgados na imprensa e nas redes sociais, o que teria comprometido a normalidade do pleito.
As defesas de Caiado e Mabel negam irregularidades. Segundo Caiado, os eventos foram reuniões institucionais sem caráter público com o fim de parabenizar os candidatos eleitos pelo trabalho realizado, discutir estratégias para a cidade e fortalecer o diálogo entre Executivo e Legislativo. Em nota, seus advogados afirmaram que todas as atividades eleitorais foram realizadas fora do Palácio das Esmeraldas.
“A defesa, portanto, reafirma que não houve ilícito eleitoral, o qual, se tivesse ocorrido, ensejaria, no máximo, a aplicação de uma multa”, diz trecho do posicionamento. (Leia a íntegra no final da matéria)
Mabel, por sua vez, disse que os jantares foram reuniões entre o governador e candidatos de sua base aliada. Em coletiva de imprensa, disse que a cassação seria “desproporcional”.
— Nós entendemos que ela é desproporcional. Uma vez que esse evento não teve nada a ver com campanha propriamente dita. Os advogados vão cuidar disso. Eu vou cuidar de Goiânia — disse Mabel.
O que diz a defesa de Caiado
Recebemos com surpresa a decisão proferida pela 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, por considerá-la incorreta na análise dos fatos e desproporcional na aplicação da pena de inelegibilidade.
O evento apurado na ação, ocorrido na residência oficial do Governador, teve como propósito homenagear os vereadores eleitos em Goiânia e iniciar uma relação institucional entre o Executivo Estadual e o Legislativo Municipal. Não houve, na ocasião, nenhum caráter eleitoral: não se pediu voto, não foram mencionadas eleições e não havia adereços de campanha. Tudo isso está comprovado nos autos.
As atividades eleitorais relacionadas ao pleito municipal de 2024 foram realizadas fora do Palácio das Esmeraldas, nas ruas ou na sede do partido político dos candidatos, respeitando a legislação eleitoral.
A defesa, portanto, reafirma que não houve ilícito eleitoral, o qual, se tivesse ocorrido, ensejaria, no máximo, a aplicação de uma multa.
Dessa forma, contra a sentença será interposto o recurso cabível e confiamos que os fatos serão devidamente esclarecidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Goiás, revertendo-se a aplicação da pena de todo descabida.
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Quem é Calita, nova namorada de Amado Batista? | Donna
Aos 73 anos, Amado Batista parece estar vivendo o que canta na música O Amor Não Tem Idade. O cantor virou assunto nas redes sociais por supostamente estar namorando a miss Calita Franciele Miranda de Souza, 22 anos, eleita Miss Universe Mato Grosso 2024. A diferença de idade entre os dois é de 51 anos.
Ainda que eles não tenham oficialmente assumido o namoro, o público percebeu que Camila divulgou o trabalho do cantor nas redes sociais. No Instagram, a miss compartilhou recentemente a música Sou Igualzinho a Você. Além disso, ela também tem sido flagrada acompanhando o artista em suas viagens a trabalho, conforme informações do jornal O Globo.
Quem é a Calita?
Calita cresceu em Campinápolis, no Mato Grosso, e é formada em Biologia. Ela teria começado a se relacionar com Amado em junho. Desde então, o avião particular do cantor tem sido visto na cidade natal da jovem.
No Instagram, ela afirma ser apaixonada por espanhol, idioma que é fluente. Ela ganhou visibilidade nacional ao ser coroada Miss Universe Mato Grosso 2024. Apontada como uma das favoritas ao título de Miss Brasil, ela acabou perdendo a coroa para Luana Cavalcante, de Pernambuco, em novembro.
Calita tem mais de 12 mil seguidores em seu perfil do Instagram.
Não é o primeiro
O relacionamento com Calita não é o primeiro do cantor com uma mulher mais jovem. Até o ano passado, Amado Batista era casado com Layza Felizardo, que tinha 23 anos quando o relacionamento chegou ao fim.
Na época, o término foi marcado por desentendimentos e acusações de traição. Layza chegou a acionar a Justiça para comprovar a união estável com o cantor.
Governo Lula decide evacuar embaixada do Brasil em Damasco
O governo federal decidiu retirar as equipes técnicas e diplomatas que estão na Embaixada do Brasil em Damasco, capital da Síria. No fim de semana, rebeldes derrubaram o ditador Bashar al-Assad e tomaram o controle do país.
Países da Europa e das Américas também decidiram tirar suas equipes da capital síria após alguns incidentes. A Embaixada do Brasil está aberta para prestar auxílio aos nacionais que estão no país — porém, a avaliação de momento é de que a situação pode escalar para episódios generalizados de violência.
O controle está sob o grupo HTS, que derrubou Assad. No entanto, outros grupos rebeldes e organizações terroristas podem tentar tomar territórios no país.
Os diplomatas brasileiros devem sair em comboio com representantes de outros países e tentar chegar até o Líbano, onde poderão ser evacuados por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) que já retiram brasileiros que estão na localidade.
A diplomacia brasileira avalia que Israel pode lançar uma operação para tentar anexar o território da Síria. As Forças de Defesa israelenses já realizam ataques aéreos contra bases militares para tentar impedir que ativos bélicos, como aviões e tanques, sejam usados contra Israel. Procurado, o Itamaraty ainda não se manifestou sobre o caso.
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O dia em que o Maracanãzinho fez Tom Jobim chorar
Tom Jobim não acreditava que Sabiá, uma melodia sua com letra de Chico Buarque, pudesse ganhar o 3º Festival Internacional da Canção, de 1968.
Tanto não acreditava que, dias antes da final, apostou com Vinicius de Moraes. Se ganhasse, compraria uma caixa de uísque Black Label para o amigo e parceiro. Se perdesse, Vinicius pagaria a aposta.
A grande final aconteceu no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, no dia 29 de setembro de 1968. Segundo estimativas, 25 mil pessoas lotaram o ginásio.
Quando o apresentador Hilton Gomes começou a chamar ao palco os vencedores – do décimo colocado até o primeiro –, Tom estava convencido de que, na melhor das hipóteses, ficaria entre o sexto e o quarto lugar.
“Tom jamais imaginou vencer. Disse que Sabiá não era música para festival”, confirma Helena Jobim, sua irmã, no livro Antônio Carlos Jobim – Um homem iluminado (Nova Fronteira).
A morte do compositor completa 30 anos neste domingo (8/12).
Tom tinha tanta certeza de que não ganharia a etapa nacional do festival – e, portanto, não participaria da etapa internacional – que já tinha até agendado uma viagem ao exterior com Eumir Deodato, o responsável pelo arranjo instrumental de Sabiá. Mal sabia ele que a viagem teria que ser cancelada.
Quando Hilton Gomes anunciou o quarto lugar, Tom começou a ficar apreensivo. “Agora, vem Sabiá”, cochichou para Dori Caymmi, que estava ao seu lado, nos bastidores do ginásio. Não veio.
“Tirei o segundo!”, torceu, confiante. Não tirou.
Quando o apresentador, enfim, anunciou a grande vencedora, Tom ganhou um abraço de Dori: “Deve haver algum engano”, disse para si mesmo, baixinho.
‘A maior vaia da história do Maracanãzinho’
Tom ganhou, mas ganhou apertado. A diferença para o segundo colocado, segundo o pesquisador Zuza Homem de Mello, autor de A era dos festivais – Uma parábola (Editora 34), foi de apenas três pontos: 109 a 106.
O júri escolheu Sabiá, mas o público preferia Pra não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré – aquela do refrão: “Vem, vamos embora / que esperar não é saber / quem sabe faz a hora / não espera acontecer”.
Quando Tom subiu ao palco para receber o troféu Galo de Ouro, levou uma vaia “ensurdecedora” – nas palavras do jornalista Sérgio Cabral, autor do livro Antônio Carlos Jobim – Uma biografia (Lazuli Editora).
A vaia foi tão forte que Vandré pegou o microfone e fez um apelo ao público: “Gente, por favor, um minuto só. Vocês não me ajudam desrespeitando Jobim e Chico. A vida não se resume a festivais”. De nada adiantou.
Na rampa que dava acesso ao palco, Tom quase levou um tombo. Culpa do sapato de verniz. “Se escorrego, a vaia seria ainda maior”, confessou ao repórter João Luiz Albuquerque, da extinta revista Manchete.
Depois do anúncio da vitória, as irmãs Cynara e Cybele tiveram que cantar Sabiá mais uma vez. “A vaia começou na primeira nota e só acabou depois da última”, observa Cabral.
“Foi uma vaia retumbante”, descreve Homem de Mello. “Quase raivosa”.
Para Danilo Caymmi, coautor de Andança, com Paulinho Tapajós e Edmundo Souto, tirar o terceiro lugar foi uma sorte. “Se a gente ganhasse, seria um caos. Qualquer música, aliás, que tirasse o primeiro lugar do Vandré seria um problema”. A música Andança foi defendida por Beth Carvalho e Golden Boys.
No recém-lançado O ouvidor do Brasil – 99 vezes Tom Jobim (Companhia das Letras), o jornalista e escritor Ruy Castro descreve a vaia do dia 29 de setembro de 1968 como “a maior da história do Maracanãzinho”.
Autor das biografias de Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda, Ruy Castro costuma dizer que nunca escreveu a de Tom Jobim porque a vida dele não teve baixos, só altos. Mas, não seria a vaia do Maracanãzinho um “baixo” na carreira de Tom?
“Você chamaria de baixo a conquista de um Festival Internacional da Canção sob vaias? O triunfo sob vaias foi uma constante na carreira de Nelson Rodrigues, e ele achava ótimo. ‘Só a vaia consagra’, dizia”, responde.
“O maior baixo na vida de Tom seria a morte de seu filho num acidente de carro. Mas ele já não estava aqui para ver”. João Francisco Lontra Jobim morreu no dia 22 de julho de 1998, aos 18 anos.
‘O dia mais negro de sua vida’
Terminado o festival, Tom se dirigiu ao estacionamento do Maracanãzinho. Lá, pegou seu fusca e seguiu, sozinho, para a casa do amigo Raimundo Wanderley, no Leblon. “Que loucura!”, não se cansava de repetir.
“O prêmio foi merecido e a vaia, justificada”, afirma Dori Caymmi, um dos autores de Dois dias, a décima colocada, que acompanhou Tom até o estacionamento.
“Merecido porque a música do Tom e do Chico, dois dos nossos maiores compositores, é melhor do que a do Vandré. E justificada porque grande parte do público estava torcendo pelo Vandré. Ele foi muito corajoso ao escrever um hino que incomodava os generais da ditadura”.
No trajeto, Tom pensou no amigo e parceiro Chico Buarque, que estava na Itália: “Ô Chiquinho, veja o que você fez!”.
Quando entrou no Rebouças, túnel que liga a Zona Norte à Zona Sul, chorou: “Um pouquinho só”, admitiu, certa ocasião.
Quem também caiu no choro foi Nelson Motta. De raiva, vergonha e indignação. “Naquele palco, nosso compositor maior e mais querido era enterrado vivo por uma vaia selvagem, furiosa e absurda”, relata o autor do livro Noites tropicais – Solos, improvisos e memórias musicais (Harper Collins) e do espetáculo Tom Jobim Musical, em cartaz no Teatro Casa Grande, no Leblon, no Rio.
Na terceira edição do Festival Internacional da Canção, Nelson Motta, coautor de Dois dias, em parceria com Dori Caymmi, ficou em décimo lugar. A canção foi interpretada por Eduardo Conde.
Paulo Jobim, filho de Tom, descreveu aquele dia como “o mais negro de sua vida”.
Da casa de Raimundo Wanderley, Tom seguiu para casa, na rua Codajás, 108. Lá, o escritor Paulo Mendes Campos e o cartunista Ziraldo, dois dos jurados daquela noite, festejavam sua vitória.
No meio da festa, o telefone tocou. Do outro lado da linha, alguém pediu para falar com Fernando Sabino, um dos convidados. Minutos depois, o escritor avisou: “Acho que a festa acabou. O Sérgio Porto acaba de morrer”. Na mesma hora, o anfitrião deu a festa por encerrada.
No dia 4 de outubro de 1968, Tom Jobim e Geraldo Vandré voltaram a se encontrar. Foi na casa do empresário Roberto Marinho, no Cosme Velho. Compareceram à recepção, entre outros convidados ilustres, Danilo Caymmi, Beth Carvalho, Vinícius de Moraes, Elis Regina e Milton Nascimento.
‘Juiz eu não vou ser. Não vou julgar os meus colegas’
Em entrevista ao O Pasquim, em novembro de 1969, Tom explicou que não pretendia participar do 3º Festival Internacional da Canção. Mudou de ideia ao receber uma ligação de Augusto Marzagão, o idealizador do festival.
Ao todo, o Festival Internacional da Canção teve sete edições: a primeira em 1966 e a última em 1972. Cada edição tinha duas fases: uma nacional e outra internacional.
No telefonema, Marzagão pediu a Tom uma canção para inscrever no festival. “Não tenho nada novo. Não estou compondo. Estou quieto aqui no meu canto”, respondeu Tom. “Então, você vai ser do júri”, propôs Marzagão. “Juiz eu não vou ser”, declinou do convite. E explicou o porquê: “Não vou julgar os meus colegas”.
Entre participar do júri e inscrever uma canção, Tom optou pela segunda opção.
A música escolhida foi Gávea, um tema instrumental composto em homenagem à soprano Maria Lúcia Godoi. Foi Chico Buarque quem escreveu a letra, deu a ela um título novo e, ainda, sugeriu os nomes de Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy, para interpretá-la.
Juntos, Tom e Chico compuseram 13 clássicos da MPB, como Retrato em branco e preto (1968), Anos dourados (1986) e Piano na Mangueira (1993). Só não fizeram Wave (1967) porque Chico escreveu o primeiro verso (“Vou te contar…”) e nunca mais deu notícias.
A canc?a?o ‘Pra na?o dizer que na?o falei de flores’, cantada por Geraldo Vandre?, era a favorita do pu?blico e ficou em segundo lugar
‘Venha urgente. Preciso de você’
No dia 6 de outubro de 1968, Tom Jobim voltou ao Maracanãzinho para a etapa internacional do festival.
Com medo de levar outra vaia, mandou um telegrama para Chico, na Itália: “VENHA URGENTE PRESENÇA IMPRESCINDÍVEL TEMOS QUE ESTAR JUNTOS PRECISO DE VOCÊ TOM JOBIM”.
A princípio, Chico achou que fosse brincadeira do Tom. Na dúvida, ligou para o empresário, Roberto Colossi.
“Olha, Chico, tenho duas notícias: uma boa e outra ruim”, explicou Colossi. “A boa é que Sabiá ganhou. A ruim é que foi vaiada. Vaiadíssima!”, acrescentou. Ali, Chico entendeu o telegrama do Tom.
No mesmo dia, Chico mandou um telegrama bem-humorado para Cynara e Cybele: “EU SABIAH EU SABIAH EU SABIAH OBRIGADO ABRAÇOS CHICO”. E, no dia seguinte, pegou o primeiro avião para o Rio. “Vamos dividir as vaias”, pensou, resignado. Do Galeão, rumou para o Maracanãzinho.
“Os estudantes tomaram a música do Vandré como uma espécie de hino. Sabiá ficou vista como uma canção alienada”, afirma Chico Buarque em depoimento à jornalista Inahiá Castro, autora do livro As meninas do Cy – Vida e música do Quarteto em Cy (Imprensa Oficial).
“Não tinha nenhuma intenção política com Sabiá. Por mais que fosse uma alusão a Canção do Exílio [poema de Gonçalves Dias]. Não estava fazendo alusão aos exilados brasileiros. Senão seria uma canção premonitória. O problema do exílio começou a partir de 1968, com o AI-5. Não fiz a letra pensando nisso”.
Dessa vez, não houve vaias – só aplausos. Além de ganhar a etapa nacional, Sabiá ganhou, também, a internacional do 3º Festival da Canção. Na arquibancada, uma faixa com os dizeres: “O galo já é do sabiá”.
Sabiá foi gravada, entre outros artistas, por Frank Sinatra, Elis Regina, Nara Leão, Clara Nunes e MPB-4.
‘Como não podem ganhar?’
No livro O Campeão de audiência: Uma autobiografia (Summus), Walter Clark admite que houve pressão por parte de um oficial do Exército para a música Pra não dizer que não falei de flores não tirar o primeiro lugar.
A “recomendação” teria partido, segundo Clark, do general Sizeno Sarmento. De acordo com um ajudante de ordens do oficial, tanto Pra não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré, quanto América, América, de César Roldão Vieira, não poderiam ganhar o festival por causa do seu teor subversivo.
“Como não podem ganhar?”, argumentou Clark. “Como vou chegar para o júri e dizer que essas músicas não podem ganhar porque o general mandou?”. “Isso é problema seu!”, limitou-se a responder. “As músicas não podem ganhar”. E desligou.
Autor da biografia Geraldo Vandré: Uma canção interrompida (Kuarup), Vitor Nuzzi entrevistou seis dos 13 jurados daquela edição do festival: a atriz Bibi Ferreira, o cartunista Ziraldo, o pesquisador Ricardo Cravo Albin, o maestro Isaac Karabtchevsky, o jornalista Eli Halfoun e o compositor Billy Blanco. Nenhum deles disse ter recebido nenhuma orientação ou pressão para não votar em Vandré.
“Acredito que sim, que houve pressão no ‘andar de cima’, mas que não chegou ao júri”, diz Nuzzi.
“A vitória de Sabiá não foi injusta. Chico e Tom fizeram uma parceria memorável. Vandré, por outro lado, se eternizou naquele festival. Mesmo não ganhando, sua canção conquistou o público. Acredito que, se houvesse votação popular, ele venceria”, completa.
A canção Pra não dizer que não falei de flores foi censurada no dia 23 de outubro de 1968 e só foi liberada, onze anos depois, no dia 15 de novembro de 1979. “Para o governo militar, Vandré tornou-se um inimigo a ser calado”, afirma Dalva Silveira, doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e autora do livro Geraldo Vandré – A vida não se resume em festivais (Fino Traço).
“Em dezembro de 1968, a polícia invadiu o apartamento dele, no Rio. Estava em turnê por Goiás quando soube do AI-5. Logo, entrou na clandestinidade e, em seguida, partiu para o autoexílio. Ao retornar ao Brasil, em 1973, encerrou, prematuramente, sua carreira”.
O que se sabe sobre os rebeldes que tentam cercar a capital da Síria
A aliança de grupos rebeldes sírios afirmou, neste sábado (7/12), que está cercando Damasco. O líder do grupo islamista Hayat Tahrir al-Sham (HTS) orientou para os combatentes se prepararem para tomar a capital, com o objetivo de derrubar o governo do presidente Bashar al Assad.
Em contrapartida, o ministro do Interior da Síria afirmou que as forças de segurança estabeleceram um cordão “muito forte” ao redor de Damasco e que ninguém poderá passar pela linha de defesa que estão construindo.
Segundo a ONG Observatório Sirio para os Direitos Humanos (OSDH), as forças governamentais perderam, nas últimas horas, o controle da província de Daraa, no sul, e abandonaram posições em Quneitra, perto das Colinas de Golã anexadas por Israel.
Perto da cidade de Homs, os bombardeios executados pelas forças aéreas do governo e da Rússia mataram pelo menos sete civis neste sábado (7/12), durante combates para tentar conter o avanço da ofensiva.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, considerou “inaceitável” que o território sírio caia nas mãos de “terroristas”.
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse que deseja que a Síria encontre “a paz e a tranquilidade com que sonha há 13 anos”.
Já o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que seu país “não deve se envolver” no conflito. “A Síria está uma bagunça, mas não é nossa amiga, e os Estados Unidos não devem ter nada a ver com isso. Essa luta não é nossa”, afirmou.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil disse está atento ao aumento das hostilidades em regiões da Síria e recomendou que sejam tomadas as seguintes precauções:
Com informações da AFP*